Continuação.Cap1.5.1

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A corte Imperial se retirou após o término do cortejo e também foram à caminho do palácio Imperial para poder imediatamente instituir o decreto porque com a presença do Príncipe Imperador Kuleba as coisas podiam ir de mal à pior e o empossamento não podia ser um processo demorado, ou seja, que levasse mais duas noites e dois dias, o Império tinha que ter um Imperador para restaurar a tranquilidade e tudo voltar ao normal, enquanto o trono não tinha um líder o poder estava em posse da corte Imperial.

Quando chegaram ao palácio Imperial encontraram as mesmas carruagens com os mesmos homens e cavalos, entraram na sala imperial à procura do Príncipe Imperador Kuleba e não o encontraram onde devia estar, então foram até a sala do trono e o encontraram justamente sentado no trono de penas cruzadas e os braços debruçados na cadeira do trono.

- Príncipe Imperador, infelizmente não pode estar sentado aí pelos deuses, ainda não se fez o empossamento do futuro Imperador, isso é contra as normas ancestrais.- disse Unyamki Soliako um dos homens generais kwata que fazia parte da corte e era um dos homens que tinha ficado com a carta que decretava o emposamento do filho do Imperador, o Príncipe Imperador Lunda Mukumbi Kiabamba entregue pelo próprio Imperador ainda vivo.

Começou a sorrir o Kuleba e disse:

- Não? O que vocês sabem sobre as normas ancestrais? Colocar um jovem a dirigir um Império? Com 17 lohas? Pelos deuses. Vocês precisam rever a vossa noção sobre as normas ancestrais, pois é proibido o empossamento de um Príncipe Imperador na mocidade.

- Príncipe Imperador! As coisas mudaram enquanto esteve ausente. O Imperador Sonhi decretou por legitimidade o empossamento de Lunda Mukumbi Kiabamba, pelo que imagino saber, ele será empossado como a quinta geração na linhagem Kiabamba para o trono.- responder Unyamki Soliako.

Voltou a sorrir de forma irritante e assim que parou questionou à Unyamki Soliako:

- Kwaha, Kwaha "(tradução livre: para, para)". Mesmo eu vivo? Como? Eu sou um Kiabamba, meus ancestrais construíram todo esse Império.

- Estamos em tempos delicados, sua índole segundo o que se sabe não abraça a humildade, mas sim o egoísmo e bem sabemos o que aconteceu quando cá esteve antes de ir para o reino do Kongo.- respondeu em seguida Unyamki Soliako de forma mais amena, tentando acalmar o que possivelmente se tornaria um alvoroço.

- O Imperador quis que retornasse à Saulimbo para auxiliar o seu sobrinho que será empossado em breve como Imperador.- voltou a dizer Unyamki Soliako.

Então, levantou o Príncipe Imperador Kuleba desceu das escadas que tinham no trono e aproximou-se bem perto dos membros da corte e disse:

- O povo não sabe dessa decisão e eles precisam saber quem realmente virá a ser o seu Imperador, o meu "amado" irmão soube ensinar uma coisa ao nosso povo que é o poder de poder participar em algumas decisões do trono e creio que não passar a real norma ancestral que somente à corte Imperial possui por lohas ao povo é ilegítimo.

- O povo deve servir ao Império e não tomar decisões, nos basta as orientações dos deuses para as interpretações das normais ancestrais.- disse Unyamki Soliako.

- Então, concordas comigo quando digo que tomar decisões é com pessoas com lohas indicadas, com pessoas com sabedoria de vivência.- disse Kuleba.

- Pelos deuses é um rapaz que não tem noções de liderança.- voltou a dizer Kuleba, com um tom de voz berrante e com um ar impaciente.

- Por isso a estadia de vossa majestade o Príncipe Imperador no Império, para o capacitar.- disse-lhe Unyamki Soliako.

- Há uma carta com o decreto do Imperador e isso precisamos colocar em vigor imediatamente.- voltou novamente a dizer Unyamki Soliako.

O Príncipe Imperador  Kuleba voltou subiu as escadas que tinha descido e voltou a se sentar no trono e mais uma vez cruzou as pernas e em seguida disse aos membros da corte:

- Então, não me restam alternativas, precisamos por última instancia dividir o Império.

- Ika?"(tradução livre: O quê)" loucura, dividir novamente essa ideia? Isso seria o caos. Deixarmos de ser Império, para sermos um pequeno reino sem prosperidade? Isso é contra o querer dos deuses.- perguntou Unyamki Soliako espantado com as mão na cabeça.

- Sim, a divisão, demostrará um novo começo, uma nova história, porque irmãos, eu não estou disposto a ver o que os meus ancestrais construíram, nas mãos de um mwana "(tradução livre: um miúdo)", ou isso, ou o povo saberá sobre a real intenção dos deuses com a norma ancestral e não um decreto que pode desmoronar o Império em pedaços.- disse Kuleba, chantageando a corte para que aceitasse o seu acordo.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora