[15 de Fevereiro de 2020]
Já se passaram quatro dias que Taehyung ainda estava dormindo desde que ele foi ressuscitado da parada cardiorrespiratória, já que a fratura nas costelas perfurou seu pulmão, o que dificultou sua respiração.
Jeongguk ainda estava de pijama e chinelos. Ele só comprou produtos para banho e escova de dente na farmácia do hospital. Ele nem estava interessado em voltar para o hotel, e queria ser a primeira pessoa quando o loiro acordasse.
O tatuado ainda usava o violão todas as noites com a esperança de acordar logo para beijá-lo e dizer o quanto o ama. Ele já havia se esquecido da dor que Kim Taehyung havia feito a ele, mas a culpa substituiu o sentimento. Depois de cantar, ele chorava baixinho e em silêncio que lhe causava dor de garganta em todas as manhãs.
— Bom dia, meu bebê. — Jeongguk disse esticando os braços antes de dar um selinho na testa e checar sua aparência, vendo que ele havia ganhado uma cor novamente, mas seus lábios, suas unhas ainda estavam roxos.
Gguk ia tomar banho, mas sentiu sua mão apertar e seus olhos se arregalarem, ele se aproximou e observou o Taehyung que estava parado. Ele ficou lá por cerca de dois minutos e sem reação, ele suspirou profundamente. Não foi a primeira vez que Taehy mexeu os dedos e o médico disse que era apenas sua imaginação, porque ele estava muito esperançoso.
Jeongguk beijou novamente e agarrou sua toalha em seguida foi ao banheiro, colocando uma música suave em seu celular.
— J...J...e... — Ele tossiu alto.
(...)
Agora é a noite, com lindas estrelas e com o Gguk parado ali, esperando alguma reação de Kim Taehyung ao sair do banheiro pelado, assustado, observando as enfermeiras cuidando rapidamente de Taehyung, tirando um tubo em sua garganta e foi muito cena traumatizante, mas foi um alívio saber que o loiro já respirava sem ajuda. Já é o grande passo.
— Ele vai acordar. — Jung Hoseok disse entrando no quarto e Jeongguk respirou fundo.
— Como você sabe? — Ele perguntou com medo e abraçou os próprios dedos.
— Os amigos não mentem. — O ruivo respondeu com um grande sorriso e Gguk sorriu antes de abraçá-lo. A frase pode ser boba, mas foi muito reconfortante. Esse vínculo que ele tem entre os meninos foi através de uma grande amizade e por ter conhecido o amor da sua vida foi através de amigos e amigos nunca se enganaram.
Esse abraço foi a primeira coisa que Taehyung viu ao abrir as pálpebras e ele sentiu vontade de abraçá-los também, mas quando se lembrou que estava no hospital por um certo motivo e se sentiu mal, se sentindo culpado. Ele não queria pular no meio da rua e deixar um caminhão atropelá-lo. Foi surpreendente porque doeu pouco e nem morreu, mas naquela hora ele sabia que precisava de ajuda urgente.
Para quebrar o abraço, pois Jeongguk já estava chorando em seu ombro e disse que queria acordar Taehyung logo, então apenas um sussurro foi o suficiente para eles se soltarem e correrem até a maça, com grandes sorrisos e o ruivo assobiou o alarme para chamar o médico.
— TecoTeco. — Jeon estava emocionado, derramando lágrimas de felicidade. — Eu senti tanto sua falta. — Ele o abraçou com muito cuidado para não machucar os pontos da cirurgia.
Taehyung não reagiu nada, mas ele estava lutando contra as lágrimas e o homem tatuado sabia muito bem então ele apenas tentou dar todo o amor que tinha em seu coração para poder fazer Tae se sentir muito bem-vindo.
— Se precisar, temos um psicólogo muito bom. Para não preocupar, entrevistei-o e gostei. — Jeongguk ainda deixando as lágrimas rolarem pelo rosto e sorrir até nas orelhas. Taehyung apenas acenou com a cabeça, fazendo-o entender que estava aceitando ajuda.
Gguk sabia muito bem que Taehyung se importava muito com a opinião dos outros, então ele fez todos os esforços para agradá-lo e de fato fez essa entrevista com o psicólogo que entendia muito bem a comunidade LGBT em um país de mente fechada.
Kim Taehyung nunca teve muito contato com ninguém a ponto de desabafar assim, e seu melhor amigo era a única pessoa e Jeongguk era confiável. O problema é que o loiro não está se sentindo confortável, e sua cabeça dizia que ele está bem, mas o subconsciente sabe que ele precisa urgentemente de ajuda, pois jogar pro o caminhão não é comum.
Ele precisava de alguns exames se tudo estava bem para ter alta e então eles voltariam ao hospital para tirar os curativos.
— Não acho que você esteja feliz por sair daqui.— Jeongguk perguntou enquanto arrumava sua mala e Taehyung estava fazendo beicinho.
— É minha mãe. Ela alguma vez me visitou? —O loiro perguntou trêmulo, com medo.
— Ela veio na primeira noite em que você foi atropelado, mas depois desapareceu dizendo que precisava resolver um problema. —Jeongguk sabia que o machucaria ainda mais, mas ele precisava ser verdadeiro.
Taehyung apenas deu de ombros, assentindo e sem reação. Ele já esperava essa resposta, pois era o pai que impedia a mãe de encontrar o filho. Foi o que ele pensou, isto é, ele tinha certeza. É o momento certo para dizer que começou a ficar com raiva de seu pai?
Jeongguk só precisava de um esforço para fazê-lo sorrir.
— Não se preocupe. A Sra. Seoyun me permitiu ficar em sua casa por enquanto apenas quando você estiver bem. — A realidade seria que Gguk estava tentando se livrar da culpa dolorosa que poderia destruí-lo se ele se sentisse sozinho e a mãe de Jung Hoseok soubesse disso, então ela permitiu.
Falando nisso, Taehy foi finalmente liberado então a "família" estava esperando por ele na frente do hospital. Seoyun tocava uma música alta no carro, que pela cara do filho, se recusava a saber o que era aquela música pervertida. Min Yoongi estava acenando, dando seu raro sorriso gengival e com Jung Hoseok, com uma cara feia por causa de sua mãe que estava pirando.
— O Hyung Namjoon disse que se desculpou por não estar aqui, mas enviou um grande abraço para que você pudesse senti-lo aqui. — O ruivo comentou mostrando os braços e Tae apenas sorriu fracamente, aceitando o abraço agradável que estava precisando.
Kim não sabia o que ele estava sentindo. Depressivo, chateado, animado, feliz, triste, com raiva e era tudo uma mistura de sentimentos. Ele estava muito confuso e não queria contar a ninguém, então fingiu que estava feliz com tudo isso.
— Eu preciso de ajuda. — Taehyung comentou, sussurrando no ouvido de seu melhor amigo que sorriu, assentindo.
— Eu sei que sim. Novamente, amigos não mentem. — O ruivo nunca teve problemas com a família quando se assumiu, mas conhecia muito bem a homofobia, pois já passava pela rua quando beijava alguém então ele está disposto a ajudá-lo e fazê-lo entender que precisa ser muito duro se quiser enfrentar a homofobia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
friends don't lie - taekook - jjk+kth
Lãng mạn[EM REVISÃO] Kim Taehyung é um estudante que acabou de se formar e, no seu tão esperado aniversário de 18 anos, ele comemorará em Paris, o país dos seus sonhos. Adora museus, fotografias. Acredita que existe contos de fadas. Jeongguk, um francês eg...