Após alguns minutos em que Lunda se lembrava das palavras do pai, aproveitou o silêncio entre os presentes não hesitou e disse:
- Tio! eu fiz uma promessa ao meu Pai, aos deuses e creio que o melhor a ser feito para o nosso povo está incumbido em mim, pois foi pública a satisfação do Imperador e do povo quando fui citado no pronunciamento do empossamento não formal. - disse Lunda dirigindo-se ao seu tio Kuleba.
Então, respondeu Kuleba o seguinte:
- Filho isso não é uma disputa familiar de quem tem que ser por querer ser, precisamos crer que primeiro as normas são citadas pelas vontades dos deuses e não faz morada sob o nosso ego de ser, mas que verdade seja dita, eu sou o Tchokwe da família Imperial com os requisitos ancestrais solicitados pelas normas ancestrais aprovadas pelos deuses e não é salutar que seja de todo diferente.
- Tu terás muito a contribuir sendo membro da corte e da família Imperial.
- Tu mesmo dizes que não sabias que essas normas de empossamento existiam, não vamos deixar com que o povo seja alvo disso por lohas também, eu dou a todos chances de um empossamento justo segundo os deuses e com a verdade como lealdade aos nossos ancestrais que muito fizeram para sermos quem somos hoje enquanto povo próspero.
- Káha "(tradução livre: não)"! O Imperador tem de ser honrado como deus, como um grande construtor do nosso Império e uma das decisões dele tem de continuar viva. Eu creio no Kufa, mas não creio num Kufa de ideias, filosofias sobre a vida e sobre o melhor para o nosso povo. - respondeu Unyamki.
- Exatamente!! Por isso me recuso a aceitar que o certo seria o tio que no pior momento do Império não esteve com o povo e para o povo, o mesmo aconteceu na busca de resolução não esteve e curiosamente na abonança apareceu. - acrescentou Lunda.
- Lunda o teu Tata era meu irmão independentemente de pensarmos diferentes e de querermos outros meios e formas de melhorar o nosso Império. - disse o príncipe Kuleba.
- Melhorar? Destruir ou melhorar? – perguntou Lunda.
- Não diga isso, o nosso Império precisa ser o maior Império do mundo, o mundo precisa conhecer o ser humano Tchokwe.- disse Kuleba.
- O mundo não precisa conhecer o Tchokwe se o Tchokwe pensa sobrepor-se contra os outros seres que vivem dentro desse vasto lugar azul, suas ideologias criam segregações e isso é uma das coisas que o Imperador Sonhi jamais defenderia. A união deve ser uma constituição de personalidade para o nosso povo, precisamos pensar em melhorar Akwáfrika localmente e pensando de forma conjunta com outros povos avizinhados. – disse Lunda.
- Isso destruirá o caminho que temos para unificação de Akwáfrika, atrasará o nosso progresso coletivo e o tio sabe que os nossos sábios adágios afirmam " maior é o excesso por fazer sentido coletivo e a ambição pelo único faz de nós seres não abertos a melhoria colectiva. - voltou a dizer novamente Lunda.
Unyamki Soliako um dos membros mais importante da corte, viu-se ameaçado e desrespeitado e por muitas lohas à serviço do Imperador Sonhi, dirigiu-se ao Príncipe Kuleba e disse:
- Kuleba meu Imperial Príncipe, o senhor pertence à família Imperial, porém devemos saber que as normas têm as suas razões de existência universal, criadas para dirigir a ação e eficácia do que é melhor para o nosso povo, mas sabe o Príncipe que após o sepultamento do cessante Imperador ele não estará presente como os vivos, mas sim como um deus e o seu respeito merece proporcionalidade de facto.
Unyamki terminou dizendo:
- A corte sabe das suas responsabilidades com o Império e todos os presentes nessa sala sabem do quão teremos que manter a visão próspera do Imperador Sonhi, será uma transição complicada, mas não impossível e presumo que discussão com Katonde "(tradução livre: separação)" não será o caminho certo, por isso precisamos tornar essa transição não só bem deliberada como capaz de produzir benevolência ao ceio Tchokwe.
O Príncipe Kuleba ironizou os conselhos de Unyamki e disse:
- Pelos deuses! quanta falta senti de Saulimbo, parece que as coisas não mudaram muito por aqui, sempre os mesmos sermões considerados sábios.
- Blá, Blá, Blá!!! Isso faz-me lembrar do Sonhi, temos que pensar grande, conquistar reinos, criar uma hegemonia Lunda, com uma capacidade de fazer o Império Lunda o maior em todo planeta água. O mundo tem que saber que Saulimbo é o centro do poder comercial jamais visto.
- Eu não tenho muito a dizer, amanhã reuniremos e encontraremos a melhor solução para o Império. A corte de certeza que saberá o que é o melhor para os Tchokwes.
Kuleba saiu da sala do trono e foi ter com os seus servos estrangeiros que tinham vindo com ele do reino do Kongo. O povo murmurava muito naquele devido a volta dele, pois fazia muitas lohas que o Príncipe Imperador não pisava os seus pés em Saulimbo, a maior capital de comércio de Akwáfrica.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O IMPERADOR KIABAMBA V
Ficción histórica"Após a morte do Imperador Sonhi Kiabamba IV, o Império passou a conhecer inúmeros desafios, um deles o facto de ser empossado um Imperador em plena mocidade, por outro lado o Imperador terá que medir forças com o seu tio, o Príncipe Imperador Kuleb...