41-Punição divina

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-Saiam da frente!-Gritei gesticulando para alguns aldeões confusos que buscavam abrigo atrás das barracas-Corram!

Seus olhares confusos se tornaram apavorados quando a besta atrás de mim se revelou destruindo algumas das barracas que ali se encontravam.Os gritos tomaram conta do lugar, todos corriam desesperados tentando se afastar da enorme coisa que me seguia.

Onde estavam os anbus?A hokage?Os ninja da Folha?!

Eles deveriam estar ajudando o povo...Sua ausência provava que a coisa atrás de mim não era o único problema de Konoha no momento.

O que eu poderia fazer?Correr?Uma hora ia ficar cansada e a coisa me acalçaria...Era uma situação potencialmente problemática, como diria Jimi.

Passei meus olhos pelas barracas procurando alguma coisa que me servisse de arma e ali estava!A uns cem metros de mim se encontrava a pequena faca de serra fincada na laranja que o senhor anteriormente comia...Teria que servir!

Acelerei o passo alcançando finalmente a faca,meio caminho estava andado!

Sem parar de correr observei a criatura por cima do ombro buscando um ponto vulnerável em seu grosso couro reptiliano, couro este que com certeza repeliria a faca se fosse lançada e a faria quebrar se eu tentasse corta-lo.

Não é como se o objeto em minha mão fosse próprio para isso, eu certamente teria que ser precisa, ou minha chance de vencer seria desperdiçada.

Seus olhos eram cobertos por uma película de aspecto leitoso, como as de um tubarão, elas se fechavam na horizontal com um pequeno intervalo.

Esta seria minha vantagem!

Contei diversas vezes para ter certeza de que eu teria três segundos para me virar, mirar, lançar e acertar a faca em seu olho.

Não seria nada fácil, ele teria que estar perto ou a trajetória da faca consumiria um tempo que eu não podia perder, também havia a possibilidade de eu errar...Se isto acontecesse eu não teria tempo de correr antes de ser atacada.

Mas não tinha muito o que fazer, esta era a única opção no momento.

Basicamente, corra e seja pega ou lute e seja morta...Pelo menos em uma dessas opções eu tinha a chance de acabar com isso.

Fechei os olhos por um momento, respirando fundo para tentar acalmar meu coração acelerado.Coisa que fiz com certa facilidade, não podia negar que sentia falta da adrenalina que uma luta liberava.

Eu estava em casa.

Posicionei a faca entre meus dedos pronta para lança-la, acelerei o passo pegando impulso em um dos postes de energia da rua para saltar de costas, aterrizando assim atrás da criatura.

Ela virou seu rosto para mim e ali estava, minha abertura!Lancei a faca acertando seu olho esquerdo pouco antes da película protetora se fechar.

Um urro de agonia preencheu meus ouvidos, a criatura se debatia no chão mexendo a cabeça de um lado para o outro tentando se livrar do objeto preso em seu olho.

Ainda assim...Não estava morta.

Olhei em volta avistando uma vassoura, bem a minha esquerda, sem perder tempo corri até ela e a quebrei no meio com a ajuda de meu joelho.A madeira de seu cabo quebrou de forma desigual, me dando assim dois pedaços pequenos de si com farpas saltando de suas pontas.

Me aproximei novamente da criatura, com toda a calma que existia em mim, ela rosnou como um grito me dando visão de seus afiados dentes pontudos escondidos pelo bizarro bico ensanguentado.Seus olhos se abriram novamente quando ela avançou na minha direção pronta para me rasgar ao meio.

Insuperável Hyuga (Sendo reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora