Capítulo 32

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Christopher Uckermann.

Deixei Dulce na casa de Anahí fui para o trabalho eu tinha que terminar o mais rápido possível, pesquisar sobre a carga de Muriel e ainda comprar um presente para o Manu. Era coisa demais para uma terça-feira, mas a única que persistia em minha mente era se Dulce estava bem ou não, ela completou 9 meses a uns 3 dias e eu morro de preocupação dela entrar em trabalho de parto comigo, o pai da criança viajando e nem se quer liga pra perguntar se está tudo bem e eu não tenho a menor experiência, como vou cuidar de tudo?

Chegando no meu serviço, vou para minha mesa e encontro uma pilha de papelada burocrática. Fui chamado para fazer relatório? Preencher ficha? Acidente de trânsito? Dirigir embriagado? Urinar em via pública? Meu comandante deve estar de sacanagem comigo! Olhei ao redor e todos pareciam fazer a mesma coisa, diabos eu queria ir pra rua e prender ou atirar na cara de alguém.

- Bom dia Ucker. - Allie uma colega de trabalho se sentou ao meu lado. - Hoje todo mundo vai preencher papelada, a corregedoria quer isso pra amanhã e tem várias em aberto no porão.

- Você só pode estar brincando? - ela negou, que maravilha. - Eu achei que ia investigar alguma coisa.

- Quase morreu e perdeu tudo por causa da profissão e quer continuar com ela? - ela me fez um bom questionamento, mas nunca passou pela minha cabeça desistir de ser policial, muito menos detetive. - Isso que eu chamo de amor à profissão.

- Mãos na massa então, já que não tem jeito. - ela sorriu e foi se sentar para terminar esse trabalho todo que parecia não acabar nunca.

Eu perdi a hora do almoço, estou só nos cafés que Allie traz, é relatório, ficha, documentos e cadastros que não tem fim. Todo mundo com a cara enfiada nos computadores e eu não tinha mais da onde tirar, multas, sentenças, locais, investigações não concluídas, eu estava inventando tanto que perceberiam o erro com facilidade.

- Chega! Estou faminta, vou comprar um sanduíche para nós dois e depois preencher essa documentação enorme de um suposto roubo de carga nesta manhã. - hmmmm, essa manhã.

- Deixa que eu faço enquanto você compra Allie. - ela entregou a ficha e foi saindo.

Lendo percebi que se tratava de uma carga fantasma, alguém apreendeu e rebocou o caminhão, mas a droga nunca chegou nas mãos da polícia então existem três opções: 1º a carga nunca existiu; 2º a carga foi roubada antes e 3° a carga foi parar em outro local e seria vendida ou devolvida através de acordo. Foi aí que percebi! Eles queriam Muriel na milícia, queriam incluí-la no esquema que tinha alto escalão do governo e mandantes do crime organizado. Muriel era um grande nome mesmo, matou Estefano e tem comandado os dois lados, um que pertencia ao seu pai e o outro que conseguiu com a morte do homem que abusou dela durante toda sua vida.

- Isso pode ser interessante. - tirei foto de tudo que eu precisava e mais tarde enviaria para ela.

Sai da delegacia era quase 16h, Dulce disse que estava bem e que ela, Any e Maite passaram uma tarde de meninas, e estavam vendo um filme como não quis atrapalhar aproveitei para comprar algo para os meninos de Anahí, Manu com 5 e Emi com 2. Não sei exatamente o que se compra, mas teria que aprender, em poucos dias o bebê da Dulce chegaria e eu teria que aprender muito mais sobre crianças, afinal eu era o padrinho e pretendia acompanhar de perto seu crescimento e ser verdadeiramente um segundo pai, alguém que ele poderia contar sempre e que estava ali para preservar seu bem-estar.

Acabei comprando lego para os dois, todo menino passa por uma fase de amar brinquedos de montar cada vez mais desafiadores. O do Manu tinha até uma especie de robozinho que podia fazer atividades simples como pular, andar, correr no formato do animal que ele monstasse já o do Emi tinha peças maiores e era básico onde ele também podia explorar a criatividade, os dois eram lançamentos então tinha pouquissima chance deles já terem algo igual.

𝓔𝓼𝓽𝓪𝓻𝓪́𝓼 𝓮𝓷 𝓶𝓲 𝓬𝓸𝓻𝓪𝔃𝓸́𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora