No segundo livro da trilogia "O Mundo Não Prometido", Thomas e seus companheiros encontram-se em um novo e perigoso capítulo de suas vidas. Agora vagando por um mundo sombrio e misterioso, dominado por criaturas demoníacas, eles são confrontados com...
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Uma cidade pequena estava dividida entre a vasta zona norte, onde residiam a maioria das pessoas, e a pequena zona sul, onde viviam os privilegiados. No entanto, após a partida de três pessoas, os privilégios cessaram, e os ignus começaram a atacar a cidade como um todo, não se limitando apenas à zona norte.
As pessoas naquela região levavam suas vidas normalmente por algum tempo, com suas atividades diárias, comércio e economia. No entanto, a cada três dias, oito ignus atacavam a população, usando-os como meros objetos de diversão, considerando-os presas ambulantes.
Em meio a essa situação caótica, ainda havia um grupo de jovens determinados a acabar de uma vez por todas com aquela cidade e a impedir qualquer chance de vitória dos ignus. Eles se preparavam diariamente, buscando aumentar suas habilidades.
- Pelo que sabemos, eles retornarão em dois dias, senhor! - disse Jhully, uma adolescente com reflexos extremamente precisos. - Precisamos ajudar os habitantes da zona sul!
- Agora eles estão experimentando o terror dos ignus. No final, somos tão desprezíveis quanto eles! - comentou Lucyo, um adolescente habilidoso no estilingue.
Após as palavras de Lucyo, um outro adolescente da mesma idade de Thomas adentrou a sala.
- Então você não está se escondendo naquela maldita árvore como sempre! Mas quando os ignus atacam, você é o primeiro a se esconder! - provocou ele.
- E onde você está quando eles atacam? Nunca te vi enfrentando um único ignus... Abner! - respondeu o líder dos jovens, que era mais velho que os demais.
- Bem... - respondeu Abner - Eu não enfrentarei oito poderosos ignus sozinho!
- É uma resposta sensata! Vamos esperar o momento certo para contra-atacar e destruir essa cidade, que está perdendo cada vez mais habitantes graças a esses ignus!
- E quando pretendemos atacar? - perguntou Abner - Escondidos naquela maldita árvore, temos várias armas que você trouxe há dezesseis anos, além das armas que fabricamos!
- Não se ache, antigo habitante da zona sul! - interveio Jhully, aproximando-se com raiva. - Eu sei que muitos dos nossos estão morrendo, mas não temos força suficiente para atacar ainda!
- Chega! - exclamou o líder. - Neste exato momento, estamos treinando a novata para se tornar uma verdadeira máquina contra os ignus, e parece que está dando resultados. Ela tem apenas doze anos, mas possui um nível excepcional!
Abner se aproximou do líder com uma expressão de tristeza.
- Espero que você não morra, seu inútil. E espero que essa tal de Láiza seja realmente forte. Eu não quero ficar mais do que um mês neste lugar imundo. Espero que meus amigos estejam bem... Thomas... Madu... Tenho certeza de que eles voltarão para entender o que está acontecendo!
- Com certeza, seus amigos já se tornaram comida para os ignus! - respondeu o líder. - Eu não vou morrer, prometo. Pelo menos não antes de reencontrar minha amiga, por quem perdi uma perna, Irla... Estou vivo e vou encontrá-la, ou não me chamo Vinicius Rodrigues!
