[❀ CONCLUÍDA] Chame de poesia, chame de poema, chame de conto ou chame do que for. A verdade é que as palavras estão vivas, crescentes e independentes. Palavras são a mais pura libertação da voz oculta. Alguns as chamam de salvação, outros, de expre...
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Com seu sorriso fazendo cócegas em meu pescoço, senti suas mãos deslizarem por minha cintura, enlaçando-me em um abraço por trás. Sabia que nos atrasaríamos, sabia que você viera me chamar, mas não havia relógio em nossa bolha. Não havia cronômetro em nosso mundo compartilhado.
Um beijo estalado, um sonho realizado.
O calor do seu corpo transitava até o meu, fazendo-me sentir ainda mais em paz, em deleite...
— Precisamos ir — você sussurrou, mas não se afastou.
— Podemos desistir? — Tentei não sorrir.
Era o dia do nosso jantar em família, o dia em que daríamos um passo a mais em nosso relacionamento. O receio e as hipóteses não me deixavam criar coragem para enfrentar o desconhecido. Não sabia o que esperar, nem o que fazer. Tudo ao meu redor era um lembrete constante de que, se eu saísse dali, não estaria mais em minha zona de conforto.
— Saborear... — sua voz voltou a fazer cócegas em minha pele.
— Como assim? — Estava em completa confusão.
— Temos de saborear a situação... — afastou-se minimamente, segurando em minha mão — ... porque nunca sabemos o que pode acontecer.
Levou-me até a cozinha sem se importar com todas as minhas roupas espalhadas pelo chão do quarto, fora do guarda-roupas, destacando os vestígios da batalha interna que eu enfrentava há minutos.
— Você está pensando demais — sorriu, indo até a geladeira —, precisa esfriar a cabeça, amor.
Mal sabia eu que a frase foi dita no sentido literal. Não esperava pela guerra de sorvete que se sucedeu, nem pela essência de hortelã exalando do meu cabelo durante todo o jantar, mas também não esperava pela naturalidade com a qual nossas duas famílias se transformaram em uma, nem pela maneira como tudo foi melhor do que eu poderia pedir ou pensar e..., mesmo assim, aconteceu.
No fim, o desconhecido não foi nada ruim.
— SORVETE DE HORTELÃ
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Hey, pessoas floridas!
Chegamos ao fim de mais essa fase e, dessa vez, a última desta obra. Agradeço demais pelo apoio e pelo carinho com cada sentimento exposto aqui, a FASE CREPUSCULAR aqueceu meu coração e espero que tenha alcançado vocês também! Foi uma honra enorme dividir Pétalas Soltas com vocês!
