1 - Cinco contra o mundo

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A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência.

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Quinta-feira, 21 de junho de 2085

Passaram-se 24 horas desde a fuga de 52 alunos da Black School, e agora apenas 5 deles corriam incessantemente em direção a um objetivo específico: Jorge Minerva

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Passaram-se 24 horas desde a fuga de 52 alunos da Black School, e agora apenas 5 deles corriam incessantemente em direção a um objetivo específico: Jorge Minerva.

Rumo à B-196.

Uma criatura grotesca perseguia os cinco adolescentes. Seu corpo maciço era do tamanho de um carro pequeno e possuía um exoesqueleto negro e brilhante, repleto de protuberâncias espinhosas. Suas oito pernas longas e peludas eram ágeis e terminavam em garras afiadas. Sua cabeça era dominada por uma boca enorme e cheia de dentes pontiagudos, capaz de se abrir o suficiente para engolir um ser humano inteiro. Seus olhos eram vermelhos, brilhantes e penetrantes.

Thomas, Alby, Mateus, Madu e Thalyta fugiam com todas as suas forças.

Algumas dezenas de metros adiante, eles avistaram uma pequena caverna, uma fenda sinistra na rocha que parecia engolir a luz do dia. O sol, alto no céu, lançava uma luz pálida através das árvores escuras e densas que cercavam a entrada da caverna. O grupo, em uma corrida desesperada para escapar da ameaça terrível que se aproximava, encontrou refúgio na pequena abertura. A entrada da caverna parecia quase convidativa com suas paredes escarpadas cobertas por musgo e trepadeiras.

Ao adentrar, foram imediatamente engolfados por um abismo de escuridão. O interior da caverna estava imerso em uma penumbra densa e opressiva. O ar dentro era frio e úmido, e um cheiro de terra molhada e decomposição pairava, deixando uma sensação de desconforto crescente. O grupo permaneceu imóvel, seus corações batendo forte no peito e o medo visível em seus olhos. O silêncio era denso e esmagador, quebrado apenas pelo ocasional som do gotejamento de água das estalactites, que caíam e se estilhaçavam em pequenas poças no chão.

Thomas concentrou-se por um momento, afim de descobrir se a criatura ainda estava a espreita, mas seus poderes o alertavam de algo pior.

- Não entrem em pânico! - começou Thomas sussurrando - Mas há morcegos ignus gigantes adormecidos atrás de nós. Se eles ainda mantiverem a essência de morcego...

- Merda! - Os quatro colegas falaram em uníssono

- Silêncio! - sussurrou Thomas, percebendo que alguns morcegos começavam a se mover lentamente - Os morcegos são sensíveis à luz solar e rastreiam suas presas pelo som. Não acendam lanternas e nem façam barulho algum!

- Você não pode matar os morcegos com seus poderes? - Perguntou Madu

- Não posso! Mas, por sorte, temos o Mateus conosco. Ele pode criar uma barreira para impedir que os morcegos nos ataquem!

- Isso me faz questionar por que você não usou essas barreiras contra a aranha gigante! - exclamou Alby, pegando um binóculo - Acho que há outra saída ali. Será que você consegue criar uma barreira de 200 metros?

O mundo não prometido: Além Dos MurosOnde histórias criam vida. Descubra agora