O sombrio corredor do terceiro andar se tornou para Emily uma espécie de ponto de estudo. Dia após dia, ela e o trio de grifinórios passavam pela porta do Fofo, para ter certeza de que ele ainda estava ali, mas a sonserina permanecia ali enquanto os outros voltavam aos seus afazeres, com um lápis e seu caderno de desenhos em mãos.
Sempre sentiu que, quando estava desenhando ou pintando, seus pensamentos e ideias se tornavam mais claros, como se sua mente fosse um grande embaraçado de fios e a arte fosse uma escova suave. Era mais fácil colocar em perspectiva o que estava acontecendo a sua volta quando seu corpo podia se concentrar em outra coisa.
Uma pedra capaz de fornecer a imortalidade. Nem em seus devaneios mais loucos teria imaginado que isso seria possível, mas com o pouco que conhecia do mundo mágico, não poderia estar tão surpresa. Havia um Iceberg de informações à sua frente e ela não tinha sequer passado da superfície.
Com cuidado para não fazer barulho no corredor, Emil abriu a porta da sala e acendeu sua varinha om feitiço Lumus, revelando a figura do enorme cão de três cabeças.
— Olá, garotos. — ela os cumprimentou, quando a primeira cabeça despertou. — Trouxe um presente para vocês.
Tendo passado na cozinha mais cedo, ela carregava em sua mochila três grandes pedaços de carne crua, que, segundo os elfos domésticos, eram os preferidos dos animais caninos. Mesmo que Fofo nunca tivesse tentado a atacar, ao contrário do que já havia ocorrido com outros que passaram por ali, a garota acreditava que não faria mal distraí-lo enquanto se aconchegava em um canto para desenhá-lo.
O cheiro de comida acordou as três cabeças rapidamente, que disputaram entre si por cada pedaço que Emily jogava no ar, parecendo muto mais contentes após se alimentarem. Não era justo que fossem mantidos naquele espaço escuro e achatado, todos os dias.
Sentada contra a porta, a Sommers continuou seu desenho, focando mais na pelugem do animal, procurando uma forma de transmitir sua macie ao toque para o papel. Ao mesmo tempo, ela repassou sua estratégia para mais tarde.
Harry, Rony e Hermione a levariam depois dali uma hora para a cabana de Hagrid, para que pudesse convencê-lo a revelar o que sabia sobre a segurança ao redor da Pedra Filosofal. Como ainda não se conheciam apropriadamente, precisaria causar uma primeira impressão perfeita, logo, ela optou por trocar seu uniforme da sonserina por uma blusa normal, sabendo como a maioria das pessoas reagia a sua casa.
— Se eu fosse um pouco mais corajosa, descobriria sozinha o que está debaixo desse alçapão. — ela falou sozinha, se deixando devanear. — Pouparia todo mundo de um grande problema.
Mas o que fazer depois disso? Esconder ela mesma a pedra? Não era como se pudesse proteger a pedra melhor do que Albus Dumbledore. A verdade, é que não precisava apenas descobrir como impedir Snape de pegar a pedra, tinha que provar seus planos.
Quando finalmente se encontrou com o trio, na escadaria de saída, já estava de tarde e o sol brilhava fortemente no céu, para o alívio de Emily, que já não aguentava mais o tempo nublado.
— Acha mesmo que vai conseguir fazê-lo falar? — questionou Weasley, enquanto atravessavam o gramado até a cabana.
— Só tem uma forma de descobrir. — ela respondeu, parando um pouco antes da porta. — Certo, prestem atenção. Harry vai bater na porta e, quando Hagrid os chamar para entrar, vão me apresentar como uma amiga próxima que queriam apresentar há um tempo. Não façam perguntas diretas e não digam que suspeitamos do Snape.
Os meninos a encararam incrédulos, como se tivesse dito algo bárbaro.
— Como não? Precisamos alertá-lo do que sabemos! — Harry argumentou.
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Rise [The Heir] → H. J. Potter
FanfictionEmily sempre acreditou que era diferente das outras pessoas. Sempre enxergou o mundo de uma forma diferente, que ninguém mais parecia ser capaz de entender. Coisas aconteciam a sua volta, sem nenhuma explicação lógica de como ou porque. Ela era dif...