capítulo 11

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Acordei bem cedo, já eram 05:46, mesmo levantando esse horário, Mercúrio e Kalus conversavam na sala.
Desci na pontinha dos pés para poder ouvir a conversa, me esgueirei pela parede, até que finalmente cheguei perto o suficiente para ouvir a conversa.

- claro que vamos precisar de ajuda, só nos três, contra todas as bruxas, você tá louco ?! - Mercúrio gritava.

- mas a Blair não decidiu de que lado ela está, por que se precipitar então ? - Kalus rebatia.

- é claro que...

- é claro que o que ?! - interrompi Mercúrio, entrando na sala e cruzando os braços. - Kalus tem toda a razão, não disse de que lado estaria, além do mais, quem vai querer nos ajudar !?

- mas Blair...

- sem mais, essa é a minha decisão, ainda não sei quem eu vou ajudar.

Dei as costas para os dois e fui até a cozinha, estava preparando meu café da manhã, peguei o pão e já pegava uma coisa dos humanos que eu tinha passado a gostar, se chamava Nutella, era muito gostoso.
Depois de preparar minha refeição, subi as escadas e Kalus estava na porta do meu quarto.

- oque você que ?! - perguntei grossa.

- só quero conversar, nada demais.

- não quero conversar com ninguém por agora.

- vamos Blair, oque você tem hoje.

- Kalus, me deixa em paz um minuto por favo.

- nem pensar. - mostrei o dedo do meio pra ele e abri a porta do quarto.

- não quero falar sobre essa guerra.

- você sabe que não pode evitar esse assunto. - tentei fechar a porta, mas é claro que ele não deixou.

- Kalus, sai... Por favor.

- nina nina não, vou ficar aqui até você conversar. - ele entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.

- ah, meu deus que cara chato. - resmunguei.

- para com isso, eu sei que você me ama. - ele mostrou a língua.

- hahaha, tô rindo muito, quem falou que eu te amo ?

- eu sei que me ama, agora vamos conversar.

- ah mas que cara chato, sai daqui. - fiz biquinho.

- vamos Blair, para com isso.

- fale logo pra você sair daqui.

- você tem que ajudar as bruxas, você sabe que se não nos ajudar as bruxas viraram a cara pra nos.

- vou pensar, agora... Sai daqui. - ele se aproximou. - anda sai.

- só depois que eu te beijar. - dizia enquanto arrancava o pão da minha mão e jogava na cama.

Ele me pegou pela cintura e me ergueu, se aproximou, beijando minha boca, foi um beijo incrível, parecia que a língua sambava na minha boca.
Quando comecei a ficar sem ar, desgrudei nossos corpos e parei o beijo.

- se o Mercúrio nos pega, oque você acha que ele falaria ?

- nada, ele não é seu pai, ou namorado. - zombou.

- mas ele gosta de mim.

- e você gosta dele ?

- não... Sei.

Ele só virou as costas e saiu, sem dizer uma palavra.
Eu sabia que ele estava bravo comigo, fiquei um tempo sentada na cama, preocupada em ter chateado ele, mas logo deixei isso de lado e terminei meu pão, me deitei na cama e voltei a dormir.

a filha das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora