X. Posso te beijar agora?

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POV Rafa Kalimann

Meu Senhor o que tava rolando aqui? Por que essa mulher tava mexendo tanto comigo? Por que meu coração tá acelerado, minhas mãos suando e meu estômago embrulhado? Por que parece que eu sou uma adolescente novamente? Por que eu não consigo simplesmente sair desse quarto?

Eu sabia que tinha que sair, o jeito como Gizelly me olhava me estremecia, precisava sair, mas meu corpo não tava respondendo, que droga!

- Você tem que sair, Rafaella - ela falou me olhando e eu a encarei, ela pareceu notar que eu não conseguiria sair - eu vou facilitar pra você - disse e abriu a porta, mas antes que ela saísse, eu a fechei novamente - O que você quer, Rafaella? - pude sentir seu olhar sobre mim - Quer que eu fique ou que eu vá?

- Não sei porquê, mas eu quero te beijar, e quero muito - falei encarando a porta e senti as mãos de Gizelly em meu corpo, me fazendo virar de frente pra ela.

- Posso te beijar agora? - sua respiração tava tão forte quanto a minha, seu olhar exalava desejo, sua mão tava quente.

- Eu sou casada - foi tudo o que consegui falar.

- E eu quero te beijar mesmo sabendo disso - aproximou nossos lábios, mas sem encostá-los - eu preciso que você diga que quer que eu te beije - sentia seu hálito de cerveja, sua respiração quente, seu toque, meu corpo não me respondia mais.

Em um momento de loucura e sem pensar direito, grudei nossos lábios em um selinho, senti a mão esquerda de Gizelly que repousava suavemente em minha bochecha ir até minha nuca, onde puxou meu cabelo, a mão direita foi até as minhas costas e me apertou contra seu corpo. Sua língua pedia passagem por minha boca e eu cedi sem nem me questionar, elas se tocavam e exploravam a boca uma da outra, o beijo tava quente e eu me permiti sentir aquilo.

Coloquei minhas duas mãos no rosto de Gizelly e afastei nossas bocas, ela me olhou nos olhos e sem precisar falar nada, voltou a me beijar, mas dessa vez me empurrou na porta e sua perna direita pressionou meu sexo, eu não podia ir além disso e sabia que se não parasse agora ia acabar indo longe demais.

- Para - disse ofegante, aproveitando que ela havia descido seus beijos quentes para meu pescoço.

Ela prontamente se afastou, mesmo demonstrando o quanto queria àquilo, eu a olhei e ela pareceu me entender, abri a porta e sai, ainda estava ofegante e anestesiada com o que havia acontecido quando vi Mel vindo em minha direção.

- Tá tudo bem mamãe? - perguntou.

- Tá sim, só desci as escadas rápido demais - tive que mentir pra ela.

- Olha, fiz mais esse desenho, minha nova amiga Renata me ajudou, esse é seu - disse me dando o desenho.

- Ual, que lindo! - falei analisando o desenho - Obrigado meu amor! - me agachei e a abracei.

- Hoje foi um dia maravilhoso, mãe! - me deu um beijo na bochecha e voltou correndo pra sua nova amiga.

Eu voltei pra mesa que as meninas tavam e Gizelly ainda não estava lá, menos mal.

- Tão bom ver a Mel feliz assim - Manu falou observando minha filha.

- Ela é muito linda, puxou a mãe - Marcela disse.

- Ela é linda mesmo! - respondi.

- Você viu a Gi? - Marcela perguntou e eu tentei não parecer nervosa.

- Não, não vi, por quê? - falei rápido e meio nervosa.

- Ela tá demorando - me respondeu.

Ficamos ali conversando por mais alguns minutos antes que Gizelly voltasse para cá. Eu fiquei revivendo o que havia acontecido em meus pensamentos e só conseguia pensar em como eu tive coragem de fazer aquilo. Senti meu corpo esquentando à simples lembrança dos lábios de Gizelly nos meus.

Não sei parar de te olharOnde histórias criam vida. Descubra agora