O cortejo Fúnebre do Imperador

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O dia menos esperado por todos tinha chegado e a população estava toda entristecida com tamanha perda, a corte tinha tomado conta da realização de todo o preparativo. Estava presente a corte Imperial, a família imperial e reis e imperadores convidados, pois mantinham relações interpessoais com o Império Lunda-Tchokwe salvaguardando os seus interesses.

O corpo do Imperador estava enrolado com um pano branco com desenhos de todos os deuses para que eles o recebessem em plena celebração espiritual. Pairava um silencio que só se ouvia os movimentos do sacerdote chefe que se movia tanto que se conseguia ouvir quando ele balançasse o corpo de frente para trás devido ao seu excesso de joias esculpidas com as faces dos deuses.

O cortejo Fúnebre dos Imperadores eram feitos em Lunda-Tchokwe, propriamente em Kwassa Mahamba, por possuir uma terra santa abençoada pelos deuses, pois era evidente que o Imperador se tornaria um deus devido a sua trajetória rumo à prosperidade, algo que jamais tinha acontecido em Lunda-Tchokwe.

Para começar o cortejo o sacerdote chefe fez a oração pedindo que os deuses recebessem o corpo do Imperador, uma vez que ele estaria no jardim sagrado, onde eram enterrados os Imperadores, lá estava a primeira, a segunda e a terceira geração, com o hafa do Imperador se tornava a quarta geração no jardim sagrado, havia um conto ancestral no jardim, no caso era, se o túmulo do Imperador florescesse rosas brancas seria um deus misericordioso, se florescesse rosas vermelha seria um deus arrogante, e se não florescesse rosas o Imperador não seria um deus, mas sim um ajudante de um deus, ajudante do deus que enquanto vivo ele era devoto prioritariamente em suas petições.

Todos acreditavam que o Imperador Sonhi Kiabamba IV seria um deus misericordioso devido a sua bondade em ajudar o próximo, dando a oportunidade de se fazer permitir errar e ser corrigido, fazendo com que o bem fosse sempre mais valorizado do que o mal.

De todos os imperadores somente o primeiro Imperador se tornou um deus arrogante, o da segunda e terceira geração se tornaram todos ajudantes dos deuses.

Passado alguns minutos após a oração do sacerdote chefe, notou-se vindo a uma grande distância um tanto de cavalos, na verdade ninguém sabia de quem se tratava, pois todos já lá estavam e eram todos convidados da corte Imperial para o cortejo fúnebre, pouco se contava que a carta enviada para o reino do Kongo traria de volta o Príncipe Imperador Kuleba Nyossih Kiabamba, por julgarem ele ser um homem bastante orgulhoso em seus ideais, mas a corte obviamente não sabia dos seus planos de tomar o trono à todo custo.

O IMPERADOR KIABAMBA VOnde histórias criam vida. Descubra agora