Continuação.Cap.1.3

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Todos os jovens, após suas 18 lohas, tinham que apresentar-se lá para que estes fossem ensinados e treinados com técnicas de auto-defesa, parecia divertido, afirma-se isso porque maior parte dos jovens ambicionavam lá estar, para que fossem vistos como heróis, como participantes do Império ainda na mocidade, com uma personalidade sagaz e corajosa perante o Império e o orgulho como consequência para as suas famílias.

Apresentavam-se com roupas de pano encarnado, simplesmente vestidos da cintura para baixo, nos pés sandálias feitas de borrachas localmente extraídas das árvores, carregavam ao ombro o arco e por trás as flechas e por último um escudo feito de fibras geometricamente quadrado, para que pudesse proteger os soldado de possíveis ataques uma vez que ficavam propriamente de tronco núdico, cobrindo-se apenas em épocas frias, com coletes feitos de animais, eram homens estruturalmente fortes. A única distinção quanto ao que exerciam era as cores dos panos usados da cintura para baixo, os que exerciam trabalhos fronteiriços com panos azuis, os da ordem pública e do exército panos esverdeados, para os cargos de chefia, era notório as marcas de sinais na pele em volta das costas e no peito, isso justificava as lohas e os inimigos caídos em combate, quando era época fria ou chuvosa, estes usavam coletes de pele de leão, enquanto que os seus súbitos usavam de cabras selvagens.

A norte, o Tchikumina que era a cidade rica em recursos hídricos, onde era feito todo escoamento para o Império, devido aos rios que lá haviam, como também importantes pescadores que se responsabilizavam com a manutenção e pesca dos frutos do mar, ou seja, animais aquáticos que eram protegidos pela deusa Hichia Mahamba, a deusa que abençoava todos os pescadores e proporcionava as riquezas aquáticas dos grandes rios e lagos.

A oeste ficava Kwassa Mahamba, que era a cidade sagrada onde eram feitos todos os cultos aos deuses, lá faziam também oferendas e petições, tinha um grande sacerdócio que formava sacerdotes para o ensino e aprendizagem espiritual, como as situações críticas de maldições que não eram entendidas de modo carnal, mas sim de modo espiritual, como também os processos de prevenções de futuros acontecimentos proféticos e todo aquele que lá fosse formado, após o batismo recebia o apelido de Mahamba. O sacerdote Satchifunga Fupa Mahamba, era o representante máximo da cidade, com 6 lohas seguidas de devoção aos deuses e a entrega absoluta as indicações proféticas, ele só foi ascendido como sacerdote chefe após 2 lohas que aos dias de hoje seriam 6 anos mais 2 anos, segundo o calendário gregoriano.

Quanto as produções agrícolas e alimentares eram feitas na cidade chamada Nzage que se situava também a oeste próximo de Kwassa Mahamba, lá eram feitas todas as colheitas e distribuições, sendo que outra significativa parte era colhida na cidade vizinha chamada Lukapa, no entanto, eram quantificadas as colheitas e depois divididas de modo justo para as populações de todo Império, maior porção para o povo e uma porção significativa para o Império. Para que não houvesse dependência alimentar, o Imperador ordenava que o povo reservasse um terço do seu lugar em casa, para criar o hábito de ter uma agricultura doméstica, devido aos trâmites agrícolas de conceção das culturas, é interessante frisar que o que era colhido era também exportado para os reinos e impérios vizinhos, na verdade eram feitas trocas com exportações, a título de exemplo, no reino Npundu eram colhidas várias frutas tropicais, em específico os citrinos, frutas essas que que eram muito rentáveis plantar e colher, sendo que em Lunda-Tchokwe não era muito produtivo essas culturas, graças as trocas já se conseguia ter os citrinos em abundância em Lunda-Tchokwe, tudo feito sem injustiças, pois as trocas eram feitas a custo amistoso, pelo acordo diplomático chamado Kuria Mupema "(tradução livre: Comer bem)", onde havia o contrato primário e o secundário que foi lançado 2 lohas depois.

No contrato primário os produtos eram colhidos e faziam a troca de culturas segundo os seus interesses, depois de concluídas as conversações, se as partes interessadas concordassem em fazer trocas segundo o contrato primário, então faziam, caso não concordassem, as partes interessadas podiam desistir de fazer as trocas e procurar um outro reino ou império que apresentasse o que se procurava, caso houvesse duvidas se realmente iriam fazer as trocas, então depois de passadas semanas as partes voltavam a reunir-se e solicitavam o contrato secundário, onde as partes interessadas decidiam fazer trocas não pelas quantidades em peso, mas por outras culturas que precisavam sem poder levar grandes quantidades, somente poucas e quando tivessem uma nova Loha de produção se estes quisessem podiam voltar a negociar priorizando as culturas que não conseguiram trocar para um novo contrato primário.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora