Hardin: Tinha que ser você não é, Theresa? Não tem nada melhor pra fazer do que vir até o funeral dos meus pais, pessoas nas quais você deve odiar tanto quanto me odeia? — cruzo os braços acima do peito encarando a mesma, ela odiava ser chamada de Theresa, e isso só fazia com que eu quisesse e chamasse ela cada vez mais.
Tessa: Já disse para parar de me chamar assim! Não Hardin, eu não os odiava, meu ódio gratuito é só por você mesmo, se sinta privilegiado. — debocha.
Hardin: Privilegiado pelo que? — descruzo os braços e começo a me aproximar dela, a fazendo dar pequenos passos para trás mas manter seu olhar firme em mim.
Tessa: Por eu ainda ter algum sentimento por você, mesmo sendo ódio, ainda sinto algo pelo menos. — o sorriso sarcástico que aprendeu comigo desde pequena estava muito bem estampado em seu rosto.
Hardin: Ótimo, me sinto muito melhor agora — hoje realmente não é um bom dia pra testar minha paciência.
Tessa: Olha, eu sinto muito pelos seus pais, mas assim, você nem parece estar muito mal né. — minha cara se fecha ainda mais, sério que ela me disse isso?!
Hardin: Acabou de insinuar que eu não ligo pra morte dos meus pais? — trinco o maxilar com vontade de mandar ela tomar no cu, que porra é essa?! Ela perdeu a noção?
Tessa: Não! Eu só to dizendo que... — a interrompo.
Hardin: Que eu não to ligando pra porra nenhuma do que tá acontecendo! — digo bem rude, não posso acreditar no que acabo de ouvir — Mas fica uma dica pra você... — aproximo meu ouvido do seu ficando centímetros de ficar colado nela — Não se intrometa tanto em algo que você não sabe nada, no caso, você não sabe um pingo das coisas que aconteceram na minha vida, então tenha o mínimo de senso e não me julgue, ainda mais nesse momento delicado pelo qual eu estou passando. — apesar de ter dito umas boas verdades, em certos momentos meu sarcasmo se sobressaía, era inevitável, sarcasmo sempre será com uma capa protetora pra mim, em tudo eu o uso.
Antes que Tessa pudesse me responder, Henry aparece em nossa frente com uma cara nada boa e preocupada ao mesmo tempo, ainda assim consegui ver o rosto de Tessa em pura confusão, ela parecia meio arrependida de suas palavras anteriores, porém também havia raiva por trás daqueles olhos azuis, ela odeia meu sarcasmo mas vive usando igualmente á mim.
Henry: Finalmente os achei. Tessa, carro, agora! — sem protestar, ela sai de perto de nós e se direciona até o centro da festa, a perco de vista depois disso — Enfim, Hardin, não consegui terminar de falar o que eu pretendia. — sorri passando o braço pelo meu ombro e na outra mão segurava uma taça de champanhe.
Hardin: Ah claro, já estava me esquecendo, você iria me propor algo, certo? — ele assento com a cabeça então eu prossigo — E o que seria? — começo a caminhar com ele também, seguindo caminho até a festa que já estava finalizando, felizmente, porque só de lembrar da cena de ver os meus pais sendo enterrados meu coração se aperta e a garganta fecha, porém me recuso á chorar aqui, na frente de todos, odeio o olhar de piedade que dão quando me veem, não darei mais motivos pra isso.
Henry: Bem, irei explicar. — fala e vira a taça de champanhe de uma vez, para em seguida me olhar e falar algo que nunca se passou na minha cabeça — Se você concordar, eu poderia virar um tipo de "tutor" para você. — sugere.
Hardin: Como assim? — pergunto o encarando totalmente sem palavras, aquilo era loucura.
Henry: Você sabe que eu sempre te vi como um filho que não pude ter, então se estiver disposto, gostaria que viesse morar comigo e minha família
Hardin: Hã... Tá falando sério? — pergunto incrédulo e ele assenti — Isso nunca daria certo Henry, você sabe muito bem que eu e a Theresa não nos damos nem um pouco bem, e outra, eu odeio ficar sendo um peso para as pessoas, sabe disso. — reviro os olhos vendo que isso seria uma péssima ideia.
Henry: Ei, primeiro, você não é e nunca será um peso pra mim, segundo, até hoje não entendo essa rivalidade entre você e a Theresa, mas ela vai ter que se acostumar com o fato de que vai morar com você, pois eu não aceito um não como resposta. — diz me fazendo bufar não acreditando que eu aceitaria aquilo, era loucura, disso eu sabia, nunca daria certo, mas no momento não tenho muitas opções.
Hardin: Ok... Ok, eu aceito, mas vou dar um jeito de sair o quanto antes de lá, não quero atrapalhar a sua vida. E sobre a Theresa, só digo que ela é muito surtada, sem querer ofender, afinal ela é sua filha. — falo ao me lembrar de com quem estou conversando.
Henry: Quem me dera que não fosse. — diz baixo mas ainda ainda assim consigo escutar, o que me faz ficar surpreso e confuso.
Hardin: O que você acabou de dizer? — realmente havia achado aquilo bem estranho.
Henry: Nada... Hã , vamos! Já está na hora de sairmos daqui, você já deve estar cansado de ouvir essas pessoas falando as mesma coisas de sempre. — diz e eu prefiro ignorar o assunto anterior para não arrumar mais problemas.
Hardin: Realmente, tudo que eu quero fazer é tomar um banho gelado e me deitar. — fomos em direção ao carro, sem se despedir de ninguém, não estava com cabeça pra isso e ele também não parecia se importar, logo todos já haverão ido embora.
Henry: Então vamos. — aleluia, ele largou a taça que segurava em um canto qualquer e rapidamente estávamos chegando em seu carro.
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Inseparáveis sendo separados (Livro 1)
FanficQuem entende as coisas que o destino faz, não é mesmo?! Então, o que fazer quando descobre que seu pior pesadelo irá ficar bem embaixo do teu nariz? Dois jovens que se odeiam serão obrigados a morarem embaixo do mesmo teto. Vai ser um inferno? Com c...