Continuação.Cap1.1

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• O Último discurso

O Imperador Sonhi Kiabamba IV olhava o alto das cabeças de todos por estar posicionado em cima de uma luxuosa e bem acabada cadeira feita de marfim, com pele de tigre e revestida de ouro aos pés, posicionou-se em pé e em seguida ergueu a sua mão direita de forma a pedir que o povo se mantivesse calado para que o mesmo pudesse falar, então discursou dizendo:

- Amados irmãos, filhos dos nossos destemidos guerreiros ancestrais, o honrado deus Mahate o glorioso deus da chuva no alto Kandembe, filhos de Satchipunguila o deus da água que escoa em nossos rios em todo Império Lunda e filhos de Luamba Tchijika a deusa do sol que brilha resplandecendo os nossos campos fartos, iluminando o grande Império do Leste de Akwafrika, o berço mãe!

- Os tempos não têm sido fáceis para os outros impérios devido a seca no norte de Akwafrika, seca que endurece as suas terras como as rochas altas do Império Npundu, os deuses voltaram-se contra aqueles povos irmãos, sendo que graças aos deuses Lunda-Tchokwe floresce do mais alto ao mais baixo lugar em cada canto territorial do nosso imensurável Império, afirmo dizendo que somos afortunados pelos deuses dos nossos ancestrais.

- Honrados, meus pés calejados já não demovem o meu corpo como antes, meus olhos já não contrastam os verdes do jardim Imperial, meus braços inquietos ficaram como resultado de cada ganho em batalha para o benefício comum do nosso povo, minhas ideias florescem à cada manhã pelo esforço incansável de cada um aqui presente, enquanto o monte brilha à cada manhã.

O Imperador Sonhi Kiabamba gesticulava as suas mãos a cada intervalo das frases que falava, com um ar otimista, com o seu sentido motivacional, que por muitos era notoriamente incrível ouvi-lo.

- Dizem os nossos ancestrais, que a hora final chega sem que percebamos, pois o tempo é tão rápido para grandes líderes de muitos afazeres e tão demorado para os que vendem a sua dignidade, os devoradores que se divorciam dos interesses com o seu povo e com o contrato de resoluções com os problemas dos nossos Yambus "(tradução livre: matas, florestas)". Então, não se esqueçam que o tempo só é muito, quando esse muito é desempenhado na qualidade de tempo, aproveitado para uma ambição na produtividade coletiva para o bem de todos.

- O Império sempre demonstrou ser forte e próspero graças a força coletiva do nosso povo, com trabalho árduo e corajoso, mas quero também dizer que vossa majestade pensa não ter muitos dias para poder correr rumo a prosperidade ao vosso lado, uso a verdade agora para vos preparar contra uma futura realidade. O tempo mostrou-me que o povo tornou-se maduro em suas atividades e que são todos conhecedores do que é necessário e desnecessário para o nosso amado Império.

Orgulhoso estava o Imperador, motivando o povo para que continuassem a envidar esforços no coletivo, o qual chamavam todos de prosperidade.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora