Capítulo 12

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Capitulo 12

Algumas horas atrás

- Qual o problema da mercadoria dona Muriel? – o homem perguntava nervoso.

- O problema? – perguntou a mulher em tão de deboche. – É que não me agrada, fora daqui!

O homem duas vezes maior que a jovem mulher saiu correndo o mais rápido que podia quem seria maluco de enfrentar a mulher que matou Estefano? A morena revoltada jogou um caderno no chão e foi até a janela, o terreno vazia assim como ela sentia. Sempre fez de tudo para que Christopher tivesse sua liberdade, assim como ele fez de tudo para que ela tivesse a sua, jurou que o deixaria livre. Só que não conseguia, onde estaria o homem que lhe fazia bem, onde estaria o homem que é seu lado bom?

Dias mais tarde

Dulce Maria

Quinze, dezesseis, dezessete, dezoito, dezenove, vinte. Eu continuava contando para ver o tempo passava mais rápido, era uma segunda feira e Christopher tinha sido chamado para fazer todos os exames que anulassem seu atestado de óbito, eu queria saber como foi só que o sinal dessa escola não tocava, parecia até que eu era a aluna ansiosa para ir embora.

Tive que passar ainda na sala dos professores para deixar alguns materiais que tinha usado na aula, parece que quanto mais pressa você tem mais as coisas dão errado, eu me embolei em fios, não conseguia abrir meu armário, foi um desastre. Chegando na saída do colégio uma surpresa.

- O que foi? – falei assim que me aproximei de Christopher, algumas alunas estavam olhando descaradamente para ele quem poderia julgar? Ele era lindo.

- Seu marido disse que ia a editora, pensei em almoçarmos juntos.

- Bom eu toparia, mas eu não trouxe meu cartão...

- Eu pago!

- Posso saber com dinheiro?

- Meu pai deixou uma quantia e agora que estou vivo tive autorização para mexer e em até 24h minha conta no banco está liberada, por enquanto só pude fazer um saque.

- Meu deus, que bom! – o abracei rapidamente. – Então eu deixo você me levar para almoçar.

- Ah ok, vamos madame. – odeio quando ele chama de madame!

Fomos caminhando até em casa enquanto ele contava como tinha sido os exames, as reuniões, os advogados, as perguntas, depois o caminho para o restaurante apenas ouvimos música no rádio e por incrível que pareça a musica que considerávamos nossa começou a tocar.

- Faz muito tempo que eu não ouvia essa música. – comentei antes de ele começar a cantar rindo, Chris cantava muito bem e tocava vários instrumentos também.

- Vamos Dulce, sua voz é linda!

Chegamos e escolhemos uma mesa mais afastada para maior privacidade, Christopher preferiu um prato sem carne e decidi o acompanhar.

- Falei com o advogado sobre o casamento e o divórcio.

- Sim, o que ele lhe disse?

- Que daqui a um mês o seu casamento vai entrar em processo de anulação, após sair eu e você temos de esperar 15 dias para pedir o divorcio e você e Paco podem se casar novamente.

- Nossa todo esse tempo?

- Sim e você não pode mais casar na igreja, não se esqueça!

Comer foi um pouco mais difícil, seria um gasto enorme pagar advogado e eu ainda tinha que cuidar das coisas para o bebê,

- Eu sei que é muita coisa pra digerir, mas tenta comer. – eu assenti e engoli na marra.

- Vem quero te levar a um lugar. – ele me puxou para dentro de um centro comercial próximo a área do restaurante.

- O que fazemos aqui? – era para minha total surpresa uma loja de bebês.

- Eu estou dormindo na casa do seu pinguinho de gente então nada mais justo que mimá-lo um pouco.

- Ou mimá-la

- Certeza que é menino.

Eu ri e fomos para dentro onde tinha muitas coisas, ursinhos, roupinhas, decorações e meu pinguinho como o Chris disse ainda não tem nada disso, o cheirinho das roupas e das coisas me fazia sentir uma ansiedade por poder ter o meu filho comigo, sentir sua pele, ver a cor de seus olhos, ouvir sua voz.

- Que tal um berço?

- O que? Não!

- Larga de ser chata Dulce, olha que lindo. – ele me mostrava os berços enquanto eu via os preços.

- Chris eu não vou comprar isso agora. – uma atendente se aproximou de nós.

- No que devo ajudar o casal a escolher? Um berço pro primeiro bebê?

- Exato!

- Christopher!

- Não liga pra ela, eu que vou pagar. – ele saiu com a atendente. – Escolhe umas roupinhas ou vai o deixar andar nu.

- Pode ser ela! – ele fez que não e saiu com a mulher, enquanto eu ia olhando algumas coisas e foi quando me toquei que parecíamos marido e mulher, "berço pro primeiro bebê?" há alguns anos essa seria minha meta com ele, hoje eu a realizo com outro!

𝓔𝓼𝓽𝓪𝓻𝓪́𝓼 𝓮𝓷 𝓶𝓲 𝓬𝓸𝓻𝓪𝔃𝓸́𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora