Amor Eterno. (Concluido)

Capitulo 3

                  Decepção

Cheguei na casa do Vitor ouvi uma voz alta entre os corredores.

- Eu não quero ela aqui! Você é burra ou o quê?

- Quem você não quer aqui Vitor?

Os dois me olharam assustados.
- Oi Mila! Disse Bia muito sem graça.

Ele estava irreconhecível barba por fazer olhos fundos e um tremendo cheiro de álcool.

- O que está acontecendo Vitor?

Eu não quero te ver agora!

- Mas terá que ver sim! Deixei meus compromissos por você. Estou aqui para te ajudar.

- Eu não preciso de ajuda!

Não sei porque a Bia te ligou! Falei com ela para não ligar! Ela sempre faz isso nunca ouve ninguém.

- Ela se preocupa com você Vitor!
Agora venha... vamos tomar um banho!

Isso é um convite muito indecente Mila.

- Bia, pede a Dora para fazer um café bem forte!

Peguei no braço dele puxando até o chuveiro.
- Porque me deixou por ele? Você sempre faz isso!

Não vamos conversar sobre isso agora Vitor.

- Eu me sinto um idiota! Você não me ama e eu fico insistindo em ficar com você, correndo feito bobo atrás de alguém que não dá a mínima!

- Para de ser dramático! Fique quieto! Tirei sua camisa ainda  amassada em seu corpo.

Ele me olhou e sorriu de um jeito safado.
- Você quer uma rapidinha?
Pare com isso Vitor! Entre logo no chuveiro! Tirei sua calça deixando ele só de cueca.

- Sabe Mila... você não é a única mulher no mundo!

- Sei disso Vitor!
Puxei seu corpo para a água.
- Nossa! Está gelada!

Precisa ser assim...para você melhorar e parar de falar besteira.

- Estou ótimo!
Não... não está.

Venha aqui! Ele me puxou para a água.
- Não! Gritei tarde demais.

Está vendo como a água está fria!

- Tudo bem... Respirei fundo.

Ele ficou se segurando em meu braço e sentou no chão enquanto a água caia sobre sua cabeça.
Depois abraçou minha cintura, apertando forte eu ouvia respirar com a frequência acelerada.

- Porque faz isso comigo? Perguntou num sussurro.
Porque você vive me frustrando?

Eu não respondi. Depois de algum tempo tirei sua mão da minha cintura. Ele estava com os olhos fechados encostou sua cabeça no azulejo e falou...
- Agora pode ir, vou ficar bem!

Sai do box tirei minha roupa encharcada. Troquei pegando uma das roupas que eu sempre trazia para casa dele.

Fui até a cozinha pegar o café.
- Dora... cadê a Bia?

Ela teve que ir. A senhora Vitória ligou e ela saiu às pressas.
- Tudo bem.

O café está pronto?
- Sim.
Peguei e fui até o quarto.
Ele estava enfrente ao espelho, quando entrei.

- Achei que tinha ido embora.

Venha... precisa se barbear.

- Não preciso!

Precisa sim.

Me sentei na pia ele me olhou desconfiado.
- Não precisa fazer isso, pode ir já estou bem.
- Eu quero fazer Vitor.
Passei a espuma e deslizei o aparelho pelo seu rosto desenhado. Ele me olhava sem pestanejar. Com suas mãos apoiadas em minhas pernas ele começou a acariciar.

- Pare com isso e me deixe terminar.

Não acredita que ficando assim na minha frente eu irei ficar inerte.É muita tortura não acha?

- Fiquei quieto Vitor!

Ele sorriu de lado apertando os olhos.