2 - Acampamento monstro

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> Noite de quinta-feira, 21 de junho de 2085

- Monstros rastejantes de sangue frio, que se adaptam facilmente às temperaturas altamente variáveis desse mundo! - exclamava Vitor enquanto lia o livro de capa dourada

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- Monstros rastejantes de sangue frio, que se adaptam facilmente às temperaturas altamente variáveis desse mundo! - exclamava Vitor enquanto lia o livro de capa dourada. - Então, se os ignus selvagens, que eram répteis antes da infecção, mantêm essa estrutura ectotérmica, pode ser possível que os ignus que eram humanos também mantenham as memórias!

- Você chegou a essa conclusão apenas lendo uma página dos livros? - perguntou Adryele enquanto trocava o curativo da "orelha" de Vitor. - Não acha que está exagerando?

- Já sabemos que ele não vai te ouvir, fale do outro lado! – Gabriel tentava fazer seus amigos rirem.

- Muito engraçado você! - debochou Guilherme. - Temos que seguir para o leste, certo? B-196. Deve demorar alguns dias se continuarmos agora!

- Preocupado com o Mateus e o Thomas? - perguntou Vitor. - Eles dois têm poderes, com certeza devem estar correndo para o leste!

Na noite estrelada, Vitor, Adryele, Gabriel e Guilherme estavam reunidos ao redor de uma fogueira em uma clareira na floresta, desfrutando da paz do ambiente. De repente, notaram uma luz peculiar ao longe, que brilhava de forma dourada e pulsante, contrastando com a escuridão ao redor.

- Fogo? - perguntou Gabriel.

Curiosos, Vitor e Guilherme começaram a se aproximar da luz aos poucos, sem fazer barulho.

- Sério que vocês vão até a luz? - impaciente, Gabriel seguiu os amigos junto de Adryele.

Escondidos atrás das árvores, aqueles quatro fugitivos perceberam que a origem da luz era uma fogueira rodeada por ignus que conversavam escandalosamente.

- Ainda temos que seguir dois dias pelo oeste até o vilarejo! - dizia um dos monstros enquanto guardava umas cápsulas com alguns corpos humanos bem gordos em conserva.

- Se tivéssemos condições, teríamos comprado carne das seis escolas! - dizia outro demônio enquanto comia um braço ensanguentado. - Essa carne barata das fazendas de produção em massa já não está me caindo bem!

- Sentiram esse cheiro de humano? - Um dos ignus logo se levantou rapidamente

- É claro que sim, eu estou comendo um braço agora mesmo!

- É um cheiro diferente, um cheiro doce e saboroso!

Atrás da árvore, o quarteto ficava nervoso, querendo sair dali o mais rápido possível, até que Vitor avistou um caderno de anotações dentro de uma das barracas dos ignus.

- Não faça isso! - exclamou Gabriel, segurando o ombro de Vitor.

- Não te escuto! - respondeu Vitor, dando a volta para entrar na barraca e pegar o livro. - Me esperem aqui, eu já volto!

O mundo não prometido: Além Dos MurosOnde histórias criam vida. Descubra agora