POV Hiccup
Deparámo-nos com o meu e provável pior inimigo da Mérida. Eu não sabia o que haveria de fazer, quer dizer, ambos estávamos em choque.
Para nossa salvação, é bom saber que Mérida traz sempre consigo a sua aljava e o seu arco, mas o que era triste é que eu não posso estar sempre a depender da Mérida.
- Ora só quem nós encontramos. Uma princesa e um plebeu. Nunca vos disseram que cá não aceitam relações entre vocês os dois?- perguntou o Gosmento
- O que queres de nós?- perguntou a Mérida agressiva
- De ti, querida futura nora, nada. Apenas dele.- disse ele olhando para mim
- Terá que passar por cima de mim primeiro.- desafiou a Mérida metendo-se à minha frente
Credo. Cada dia que passa a Mérida parece mais a minha irmã. Estranho.
- Eu não fiz nada ao senhor. Porquê matar-me?- perguntei fingindo estar confuso e ultrapassando a princesa
Quer dizer, talvez por ser a irmã de Aska e ele tenha medo que ela assuma Berk, mas ele ainda não sabe que nós somos os filhos de Stoico.
- Tu sabes que fui eu que matei o teu tio. Tu sabes o que aconteceu.- disse ele convicto... Credo
- Eu sei muitas coisas, senhor. Eu só desconfiava de si, mas agora sei porque mo confirmou.- disse raivoso
- Chega de diálogo.- disse a Mérida e lançou uma flecha para a cabeça de um dos homens do Gosmento
O outro vinha na minha direção mas Mérida profurou o seu pescoço com uma adaga que tinha na bota.
O filho do Gosmento, Melequento, veio para cima de mim e começou a dar-me murros. Nós rebolávamos e quando eu ficava em cima, eu é que lhe dava murros.
- Parem!- gritou alguém
Neste momento estava ele em cima de mim a dar-me murros. Ele estava a sentir a adrenalina e o prazer de bater e matar, então eu estava tecnicamente super fraco e ensanguentado.
- Eu disse parem!- gritou a minha irmã que esfaqueou a perna do Melequento, o que o fez berrar
Deparei-me com o que estava a acontecer fora da minha luta com o Melequento: A Mérida ameaçava o Gosmento com o arco em posição de ataque e a Aska já estava com duas mochilas.
- Não!- disse e o Gosmento correu para socorrer o filho
Eu logo me levantei do chão, mas com alguma dificuldade porque tinha feridas e nódoas negras por todo o lado.
Eu apoiei-me em Aska enquanto Mérida foi para dentro do estábulo libertar dois cavalos para nós. Depois eu apoiei-me em Mérida enquanto a Aska montava o seu cavalo.
A Mérida deu-me um beijo na bochecha e depois olhou para trás para ver se estava tudo controlado lá atrás com o pai e o filho.
- A hemorragia não para!- disse o Gosmento aflito
- Não é problema meu.- disse ela sem olhar para ele
Eu pela primeira vez sorri numa situação em que a Mérida é durona (badass).
- Ficas bem?- perguntei preocupado
- Sabes que sim.- disse ela sorrindo
Nós os dois nos abraçamos. Gostaria de ter tido muito mais tempo para conhecer melhor a Mérida, porque esta rapariga é fantástica.
Ela ajudou-me a subir o cavalo. Olhei para a Aska e ela confirmou-me com um simples olhar que ela estava pronta. A Aska olhou para a Mérida e mostrou-se agradecida.
Nós os dois cavalgamos para Norte, à procura de um sítio onde estejamos bem e seguros.
(...)
Passaram-se trinta minutos e Aska já estava cansada de cavalgar. Nós tínhamos chegado a uma pequena praia onde tinham três barcos de remos de madeira.
Descemos dos cavalos e a Aska entrou dentro de um dos barcos. Quando eu ia entrar, ela fez um sinal de "stop" com a sua mão direita.
- Não Hiccup.- disse ela triste
- Porque não?- perguntei confuso
- Já pensaste? Nós somos procurados. Os dois. Se nos separarmos... vai ser mais difícil deles nos encontrarem.- falou ela indiferente
- Compreendo, mas... o Bocão, a mãe e o pai não nos quereriam ver separados. Ainda por cima numa situação destas.- disse melancólico
- Mas ás vezes temos que fazer escolhas difíceis para sobreviver.- disse a Aska lacremejando
Vi que não havia volta a dar. Era mesmo esta a nossa despedida. Agora, só iríamos nos voltar a encontrar sabe lá Thor quando.
Ela saiu do barco e nós os dois nos abraçamos com força. Admito que até uma lágrima surgiu no meu rosto. A minha irmã é a única família que me resta, e custava-me isto.
Eu mandei os cavalos de volta para o reino, dando uma palmada em cada um dos seus traseiros. Eles cavalgaram com velocidade e foram embora.
Eu entrei num barco e ela voltou a entrar no seu. Coloquei os remos para fora e comecei a remar com Aska. Ao longo do tempo eu fui remando para oeste e ela para este.
E esta, foi a última vez que vi a minha irmã.
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Os servos
PertualanganA Aska e o Hiccup são criados em Dunbroch. Os seus pais morreram, então eles os dois ficaram ao cuidado do seu tio Bocão. Entretanto, o Hiccup forma uma amizade com a princesa Mérida e ela é proposta em casamento sem ela saber pelo filho do líder d...