Capítulo 11

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            Valentina se esmerou para transformar o primeiro natal da neta em uma data especial. Sua casa, na Itália, mais parecia uma loja de decoração natalina. No jardim havia um casal de rena atrelado a um trenó. Todos ficaram horrorizados em saber que os animais tinham vindo de uma fazenda no sul da Itália. Por sorte, havia nevado e as crianças de deliciaram com passeios em torno do jardim. Naquele ano, foi Theodoro quem se vestiu de bom velhinho. Pietra que, até então, estava apenas com nove meses de idade, só fazia arregalar os olhos, impressionada com o rol incomensurável de cores brilhante; e como a mãe temia, ela já adorava ser o centro das atenções. Diana, a babá contratada em Baltimore, estava com eles, o que provocou o comentário de Amedea:

— Essa coitada vai ser de grande inutilidade aqui. Estão todos se estapeando pela filha de vocês.

Pietra já ensaiava seus primeiros passinhos e havia uma roda de adultos em torno dela não só incentivando-a, mas desejosos de ampará-la.

— Eu sei. Mas Antonio achou melhor trazê-la. Viajaremos logo depois do natal. Vamos comemoras nosso aniversário de casamento em um país da Oceania.

— Palau, eu ouvi comentários. Parece lindo, mas é uma ilha um tanto rústica para o meu gosto.

— Pois eu adoro esse tipo de lugar.

— Por que não deixam a bebê aqui, com meus tios, e vão sozinhos? Essa ilha fica no meio do nada.

— Eu sei, mas acho que não suportaria passar duas semanas longe dela. Diana parece ser bastante competente, apesar de eu preferir que fosse Margo a viajar com a gente. Vamos fazer muitos passeios que Pietra não poderá participar e isso está me deixando um pouco ansiosa.

— Por falar em Margo, eu não a vi desde que cheguei.

— Margo está de férias. Foi visitar uns parentes em San Marino. Vamos ficar sem ela por um mês inteiro. Nem sei como vou fazer.

— Eu sei como é. Margo é o tipo de funcionária que, de tão competente, deixa a gente mal-acostumada.

— Exatamente, atualmente não encontro uma agulha na minha casa sem a ajuda dela. Mas, quando analiso por esse ângulo, penso que vai ser bom. Pelo menos terei a oportunidade de me apropriar da casa. Quem sabe, eu até aprenda a cozinhar.

— É assim que se fala. — Amedea a animou. — E como vão as coisas entre você e Antonio.

— Bem. — Celine disse, desconfiada. — Valentina comentou que estivemos brigados?

Amedea arregalou os olhos e disse:

— Não...

Celine riu.

— Juro que não. — Amedea reforçou. — Não somos tão intrometidos assim. Eu só perguntei por perguntar, acredite.

— Oh, está tudo bem. Eu já comecei e entender o que é fazer parte de uma família grande e unida. Antonio tem sido um marido exemplar, Amedea, pode ficar tranquila. Brigamos outro dia, mas foi por causa de uma crise de ciúmes. Mas, graças a Deus, já nos acertamos.

— Foi por causa da empresa que pretende abrir, aposto.

— É, sim, em partes. Antonio deu para bancar o machão e impor que eu ficasse em casa cuidando de nossa filha.

— Típico. Todos os homens desta família são assim. Eu mesma já ameacei voltar a trabalhar pelo menos umas três vezes. E é sempre a mesma novela. Meu pai e meus irmãos são os primeiros a pôr empecilhos. Isso só reforça o desejo do Francesco de manter em casa.

O Casamento de CelineOnde histórias criam vida. Descubra agora