O IMPERADOR KIABAMBA V

Continuação.Cap.2.3.5

O Imperador Kuleba precisava de um suspeito a altura para cobrir o que ele tinha feito e Zawe depois de ter mostrado que respeitava acima de tudo as normas ancestrais e não o Imperador que escondia a verdade, o imperador passou a ver-lhe como um inimigo, então o usou ele todo o seu poder para o incrimina-lo, ordenando o general Lessa que não deixasse ele ter liberdade e que parasse com as buscas e o declarasse culpado e que fosse decapitado a praça pública. O general Lessa tinha ficado um pouco inquietado com a postura do Imperador, mas como ele tinha sido convocado pelo trono para ter o casem mão decidiu corromper-se para que fosse ascendido no cargo que tinha.

- Está bem, meu Imperador assim será feito. - disse o general Lessa.

Zawe não percebia o porque que o imperador que tinha o discurso de defesa das normas transcender todas elas afirmando ser a lei por cima dos deuses, Zawe sendo sábio não usou medo como sua preocupação para que não fosse culpabilizado, então manteve a cabeça erguida nas suas convicções e em nenhum momento for contra a decisão que tinha sido tomada pelo Imperador.

Os Kwata Lunda tinham colocarado Zawe dentro de um quarto impedido escuro sem iluminação o impediram de fazer as suas atividades diárias durantes duas noites e dois dias, lhe torturaram procurando ainda assim que ele assumisse que tinha matado as Princesas e os Príncipes e que escondia o corpo do Príncipe Lunda dentro da floresta. O Nobre Unyanki não percebia porque tais acusações e tinha ido ter várias vezes com o Imperador Kuleba para tentar interceder em prol da vida de Zawe e nem com isso houve resultados, porque o Imperador já tinha decidido.

Zawe estava muito debilitado resultado das torturas, já nem conseguia mais olhar direito, tinha recebido visita dos seus amigos que o diziam que aceitasse as acusações para que não fossa duramente torturado, ao menos teria uma morte com menos sofrimento, mas Zawe continua a dizer que em nenhum momento pensou ou cometeu o crime de matar a família Imperial. A sua amiga Aylee lhe tinha visita antes antes do dia da decapitação.

       - Amigo porquê? Que fardo tão pesado carregas tu. - disse Aylee.

      - Porquê não? Porque não seguir crendo que estou no caminho certo? – disse Zawe todo ensanguentado e a se esforçar a falar.

    - Tu és realmente um teimoso Zawe, mesmo depois de tudo que passastes ainda queres te defender? porque não dizes que foi o imperador Kuleba e acabamos com essa estória. – perguntou Aylee.

    - E tu sempre engraçada! Aylee se eu falar a todos que foi ele estragarei um plano maior. que este que passo aqui por todos nós, eu sei que o meu Imperador um dia regressará e salvará o nosso povo. Não te entristeças uns precisarão fazer sacrifícios para que os outros possam sobreviver. -  respondeu Zawe.

      - Tu és um herói e o Imperador tem um verdadeiro servo que não só acredita num lugar melhor como também na defesa do seu Imperador. – disse Aylee a chorar.

    - Não chores! eu estarei bem no ceio dos nossos ancestrais por isso estou pronto para o resultado que paga o meu silêncio e o meu segredo, nem que me custe a morte eu aceitarei até o último momento. Por isso eu irei, mas tu ficarás por mim, cada um trilhará o seu caminho, mas nos encontraremos na fonte da paz com o nosso Lunda. – disse Zawe pegando nas mãos de Aylee.

Aylee retirou-se do quarto onde estava Zawe a chorar tristemente  pela injustiça que faziam com o seu amigo, então para que não fizesse asneira foi procurar o nobre Unyanki e contou-lhe tudo, o porquê Zawe estava a procurar o Príncipe na noite do tchissela e o porque Zawe não pode dizer onde o príncipe está. O nobre Unyanki ficou muito espantado com a coragem de Zawe por guardar o segredo mesmo depois de tanta pressão. Aylee pediu ao nobre Unyanki que não comentasse com mais ninguém, pois sabia que somente ela sabia onde o Príncipe estava escondido em Kémet. Decidiu ela não dizer a Imperatriz Yemuna por mais que fosse um grande castigo para ela sendo mãe, talvez saber do paradeiro do filho serviria de remédio para acalmar a sua dor após as perdas dos outros filhos, mas o mais sensato seria não dizer para que ela não tivesse crises emocionais e estragasse o único plano de salvar o Império das mãos do Imperador Kuleba.