8 - Thomas, Madu e Abner

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Há dez anos conheci uma das garotas mais inteligentes da minha vida, minha melhor amiga, Madu. Sou Thomas Arguelles e acho melhor contar como a conheci.

> Segunda-feira, 3 de março de 2075

Lá estava eu, no quintal de casa, em Grace Field City, sob a luz ofuscante da lua que parecia iluminar a noite com uma aura de mistério e serenidade

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Lá estava eu, no quintal de casa, em Grace Field City, sob a luz ofuscante da lua que parecia iluminar a noite com uma aura de mistério e serenidade. O céu estava limpo, e as estrelas brilhavam intensamente, oferecendo um espetáculo celestial que eu adorava observar. Minha mente curiosa estava sempre em busca de respostas, e naquela noite, eu estava imerso em pensamentos enquanto brincava com alguns brinquedos espalhados ao meu redor.

- Por que a lua me segue para todos os lugares que eu vou? - perguntei ao meu pai, enquanto examinava um carrinho de controle remoto que ele havia me dado. Era uma pergunta que eu sempre tinha, e seu significado era profundo para uma criança de seis anos.

Meu pai sorriu e se ajoelhou ao meu lado. Com paciência, ele me explicou que a lua não estava realmente me seguindo. Ela estava sempre lá, mas sua aparência de seguir era apenas uma ilusão criada pela rotação da Terra. À medida que nos movemos, a posição da lua em relação a nós parece mudar, criando a ilusão de que ela está nos seguindo.

Fascinado pela explicação, eu me perdi na ideia de que algo tão vasto e distante podia ser tão influente em nossas vidas. Sempre fui uma criança com um interesse profundo por como as coisas funcionavam, substituindo os brinquedos comuns por peças desmontadas e desafiadoras. Carrinhos de controle remoto eram mais interessantes quando eu podia desmontá-los e descobrir o que havia por trás de sua mecânica.

Naquela noite, enquanto eu observava as estrelas no quintal, ouvi a voz nervosa da minha mãe chamando por meu pai. Ela estava claramente agitada.

- Ray, o Chuck fez de novo! - gritou minha mãe, seu tom desesperado fazendo com que meu pai se levantasse rapidamente e fosse até dentro de casa.

Deixado sozinho, continuei a olhar para o céu, maravilhado pelas estrelas que piscavam e se moviam. Perguntas sobre por que algumas estrelas eram maiores que outras e por que não caíam do céu preenchiam minha mente. Foi então que notei uma garota no cercado da casa ao fundo, uma figura curiosa à luz da lua.

- Incrível, nunca te vi por aqui! - eu disse com uma inocência genuína. Fazer amigos parecia algo natural e saudável, especialmente para alguém da minha idade.

A garota sorriu e respondeu com um tom meigo:

- Me mudei recentemente!

Ela se apresentou como Madu e logo fez uma pergunta que refletia o mesmo tipo de curiosidade que eu tinha:

- Você já se perguntou por que as estrelas piscam e por que não caem do céu?

Meu pai disse que o que faz elas piscarem é a refração! - respondi, lembrando-me da explicação científica que ele havia me dado. A conversa fluiu naturalmente, e compartilhei com ela várias outras coisas que sabia. Quanto mais eu falava com Madu, mais eu aprendia também. Parecia que nossas mentes se conectavam em uma busca mútua por conhecimento.

O mundo não prometido: Além Dos MurosOnde histórias criam vida. Descubra agora