Capitulo 8

140 26 8
                                    

Decepção

Não olhei na direção porque reconheci a voz do Vitor.
Continuei andando com o coração disparado.

Mila! A Bia me pediu para te avisar... que precisou ir embora.
Chegou mais perto.

- Tudo bem... Virei para ele segurando o ar.
Obrigada pelo aviso.

- Você está bem?
Estou... respondi e me virei para ir.

- Mila!

Parei novamente e puxei o ar do pulmão e com raiva perguntei.

- O que foi Vitor? O que quer?

Ele sorriu de lado e disse.
- Foi bom te ver.

_Pra mim não foi.

O ódio brilhou em seus olhos, penso que acabei de ferir seu orgulho.

- Porque ? Queria ficar a sós com seu amante ?

Eu não estou com ninguém!

- Eu vi vocês dois agora a pouco.

- Fazendo o quê ?
Deixa de ser idiota Vitor! Eu não estou com ele! Estou cansada dessa palhaçada!

- Não sente saudades de nós Mila ? Quem sabe podemos ficar essa noite e matar a saudade?

_Não sei como namorei com você por tanto tempo e não percebi...

- Percebeu o quê ?

Que você é igual sua mãe. Farinha do mesmo saco!
Não fale assim, você não tem direito de me julgar.

- E você tem?
Volta lá para sua loira oxigenada e me deixa paz!

- Mila eu... agarrou meu braço.

Me solta Vitor!

- Solta ela Vitor!

A voz forte do Gustavo ecoou atrás do Vitor, ele olhou e sorrindo com sarcasmo e disse.

- Chegou quem faltava... veio defender sua amada?

- Eu não preciso de ninguém para me defender.

- Isso responde sua pergunta Vitor?

- Seu canalha!
Vitor partiu para bater no Gustavo eu entrei no meio.

Vocês não vão brigar!

- Está defendendo seu amante?

Não fala assim comigo Vitor!

- Você está bêbado, melhor voltar para festa Vitor.

Não se mete Gustavo, fica fora disso!

-Vamos Mila! Te deixo em casa.

- Ela não vai com você Gustavo!

Agora, eu vou sim...
Tenha uma boa noite Vitor.

- Mila! Não vai. Me desculpa eu...

Você me decepciona cada vez mais.
- Boa noite, Vitor!

Gustavo abriu a porta do carro eu entrei. Sai destruída e triste com toda situação. Me segurando para não chorar na frente do meu chefe.

Respirei fundo.
- Me desculpe Gustavo. O Vitor exagerou mesmo na bebida.

Não se preocupe...
Fomos calados até meu apartamento.

- Obrigada pela carona e desculpa novamente.

Esquece isso, amanhã tudo voltará ao normal.

- Até amanhã.

- Até.

Na hora que fechei a porta da minha casa, desabei no choro.

Chorei abraçada a minha almofada no sofá quando a campainha tocou.
Limpei as lágrimas e olhei pela lente da porta
Não acreditei.

- O que quer Vitor? Perguntei  sem abrir a porta.

Abra a porta Mila!
Eu não vou abrir. Fala logo o que quer.
Batidas fortes na porta.
- Deixa de ser infantil e abra a porta!
Mais batidas fortes.
- Abra! Se não vou derrubar essa porta!

Eu abrir preocupada com os vizinhos. Ele entrou como um foguete.

- Onde está ele?
Ele quem?
- Seu amante!
Tranquei a porta e olhei nos seus olhos.
Eu não tenho e nunca tive amante. Nunca fui casada e agora estou solteira. Livre! Entendeu? Livre para ficar com eu quiser!

Ele se virou andando por todo apartamento.

Calmamente entrei na cozinha para beber água.
Depois de rodar por toda casa ele parou de frente pra mim. Pegou água do meu copo e bebeu.
Ele tremia mais que tudo.
Respirando com dificuldade ele disse...
- Estou passando mal Mila...

- Está?
Devia mesmo!
Como você tem coragem de vir aqui?

Amor Eterno. (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora