A chegada

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POV Aska

Atualmente...

Eu sei, sempre disse que eu e o Eret éramos só amigos mas olha no que deu. Somos oficialmente namorados. Não sei, mas ele faz-me sentir completa, de um certo modo.

Mas falta sempre qualquer coisa. Vivi 18 anos com o meu irmão e já não sei nada dele. Não sei se está bem, se precisa de ajuda... Cada um tomou o seu caminho, mas os sentimentos permanecem.

Eu e o Eret neste momento estávamos a namorar. Não a fazer sexo mas sim a namorar, pois é o que os namorados fazem.

Eu estava sentada em cima da mesa e ele estava no meio das minhas pernas enquanto nos beijávamos intensamente.

Eu tenho 23 anos e o Eret 25. É normal que ele já queira ter coisas comigo, mas eu ainda sinto-me insegura pelo facto de enquanto cozinheira do reino de Dunbroch, assistia a muitas coisas que os guardas faziam ás mulheres que andavam ai "soltas".

Ele foi baixando a sua mão, e os meus beijos começavam a ser menos intensos, só para ver até onde aquilo ia dar.

De repente ouvimos lá de fora mais barulho. Pois é, já me tinha esquecido! Hoje vinham o filho do Gosmento e a sua mulher.

Lembrei-me que era a oportunidade perfeita para ver a Mérida. Saber como ela está. Meu Thor, não a vejo há dois anos.

Eu sai de casa a correr e vi as pessoas afastadas do meio da rua, e elas estavam mais encostadas ás casas. Eu passei pelo meio da multidão e meti-me quase à frente.

Vi Mérida, que estava linda com aquele penteado real e aqueles brincos de prata. Ela usava um vestido tão lindo. Ela estava uma mulher.

Ela também olhou para mim e ficou surpresa em me ver. Quase lhe faltou o ar. Ela ficou ansiosa a olhar para mim e eu para ela a mesma coisa.

Eu e a Mérida não éramos amigas, mas ela era amiga do meu irmão e ela ajudou-nos e passou pela nossa situação juntamente connosco.

Eu voltei para casa e curiosamente o Eret vinha atrás de mim. Eu vinha a pensar em maneiras possíveis de falar com ela.

- Quem é ela? Ou melhor, de onde a conheces?- perguntou ele curioso

- A pessoa que me ajudou a mim e ao meu irmão a escapar de Dunbroch. Sem ela, nunca teria chegado aqui nem ter te conhecido.- disse com uma sobrancelha arqueada

- Ela pode ajudar no movimento.- disse ele sorrindo

- Sim, mas primeiro pergunta-te como vamos nos encontrar com ela.- disse pensativa

- Eu não sei... Tudo depende dela.- disse calmamente

- Hoje vai haver uma festa de boas vindas. Podias aproveitar para falar com ela.- disse ele

Eu aproximei-me dele e dei-lhe um murro no ombro, com intenção de lhe mostrar que estava indignada.

- Porque não disseste antes?- perguntei revoltada

- Sei lá, lembrei-me agora.- disse ele dando de ombros

Eu subi para o quarto para ver se encontrava algo para levar para a festa à noite

POV Hiccup

- Por favor, não!- berrou um homem que era puxado por dois homens do Alvin na minha direção

- O que é isto?- perguntei solene

- Este homem anda a estrupar mulheres e a roubar a homens. Alvin disse que tu é que decidias o destino dele.- disse um dos homens e eles os dois foram embora

Neste momento, eu estava com este pedaço de merda numa sala, no qual eu gostava de chamar sala das decisões.

O que eu era há dois anos atrás... deixou de existir. Sou um homem novo. Deixei tudo o que me apegava ao Hiccup, o tratador de cavalos ou o aprendiz do ferreiro, para trás.

Agora sou um homem que faço as coisas por justiça.

Uso uma capa com um capuz negro. Tinha um colete feito de pele de animal que depois em baixo acabava por ser uma saia comprida que ia até os pés. Por dentro usava uma camisola grossa e usava botas.

- Por favor! Misericórdia!- gritou ele aflito

Eu estava de costas para ele enquanto afiava a minha espada com aço valiriano com uma pedra. Pousei a pedra em cima de uma mesa e virei-me para ele.

- Tu gritas como uma menina.- afirmei carregando as palavras com nojo

- Por favor...!- continuou a suplicar

- E quando foram as mulheres? Elas suplicaram, e o que fizeste? Enfiaste tudo lá dentro.- disse olhando para ele.- Diz-me, preferes morrer de forma lenta ou rápida?

- Por favor! Deixe-me ir! Eu prometo que não faço mais mal a ninguém!- berrou ele angustiado

- Sabes, o meu tio costumava-me sempre dizer o que a minha mãe dizia: "as pessoas não mudam", e ao longo da minha vida, as coisas tornaram-se tão óbvias que eu acabei por concordar com a minha mãe.- disse e depois suspirei fundo.- Não decides, escolho eu.

Eu logo com força decapitei o homem. A cabeça caiu no chão e o corpo também. Não guardo rancor deste homem assim.

Antes de sair da sala, limpei a minha espada com sangue à sua roupa. Só depois é que sai para mandar os guardas livrarem-se do corpo.

Os servos Onde histórias criam vida. Descubra agora