Capítulo 20

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- Eu não sei que dinheiro e que agenda são essas... Eu não sei do que você está falando! - Dalila ignorou as palavras de Marina, colocou um dos pés dentro do apartamento com intenções de entrar no imóvel. A gestante tentou impedi-la. - VOCÊ NÃO PODE INVADIR A CASA DOS OUTROS ASSIM!


- EU QUERO O DINHEIRO E A AGENDA! - Dalila disse em tom agressivo e agitado. Marina se pôs na sua frente e Dalila perdeu a paciência de vez empurrando a com tudo.A ação foi muito rápida. A mais velha adentrou na casa de Marina que se desequilibrou e caiu com tudo no chão da cozinha. Antes de chegar ao chão, Marina esbarrou fortemente com a cabeça na quina da bancada de mármore e então caiu com tudo no solo, sem sentidos. A barriga bateu lateralmente no chão em um impacto forte.


Dalila ignorou seu estado e seguiu sua busca pelo apartamento atrás da agenda, do dinheiro e das garotas. Nenhum sinal deles. Após alguns minutos se deu por vencida e saiu da casa de Marina, pouco se importando que a gestante estava desmaiada e com um mancha de sangue na calça que usava indicando hemorragia após a queda.


Dalila foi até o elevador, pressionou o botou e nada de funcionar. No elevador de serviço a mesma coisa. Apertou o interruptor de energia elétrica e nada.


- Merda! - Resmungou aborrecida. Teria que descer de escada. Menos mal... Pelo menos não havia ficado presa no elevador sem poder ir atrás de Rafa e Carol.



                                                                                                      (...)


- Quanto tempo estamos aqui, hein?! - Carol questionou Rafa. - Será que ninguém ouviu a gente? Rafa deu os ombros.

- Deve ter uns quarenta minutos. Pior que não tem nem sinal de celular...

- É... O meu também não pega...


Rafa quase acertou seu palpite em cheio. Fazia quarenta e quatro minutos que as duas mulheres estavam presas dentro do elevador do prédio de Marina. O alarme de emergência foi pressionado várias vezes por Rafa e Carol, mas não haviam respostas de ninguém. Com a ajuda de Rafa forçando a fazer exercícios de respiração, Carol estava um pouco mais tranquila, mas ainda assim preocupada.


- Não tem nada que a gente possa fazer?

- Gente escapando pelo teto do elevador do em filme de ação, Cá... - Rafa abriu todos os botões de sua blusa xadrez deixando o sutiã branco e as tatuagens do braço a amostra. - E eu não levo o menor jeito pra isso... - Tirou a camisa. Carolina a fitou desconfiada. - Que foi?

- O que você está fazendo?

- Está um calor do cão... Esse elevador está um forno... - Se sentou ao lado de Carol. - Não sei como você tá aguentando.


De fato estava muito quente. Com a queda de energia o sistema de ar condicionado central do prédio havia parado de funcionar. Carol sentiu vontade de fazer o mesmo que Rafa, mas decidiu se preservar. Para se refrescar tirou uma garrafinha da água que trazia junto da bolsa e molhou o rosto. Entregou a Rafa que fez o mesmo.


- Até a água está quente... - Carol observou. - Com tanta hora pra isso acabar, tinha que acontecer essa merda hoje?! Se a gente gritasse por ajuda?

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