Capitulo 19

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- Ela está falando a verdade mãe? - temia a resposta.

- claro que não, isso tudo é mentiras ela está inventado, não dá pra confiar em vampiros.

- não dá pra confiar em você sua mentirosa, vai enganar sua filha mesmo ? - a vampira rebateu.

- Blair, você não sabe nem o nome dela ainda, como você pode confiar nela ?

- mas... Blair... Eu... - ela gaguejava, oque me confundiu ainda mais.

- viu filha. - mamãe se aproximou e colocou a mão no meu ombro. - eu sabia que você ia vir me buscar, até vim pra Biblioteca te esperar.

- como você sabia que eu viria pela biblioteca ?

- porque ela está te espionando, eu te disse, era questão de tempo, eu não disse meu nome pra você pra ver se ela se entregaria, eu estive observando ela por um tempo, ela anda ajudando o Cláudio a te encontrar.

- isso é mentira, ela está inventando! - ela se exaltou.

- mãe, eu sempre suspeitei de ser observada, nos tínhamos planejado isso durante um momento que eu sabia que não estaria sendo observada, o momento que eu usei a chamas pra iluminar o túnel, eu meio que turvei a visão da sua vigia, foi nesse tempo que planejamos, eu não esperava mais de você.

- sua vagabunda. - ela gritou. - nós te damos tudo a sua vida toda, e você está ajudando eles !? - ela batia com a ponta do dedo no meu peito. - eu não aceito que você ajude eles.

- ah mamãe. - dei um tapa em sua mão, tirando ela da minha cara. - você não me deu a coisa que eu cobrei a minha vida toda... A verdade, sempre escondeu suas intenções de mim e tentou me manipular, por um minuto. - disse olhando fixamente nos olhos dela, pra ela sentir o desprezo que eu sentia por ela naquele momento. - um mísero minuto, eu achei que você tinha mudado, mas não... v9ce continua sendo essa cobra manipuladora que sempre foi, eu tenho nojo de você, Alex. - cuspi o nome dela.

No mesmo instante ela fez com que a vampira desmaiasse e tentou me atacar com o mesmo feitiço.
Impedi ela usando um abismo que sugou o feitiço dela, em seguida, joguei uma chuva de raios nela... todos inúteis, eu senti algo agarrando nos meus pés e me imoblizando, olhei pra baixo e havia cadeados surgindo, eles já estavam chegando no meu pescoço.
Eu estava presa e indefesa, Alex fez surgir uma adaga em suas mão e se aproximou de mim.

- você não me deixa escolha, eu realmente queria viver ao seu lado, e me orgulhar da minha filha que teria aniquilado os Vampiros. - ela posicionou a faca no meu pescoço.

- oh Alex, você realmente vai precisar de muito mais se realmente quiser me matar. - comecei a rir.

Ela soltou a faca, deu passos para trás, eu vi o desespero em seus olhos, o sangue começou a escorrer pelo canto da boca dela, Alex posicionou a mão na garganta e se debateu no chão, suas últimas palavras foram: Você nunca será capaz de nos parar.
Após suas últimas palavras, vários espinhos sairão de sua boca, espinhos que eu mesma fiz crescerem dentro dela, sem remorso nenhum, eu faria até pior se fosse preciso fazer de novo.

- mas que porra é essa !? - Mabel gritou entrando na sala.

- oi irmãzinha. - disse caminhando pra pegar a vampira e sair do castelo. - descobri sobre a Alex, avisa pro seu pai que ela não poderá mais ajudar ele, espero que não faça tanta falta. - Ri sem humor enquanto levantava a minha querida colega sem nome. - bom eu vou embora por um breve momento.

- Blair, acredite, vamos te achar, você fez a sua escolha, não precisamos de você, vamos te matar e depois matar todos seus amigos.

- vai ser divertido ver vocês tentarem. -  sorri, abri um portal e sai do Castelo, dei uma olhada rápida e notei Mabel rindo, algo estava errado.

Assim que atravessei o portal, me deparei com um ataque, haviam bruxas e gigantes pra todo lado, os Vampiros lutavam ao lado dos gigantes, quer dizer... alguns gigantes.
Deitei a garota inconsciente em baixo de uma árvore e camuflei o lugar com um pouquinho de magia, corri pra dentro do castelo procurando o Mercúrio, sem sucesso.
O desespero me dominava, eu precisava tirar todos dali, mas como ? Só havia um modo.
Usando toda a minha força, eu criei um acúmulo de poder e fiz chover ácido, os gritos de desespero eram ouvidos a kilometros de distância, levantei muros de pedra em volta de todo o castelo, pra impedir que as bruxas proseguissem com o ataque.
Um buraco roxo e preto se abriu no céu, sugando todos que estavam pra fora do muro.

- BLAIR ! - a voz do Mercúrio sobre a gritaria me distraiu. - finalmente de encontrei, eu te procurei por toda a floresta e não te encontrei.

- olha, no momento nos três estamos correndo perigo, vamos apenas sair do mundo sobrenatural por um tempo okay ? - disse o abraçando.

- como assim, nos três?

- depois eu te explico só vamos.

×××

Havia uma estrada escura, Mercúrio caminhava em silêncio na minha frente, não quis falar comigo depois que eu contei oque eu tinha feito com ele.
O silêncio do lugar me acalmava, após tudo que vinha acontecendo comigo, eu precisava treinar um pouquinho pra voltar forte.
O barulho dos meus passos na neve me lembrava das caminhadas com minha mãe, eu ainda não conseguia acreditar que ela tentou me matar.

- hey, você acha que eu fiz o certo ? - perguntei a Mercúrio, ele havia se tornado alguém muito especial pra mim nos últimos dias.

- sinceramente, eu acho que você só estava se defendendo, e é certo se defender né? - assenti com a cabeça.

Continuamos a caminhada em silêncio, era muita informação pra minha cabeça, eu não queria demonstrar fraqueza mas eu estava com muita vontade de chorar, eu podia ter resolvido de outra maneira, mas eu fui muito burra.
O barulho dos nossos passos na neve me lembrou da primeira vez que minha mãe me ensinou a usar o feitiço de neve, ela foi tão simpática, ela me fez diversos bonecos e transformou meu quarto todo em neve, eu tinha uns 6 anos, foi tão divertido, não era possível que ela realmente tivesse tentado me matar, não por livre arbítrio, havia algo estranho nela, ela não parecia a minha mãe.
Aquilo foi me intrigando o caminho todo, não importava qual escura fosse a noite, ou qual fria estivesse, ou até o fato de estarmos a meia hora andando na neve sem chegar a lugar algum, meus pensamentos só voltavam pra isso.

No instante seguinte aconteceu... O Mercúrio estava mais a frente com a irmã desacordado no colo, enquanto eu caminhava alguns passos atrás dele, de repente uma luz forte e grande veio na minha direção, só deu tempo de falar...

- MERCÚRIO FUDEU !!!

a filha das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora