O ataque

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POV Mérida

- Já não era sem tempo.- afirmei ajudando a Aska descendo do dragão do Hiccup

Eu, o Eret e a Heather estávamos neste momento na praia a receber os nossos convidados exilados. Hiccup, Aska e Alvin desceram para a praia, para falarmos entre nós. Viggo comandava o exército pelos ares, que neste momento atacava o outro exército aéreo.

- Acredita, eles são muito mais rápidos com os dragões.- disse ela convencida

- Porque ele vem connosco?- perguntou a Heather pouco indignada apontando para o Alvin

- Eu não ia perder este ataque.- disse ele com um sorriso escárnio

- Onde estão os outros? Os do movimento?- perguntou a Aska curiosa

- Mortos, no dia quem que partimos para a ilha dos exilados.- disse o Eret triste

Por momentos Aska sentiu-se abatida, mas sabia que estava no meio de uma batalha e não podia deixar-se descair.

- Não chores por pessoas que já estão mortas. Se quiseres chorar, guarda para o fim, porque a batalha ainda agora começou.- disse o Hiccup ainda em cima do seu dragão

O Hiccup tinha razão. Bem, tem razão para uma pessoa fria e insensível. De qualquer das formas, a Aska ergueu-se e olhou para todos nós, confiante.

- Eu vou ser a líder que vocês merecem. Mérida, tu vais voar com o Hiccup. Alvin, também vai para os céus. Nós os três... ficamos em terra.- declarei e eles pareceram todos concordar

Eu montei o dragão do Hiccup e nós voamos para cima bem alto e bem rápido que até a minha pele arrepiou.

- Tu fazes parecer tudo mais agressivo.- disse perturbada

- Achas mesmo?- perguntou ele irónico

Eu só revirei os olhos e não percebi do que estávamos à espera. Víamos dragões e a debater contra dragões, e entre eles o Viggo.

Depois, mais abaixo, vimos os guerreiros do Hiccup a combater contra os de Berk. Admito que o Alvin fez um bom trabalho em treiná-los. Já a chegar à batalha, víamos a futura líder e os seus últimos seguidores.

- É uma boa vista, pena estarmos a perder a batalha.- disse o Hiccup enquanto observava tudo

- O que queres fazer?- perguntei confusa

- Não és a única com bons brinquedos, Dunbroch.- disse ele tirando das suas costas o seu arco

Oh, pois. Deve estar a pensar que enquanto o dragão dele voa eu vou estar a lançar flechas.

- Eu sei o que estás a pensar, e vamos o fazer na mesma.- disse e ele desceu com o dragão de forma brusca

Eu até me desiquilibrei. Depois o dragão começou a voar de forma moderada e o Haddock iniciou a projetar flechas para os pescoços, cabeças ou peito de guerreiros berkianos.

- Vamos lá, Dunbroch. Não é agora que vais ter medo.- disse ele concentrado na sua matança

Ele tinha razão. Que se lixe.

Lancei flechas muito mais centradas do que as dele. Todas acertavam nos pescoços dos guerreiros. Há muito tempo que não me sentia viva.

Hiccup olhou para mim, ou seja se virou para trás, e sorriu para mim. Ele nunca gostou que eu matasse pessoas, porquê agora? Será que ele agora entende?

POV Hiccup

- Vou saltar!- berrei, pois o som de guerra era intensamente alto

- Estás louco?! Vais partir o único pé que tens!- alertou ela incrédula

- Acredita, eu sei o que faço.- disse convencido

- Eu não! Como hei de pilotar o teu dragão?- perguntou ela desesperada

- Segue o teu instinto!- disse e eu saltei do Desdentado

A altura entre o dragão e eu era por volta dos 15 metros. Quando saltei, fiquei com arrepios, porque sabia que isto já tinha acontecido: eu saltar de um dragão. Saltei e parti o pé esquerdo, mas desta vez era diferente.

Sou um guerreiro acrobata, por isso sei bem como aterrar no chão, agora, não quando tinha 18 anos. E lá estava a 40 metros de altura, enquanto este é muito menos.

Quando finalmente pousei no chão, deu-me uma pequena dor no pé que ainda me sobrava, mas não o suficiente para me destabilizar nesta batalha.

Guardei o meu arco nas minhas costas, e quando um homem vem na minha direção para me atacar, eu defendo, chocando as nossas espadas.

- Se eu fosse a ti não o fazia.- avisei, mas ele na mesma decidiu atacar

Não tive opção sem ser lutar com o homem. Era mais fraco do que eu, era mais do que óbvio.

Eu fiz uma roda para trás sem as mãos no chão. O meu pé bateu na mão dele e a espada dele caiu. Não perdi a oportunidade de o decapitar.

E foi mais ou menos assim com o resto: atacar, defender e matar. Ou estavam tão distraídos que eu só matava.

Um deles ia matar alguém dos meus, então como ele estava de costas, eu apenas perfurei a sua barriga antes mesmo de ele o matar.

Ele caiu para o lado e pude ver a cara da minha irmã ensanguentada. Não era sangue dela, mas sim dos outros. Acho que estou orgulhoso.

- Bom trabalho, mana.- disse genuinamente orgulhoso, mas o meu tom soou irónico

- Eu dei-te uma ordem. Devias estar nos céus com a Mérida!- disse ela revoltada

- Ambos sabemos que eu sou mais útil aqui em baixo do que lá em cima. E para de ser tão tensa. Diverte-te um pouco.- disse irónico e dei um golpe na barriga de um homem que me vinha matar

O meu objetivo era chegar ao grande salão, onde devia estar o filho da puta do Gosmento.

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