Continuação.Cap1.1.2

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- Ao longo dessas lohas eu treinei o meu filho dentro das veredas da vida, do conselho humano e da paixão pelo bem fazer, os deuses têm mostrado que o Império terá seus dias prósperos seguidos e eternos, para isso precisaremos todos de modo mútuo e conciso, trazer a esse momento difícil a sabedoria de que após o mal causado pelas tempestades que rasgam as nuvens, virá a prosperidade dos campos para o cultivo e suas futuras colheitas.

- É sabido que o meu irmão enfureceu-se com o Império, devido as suas ambições pessoais, quando devia olhar para o seu povo como seus filhos biológicos, que cedem e padecem de resoluções representativas de um verdadeiro líder, não tive escolhas a não ser expulsá-lo do Império depois dele não ter atendido as suas responsabilidades, querendo discriminar o Império e criar um caos no upite "(tradução Livre: património, riqueza)" do Império, conquistado por cada Tchokwe aqui presente, eu sempre coloquei em primeiro lugar o compromisso com o Império e depois com a família. Boas bocas dizem que ele está no reino do Kongo, a trabalhar para o Rei daquele lugar, saibam irmãos, cada homem é livre de fazer suas escolhas acertadas ou erradas, para o conhecimento responsável das mesmas, porém o nosso velho adágio Tchokwe diz: "Os pássaros por mais que saiam do seu habitat, jamais se esquecerão dos seus galhos."- disse o Imperador, num semblante amorrinhado.

- Gostaria que ele estivesse aqui, para acompanhar o meu cortejo fúnebre e revalidar nossas desavenças, neste caso primeiro como irmãos depois como corte Imperial, ou seja, Imperador e Príncipe Imperador, pertencentes à um único Império, e em seguida com a constituição do Império, queria eu contar à ele as conquistas sem ter que ouvir de outrem e dizer as duras verdades que a vida me ensinou enquanto filantropo e filósofo de dias difíceis que viraram conquistas, gostaria de o dizer que o nosso pai sempre teve razão quando dizia-nos que em meditação se colocarmos as mãos à cabeça sentados em uma rocha horizontal perceberíamos a nossa realidade, saberíamos passar qualquer dificuldade após encontrar o melhor nhonga "(pensamento)", entretanto, quero que ele auxilie o meu filho para caminhos e decisões certeiras para o bem do nosso povo, esse seria um verdadeiro pacto familiar de resolução de conflitos internos e exemplo de reconciliação para todo o Império, para que saibam que independentemente das desavenças e contrariedades nas opiniões, o amor sempre vence em prol do bem comum. - acrescentou o Imperador Sonhi Kiabamba IV, agastado com toda situação que acontecera na corte Imperial com seu irmão mais novo o Príncipe Imperador Kuleba Nyossih Kiabamba.

O Imperador Sonhi Kiabamba IV, aparentava ter um ar sofrível, uma imagem que jamais tinha mostrado, uma vez que era visto apenas vivamente a liderar, tido como um homem sucinto pouco falante sobre seus assuntos domésticos, comoveu à todos suas falas, clarificando ainda mais o seu lado humano pacífico. Como consequência o povo silenciado e atento, manteve os olhares em direção ao Imperador e, instaurava-se um clima atenuado e de reconciliação.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora