Hinata pov's
Acho que nunca estive tão nervosa em toda minha vida.
Nem mesmo as missões de rank S me deixavam dessa forma. Podia sentir meu coração bater acelerado no peito enquanto minha falha respiração fazia meus lábios tingidos de vermelho tremerem levemente junto de minhas mãos cobertas pelas curtas luvas de renda. Hanabi, apoiada em uma cadeira, tentava colocar o véu preso a uma tiara de flores sem desarrumar o coque trabalhoso que sustentava meu cabelo, de frente pro espelho, podia vê-la fazer algumas caretas até concluir seu objetivo.
— Você esta linda, Nee-chan, mas se continuar assim, vai desmaiar antes de chegar no altar. — Ela brincou, ajeitando o enorme vestido branco coberto de babados.
— Não consigo me controlar Hana, e se eu cair? E se chover? E se ele dizer não? — As palavras saíram de minha boca descontroladamente, fazendo a menor rir.
— Hinata, você não vai cair porque Otou-san vai estar te segurando, esta um dia lindo lá fora e acha mesmo que Sasuke seria louco de dizer não com Neji do lado? Ele pode ser um Uchiha mas ainda presa pela própria vida. — Recobrando a postura, ela andou até mim me abraçando, senti meu peito se aquecer e de certa forma, me senti bem melhor. — Vai dar tudo certo.
— Você tem razão, Hanabi, obrigada.
Alguém bateu na porta interrompendo nosso momento, joguei o véu por cima do rosto e peguei o pequeno buquê entendendo que era hora de ir, respirei fundo e um sorriso involuntário surgiu em meu rosto quando Otou-san abriu a porta ficando parado por alguns segundos e apesar de nenhuma palavra sair de sua boca, pude ver a forma como seus olhos brilharam ao me fitar.
— Vamos?
Assenti e vi minha irmã correr para fora, provavelmente para poder assistir a cerimônia. Enganchei meu braço ao seu e antes de passarmos pela porta que levava ao jardim, Hiashi se debruçou levemente para perto de meu ouvido e disse:
— Você esta linda, filha.
Senti meus olhos se encherem de lágrimas e não tive forças nem para agradecer o elogio, tinha certeza que se abrisse a boca naquele instante, choraria. O sol atingiu meu rosto assim que pisei na grama fofa do jardim vendo o tapete logo a frente, corri meus olhos pela decoração e convidados rapidamente, estava tudo tão bonito e simples, como sempre imaginei, mas não perdi muito tempo ali pois logo meu olhar encontrou o que mais desejava ver no momento, Sasuke, e por Kami, ele estava lindo de terno.
Seus olhos logo vieram de encontro aos meus e tratei de segurar mais forte no braço de meu pai a fim de não cair ou tropeçar. Esboçou um pequeno sorriso que retribui de imediato apesar de meu rosto estar coberto o que, provavelmente, o impedia de o ver de longe. Assim que cheguei no altar e Otou-san colocou minha mão sobre a dele, todos os pelos do meu corpo se arrepiaram e minhas pernas ficaram moles, esforcei-me para continuar em pé quando nos voltamos para o sacerdote que iniciava a cerimônia.
— Você esta linda, Hina. — Sasuke murmurou baixinho próximo ao meu ouvido, sua voz calma e um pouco trêmula demonstrava que ele também estava nervoso, sorri, corando em seguida.
— Obrigada, você também esta l- lindo. — Gaguejei, sempre fui tímida para fazer elogios, principalmente para o sexo masculino. Sasuke riu baixo.
— Algumas coisas nunca mudam, não é?
Nos calamos, voltando nossa atenção ao sacerdote e depois de fazer os clássicos votos e dizer sim, era hora das alianças. Estendi a mão esquerda ao Uchiha que pegava a aliança na caixinha posta a mesa, com cuidado, ele retirou a luva e levou a costa de minha mão aos lábios, beijando enquanto seus olhos negros se voltavam a mim, ah, Sasuke realmente estava tentando me fazer desmaiar na frente de todo mundo, porem mesmo envergonhada, não consegui desviar o olhar da cena até ele terminar de por o anel em meu dedo anelar, queria guarda-la em minha memória para sempre.
Repeti o ato de por a aliança e então era hora do beijo. Sasuke retirou meu véu devagar, sem desviar a atenção de meus olhos e com uma das mãos ergueu meu queixo delicadamente, selando nossos lábios enquanto juntava nossos corpos, ouvi palmas e alguns gritinhos atrás de nós e sorri em meio ao beijo, foi quando tudo ficou escuro e me vi caindo de uma altura consideravelmente alta de volta para o campo de guerra.
Tudo tinha sido uma ilusão?
A minha volta, os shinobi's comemoravam se abraçando e gritando enquanto a poeira do lugar que estava um caos, subia pelos passos rápidos das pessoas correndo e pulando de felicidade, pelo visto a guerra tinha finalmente chegado ao fim, mas diferente das pessoas daquele local, eu não estava feliz.
Meu coração se apertou ao lembrar de Neji morrendo ao salvar Naruto enquanto eu assistia tudo do lado oposto do campo de batalha, ocupada destruindo um dos clones que atacava de forma incessante. Ele tinha se sacrificado pelo bem das outras pessoas e constatei com os olhos cheios de lágrimas, que seu sacrifício não tinha sido em vão.
— Sasuke... — Murmurei, constatado que ele era minha única preocupação visto que meu pai estava bem do meu lado. Tinha o visto chegar no campo, mas não me permiti distrair com sua presença, mantive firme em minha posição.
Me levantei e arfando, ativei o Byakugan tentando acha-lo.
— O que esta procurando, Hinata? — Meu pai tocou meu ombro, tomei um pequeno susto, voltando minha atenção a ele.
— Naruto e os outros, quero saber se estão bem. — Menti, infelizmente Otou-san não tinha ficado nem um pouco feliz de saber que havia me envolvido romanticamente com Sasuke, me lembro exatamente da bronca que levei depois que sai do hospital e o moreno voltou a ser um nukenin.
— Eles devem chegar a qualquer momento, se a guerra acabou significa que conseguiram vencer. — Confirmei com a cabeça e fui ajudar algumas pessoas do meu clã que estavam feridas, havia aprendido o básico de ninjutsus médicos como forma de me preparar para a guerra.
Minutos depois, enquanto curava o ferimento de um Hyuuga, pude ver várias pessoas correndo para a mesma direção, curiosa, me virei ativando o Byakugan fazendo meu coração dar um salto, era o time sete que retornava e aceitava o agradecimento das pessoas por ter salvo suas vidas. Podia sentir o chakra de Sasuke, apesar de fraco, significava que ele estava vivo e aquilo fez meus olhos se encherem de lágrimas.
— Hinata-sama, estou bem melhor, pode ir se quiser. — O homem que eu curava, falou.
— Fique bem. — Desejei, levantando em seguida e correndo para o local que eles estavam.
Foi difícil passar pela pequena multidão que se aglomerava gritando e pulando de alegria, porém valeu a pena quando finalmente pude vê-lo, estava machucado mas bem ao mesmo tempo, talvez Naruto, que se apoiava na Sakura, estivesse um pouquinho pior. Suspirei de emoção vendo que ele não tinha mudado praticamente nada, a não ser seu cabelo que estava um pouco maior.
Sasuke parecia procurar alguma coisa, olhando para os lados incansavelmente, até que nossos olhares se encontravam e ele esboçou um pequeno sorriso, não me movi, estava tremendo involuntariamente, logo as pessoas começaram a dispersar, algumas ainda cumprimentavam Naruto, Kakashi e Sakura mas ele parecia um pouco excluído, então me aproximei sem saber exatamente o que falar.
— Acho que devo te agradecer também. — Murmurei tímida, fazia quase três anos que não nos víamos, talvez as coisas tivessem mudado. Estendi minha mão em forma de comprimento que não foi retribuído.
Em vez disso, Sasuke tocou meu rosto carinhosamente, afastando meus fios espalhados no rosto.
— Acha que vou aceitar só isso, Hyuuga? — Sua voz tinha um tom divertido que me fez sorrir. — Só um aperto de mão?
Corei, negando com a cabeça.
— Foi o que pensei. — Respondeu antes de puxar meu corpo para mais perto e juntar nossas bocas em um beijo calmo.
Ouvi palmas e gritos atrás de nós, principalmente de Naruto que gritava coisas como "finalmente" mas não me importei, estávamos juntos novamente e dessa vez, nada ia nos separar.
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Espero que tenham gostado da historia e por favor, votem. Bjs <3
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STUCK -Sasuhina
FanfictionApós ser capturado pela ANBU e ter seu chakra selado, Uchiha Sasuke recebe um voto de confiança da atual Hokage para ser reintegrado a vila. Entretanto sua sede por vingança e poder o impede de aceitar tal fato e o mesmo passa a fingir estar de acor...