XXI. Me encontra mais tarde?

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POV Rafa Kalimann

Gizelly deixou Ivy em sua casa e depois fomos em direção a casa da capixaba. O caminho até lá me fez ficar extremamente nervosa, não por está com Gizelly, mas por ter aceitado a total atração que tinha por àquela mulher.

Ao chegarmos, Gizelly entrou com o carro e colocou em sua garagem, o desligou e ficamos ali, sentadas, sem tirar o sinto, olhando pra frente, ambas esperando a outra tomar a iniciativa e quebrar o silêncio, mas sabíamos que qualquer coisa poderia se tornar um gatilho pra nossos desejos, então, estávamos tomando cuidado com tudo o que rolaria ali.

- Então... - Gizelly quebrou o silêncio, mas não o olhar, que continuou a encarar a parede à sua frente.

- Então... - respondi e também continuei olhando para frente.

- O que faremos daqui pra frente? - virou o rosto e me olhou.

- Eu não sei, Gi - continuei olhando para a frente.

Mais uns minutos de silêncio até que Gizelly tirou seu cinto de segurança, se virou para mim, colocou suas duas mãos em meu rosto e o virou para si, meu corpo todo estremeceu, meu estômago ficou estranho e eu só consegui pensar em como eu queria beijar àquela mulher. Ela me encarou por dois segundos e sorriu, meu sorriso saiu instintivamente em resposta, ela soube ali que eu dava permissão para me beijar.

Gizelly encostou nossos lábios em um longo selinho, ali eu soube perfeitamente bem o que ela queria falar. Aprofundei o beijo em uma tentativa de fazer o momento durar, a morena permitiu, nossos lábios se movimentavam, enquanto nossas línguas se encostavam uma na outra, Gi parou o beijo, mas não desgrudou nossos rostos.

- Eu vou sentir saudades desse beijo - falou, ainda de olhos fechados, com as duas mãos em minhas bochechas, lugar onde ela depositava leves carícias, nossos narizes estavam colados.

- Eu também vou - respondi e colei nossos lábios novamente, Gizelly parou o beijo e me abraçou.

- Melhor você ir... - falou saindo do abraço, abrindo a porta e descendo do carro.

Eu fiz o mesmo, peguei a sacola com as roupas que comprei, ela me acompanhou até o meu carro.

- Dá um abraço em Mel por mim - falou quando eu abri a porta do meu carro, eu apenas sorri.

- Gi, eu... - tentei falar enquanto a olhava e senti meus olhos marejaram.

- Eu também - talvez estivéssemos falando sobre mesma coisa, talvez não, mas preferi me iludir e fui embora.

Cheguei na casa de Larissa e Mel já estava pronta, me esperando.

- MAMÃE!!!!! - Mel exclamou correndo em minha direção ao me ver.

- Oi, meu amor! - não contive o sorriso enquanto me abaixei para abraçar minha filha - E aí, se divertiu?

- Demais! A tia Larissa é legal e eu e a Bruna brincamos demais, foi super divertido! - Mel falava animada.

- Que bom, filha. - me levantei e olhei pra Larissa - Ela se comportou?

- Muito, ela e Bruna passaram o tempo toda brincando, foi tranquilo - Larissa respondeu.

- Que bom! Vamos indo, Mel? - perguntei.

- Vamos sim! Tchau Bruna, - falou e foi abraçar a amiguinha - tchau tia Lari - foi abraçar a mais velha.

- Tchau procês - disse e elas responderam.

Coloquei Mel no carro e dirigi até nossa casa. Quando chegamos, Vinícius não estava em casa, e pelo estado dela, não havia aparecido por lá desde sexta-feira. Eu fui tomar um banho, coloquei um moletom e fui até o quarto de Mel.

Não sei parar de te olharOnde histórias criam vida. Descubra agora