Number 3

2.2K 264 47
                                    

O suspiro cansada escapou dos lábios rosados, suas mãos buscaram a caneca fumegante de café e após assopra-lo tomou um gole deixando-a de lado e apoiando a mão no queixo analisando a tela do notebook a sua frente, as batidas na porta ecoaram pelo quarto.

— Entra.

— Callie e eu iremos sair, quer ir com a gente? — Cristina perguntou ao abrir a porta e analisando a loira que vestia uma blusa e calça folgada do pijama, e cabelos presos em um coque, Meredith não virou-se para olha-la.

— Não, eu preciso trabalhar, tenho o contrato para analisar, além de ter que escrever uma nova matéria para o site e ler os que foram enviados, há cartas das leitoras também.

— Precisa descansar.

— E eu vou — Olhou para o relógio — Às dez eu irei para a cama.

— Não me refiro a dormir, me refiro a sair e beber, se divertir, namorar alguém, está quieta desde ontem a noite, o que aconteceu?

— Eu não quero conversar sobre isso, Cristina e eu preciso me concentrar nesse artigo.

— Tudo bem, nós voltamos mais tarde.

— Até mais — Cristina respirou fundo e saiu do quarto seguindo pra sala vendo Callie sentada, a latina virou-se pra olha-la.

— Ela vai?

— Não, disse que tem muito o que fazer.

— Acha que tudo isso tem haver com ela ter saído com o pai dela ontem?

— Eu acho que sim, mas ela não quer falar sobre isso.

— Melhor da um tempo a ela, ela vai falar quando se sentir melhor — Disse levantando e pegando a bolsa — Agora é melhor deixa-la sozinha pra que possa pensar — Cristina afirmou seguindo até a latina e beijando-a nos lábios e sendo puxada pra fora do apartamento.

.§.

— Eu ainda fico surpresa com a sua cara de pau — Amélia disse encarando a ruiva que tinha os cabelos presos em um coque bagunçado, blusa folgada e calça fina enquanto segurava uma taça com sorvete.

— O que eu posso fazer? Ela queria sexo e foi o que eu dei — Deu de ombros.

— Já pensou se o marido dela fosse procura-la?

— Ele não iria, é viciado em trabalho, mas o trabalho no apartamento será finalizado essa semana, então eu só a encontrarei no dia da entrega, não voltaremos a transar, ela sabe que não vai adiantar pedir de novo — Colocou a colher na boca — Hm... E também — Passo a língua nos lábios — Eu não gosto de ser amante.

— Você foi a amante.

— Não gosto de ser amante duas vezes — Amélia riu — E mesmo se não fosse amante, não quero um relacionamento — Ajeitou-se melhor no sofá deixando a taça de lado — Falando em relacionamentos, e você com o seu namoradinho?

— Nós dois conversamos.

— E?

— Ele entendeu, nós jantamos e depois vimos um filme.

— Rolou alguma coisa a mais? Uma mão boba, preliminares, algo assim?

— Quase, mas ele parou.

— Ele agora é noventa e oito vírgula oito por cento babaca —Amélia riu e sentindo-a deitar a cabeça em seu corpo — Mas eu ainda não gosto dele.

— Ele vai sobreviver.

— Que pena — Disse em meio ao bocejo e sentindo os olhos pesarem.

.§.

Amor.com - A ListaOnde histórias criam vida. Descubra agora