Consequências De Um Amor

Hyde Park

Estou sentado em um banco no Hyde Park a umas três horas. Fico olhando as pessoas, namorados, familiares, amigos, pessoas passeando com algum animal...

O céu estava claro, tendo apenas poucas nuvens bem brancas para fazer algumas sombras.

- ... Que tempo egoísta... -Murmuro a mim mesmo. – Mesmo eu estando tão mal ele continua lindo...

Minha mente estava cheia e vazia ao mesmo tempo. Queria ficar sozinho para pensar melhor por mais tempo, mas isso não acontece, já que alguém interrompe minha "paz".

- Levi! O que está fazendo aqui sozinho. -Hange pergunta sorrindo e já se sentando ao meu lado.

- ... Só descansando. -Digo a ignorando e voltando a olhar o "nada".

- Sem a Mikasa ou o Reiner? Está querendo ser sequestrado?

- Eu sou bom de luta sabia? -Pergunto irritado a olhando nos olhos, apertando as sobrancelhas.

- Que você é eu sei, mas sabe que você não pode ficar sozinho, é arriscado demais. -Diz preocupada de verdade, agora um pouco mais séria.

- Hange, somos amigos quase desde que nascemos, quantas vezes você me viu ser sequestrado ou maltratado?

- Mas agora é diferente! -Diz e se arrepende logo depois, olhando o nada.

A encaro, desconfiado.

- Como assim? -Indago sério, o cenho franzido.

- C-como a-assim o que? -Pergunta nervosa, sem olhar em meus olhos ou sequer para meu rosto.

- Você é ótima em arrancar a informação dos outros, mas é péssima em guardar segredos.

- Isso é só com você! -Diz ofendida. – Sempre que eu olho para você me sinto ansiosa... Acho que você seria um ótimo torturador na máfia também! -Diz sorrindo, tentando desviar o assunto.

- Então, o que está acontecendo? Foi só por acaso que nos encontramos aqui?

A encaro e ela fica cada vez mais tensa, até soltar uma larga espiração.

– Não, não é. A Mikasa colocou um rastreador em você, ele ia aviar caso você se movesse a algum lugar. Ela me disse que você ia estar na casa de alguém que ela gostaria de matar, então me pediu para te vigiar.

- ... Você sabe com quem eu estava? -Pergunto tentando esconder minha vergonha.

- Claro que sim! Não sou conhecida como a melhor torturadora atoa... Descobri rapidinho com quem você estava. E, se não te conhecesse, eu mesmo ia lá em cima "trabalhar" um pouco com ele. -Diz cruzando os braços com um semblante orgulhoso.

- Hange... Você não contou nada pro meu tio, né? -Pergunto temeroso.

- Está doido? Se a Mikasa e eu estamos nos segurando para não matar o garoto acha que daríamos a informação a alguém que temos certeza de que mataria? -Pergunta sarcástica.

- ... Não é tanta certeza assim... Meu tio é apenas... Superprotetor. -Digo nervoso.

- Só superprotetor?! -Pergunta rindo em seguida. – Lembra aquele garoto que te chutou e disse que você não era amado porque seus pais morreram quando você tinha nove anos?

- ... Sim... -Digo já entendendo onde ela queria chegar.

- O Kenny me "pediu" para quebrar o braço dele "acidentalmente"!

- E você fez! Loca...

- É claro que faria, ele era meu chefe. -Diz orgulhosa.

- Chefe porra nenhuma, você ainda não era mafiosa. Só o ajudava e o seguia como um cachorrinho.