Continuação.Cap.2.2

6 2 0
                                    

-  A Corte está em deliberações para melhor explicar esse fenómeno, ainda temos muito a aprender, só não esqueçam que eu poderei ser muito útil para todos vocês aqui presentes, com vossas mercadorias e prioridades, fazendo com que sejam justas e de maior proximidade com o Império e jamais haverá esquecimento da partilha da verdade. Eu farei uma morada de vocês em mim e aproximarei o Império escancarando as fronteiras entre os nobres e o povo. - disse novamente Kuleba.

- Justiça e visão próspera depende da moral do homem, mas não podemos esquecer que a injustiça é familiarizada a justiça e o desprezo a falta de prosperidade do homem com base na inverdade. - disse Zawe.

- Justiça é para os injustos e é também uma posição de aprendizagem, talvez não seja necessário ser justo, mas injusto para aprender a ser justo, e eu ainda prefiro acreditar que estamos a falar do mesmo, mas a usar maneiras diferentes de exprimir o que pensamos. - disse Kuleba.

- Ademais, pintem as vossas paredes pelo certo e não pelo incerto, está em vossas mãos a cor que destinará a grandiosidade ou menorosidade do nosso Império. - voltou a dizer Kuleba.

- Reflexivo! desde já cabe-nos desejar boas vulas vossa Príncipiosidade Kuleba Kiabamba. Até as escolhas das portas meu Príncipe. - disse Zawe.

Zawe era um jovem inteligente de vinte e duas lohas, um dos melhores estudantes de txôtologia em todo Império, trabalhava com os escribas e foi o primeiro jovem a ir para os estudos normativos do Império com apenas dezassete lohas, o que segundo o regulamento Karlonguessa tinha como requisito que o estudante tivesse mais de 25 lohas para ser considerado txôtólogo.

Os txôtólogos eram responsáveis por saberem sobre todas as normas ancestrais, universais e a filosofia Tchokwe, pois não era um trabalho fácil porque eles tinham que interpretar e ajustar as normas aos fenómenos que iam acontecendo dentro e fora do Império, para além de trabalharem como conselheiros dos nobres segundo os seus estudos.

Zawe era um fiel crítico positivo do Imperador Sonhi e ele era a favor do Príncipe Lunda, porque tinha sido instruído com base na filosofia do Imperador Sonhi e o quão ajudava o povo com o seu lado engenhoso. Zawe sabia que se fosse exortada a norma de maior convivência no Império o Príncipe Kuleba não teria inteira legitimidade, porque ele já tinha sido punido por índole duvidosa o que o levou a uma expulsão no Império.

O povo tinha o poder de escolha, mas com isso adveio inúmeras consequências como vários polos de discussões e rupturas em pequenos e grandes meios sociais, porque esse tipo de escolha de poder nunca tinha chegado à mesa do povo Tchokwe.

Durante a noite Kuleba com o seu lado astuto reuniu os seus servos estrangeiros e corrompeu alguns admiradores que residiam no Império e inseriu sobre eles a ideia populista de resolução dos seus problemas, ou seja, foi de encontro às necessidades deles e fez disso o seu mapa de discurso orientador. 

Decidiu então, ordenar que repintassem todas as portas de preto caso encontrassem portas pintadas de verde. Aproveitarão a calada da noite, para que não fossem vistos e sairam a caminhar pelas cidades do Império, era de costume o povo dormir mais cedo e acordar depois do canto do galo, de noite as ruas eram calmas e frias em todas as cidades e somente podiam caminhar os vigilantes do Kwata Lunda.

Então lá foram engajados a fazer o que Kuleba os tinha ordenado, dividiram-se em 20 grupos compostos por dez homens e esses se endereçaram em todas as cidades. Chegando nas cidades executavam a fraude nas portas enverdecidas.

Enquanto os seus homens atuavam, Kuleba tinha uma missão muito importante em Saulimbo de ir visitar os nobres soberbos, indo de casa em casa, primeiramente a casa de Kofachi Saluk um importante nobre que fazia parte da mesa da corte, responsável por idealizar os melhores métodos eficácia na área do comércio externo, era um homem muito soberbo, pois benesses era tudo que o chamava atenção, no entanto Kuleba aproveitou-se dessa fragilidade e fez dele um aliado, colocou a Kofachi a proposta de o tornar o homem mais influente no âmbito externo com riquezas em vários lugares da área azul de Akwáfrika, a título de exemplo Kuleba citou o Kemet e no reino do Kongo onde Kofachi tinha estudado Falangologia por várias lohas, a proposta era tornar-lhe ainda mais importante e Influente, o melhor Falangólogo em toda área azul de Akwáfrika.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora