Capítulo 23

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Notas do autor:ESSE CAPÍTULO CONTEM UMA TENTATIVA DE SUÍCIDIO! SE VOCÊ ACREDITA QUE PODE SER UM GATILHO, POR FAVOR, NÃO LEIA!

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As palavras de Carol demoraram alguns segundos para fazer sentido a Rafa. A dança e o beijo haviam deixado a mais velha com o raciocínio um tanto mais lento que o normal. Rafa queria por seus pensamentos em ordem, mas a boca entreaberta a espera de um beijo, a pele arrepiada e os olhos cheios de carinho e desejo de Carol sugavam toda a sua atenção. Ao entender o que a ex-esposa havia falado, Rafa tomou um susto.


- Aqui?

- Não tem luz... Ninguém vai saber de nada... - Carol conferiu o horário virando o relógio de pulso de Rafa em sua direção. - Ainda vai demorar um tempo pra energia voltar... - Aproveitou que sua mão segurava o pulso da mais velha e a puxou para perto, colando os corpos. Depositou a mão de Rafa sobre seu quadril. Aproximou a boca do ouvido da outra e sussurrou sedutoramente. - Você não quer?


De olhos fechados, Rafa sentiu os lábios de Carol roçarem o pé de sua orelha e descerem pela lateral beijando seu pescoço. Em dez anos de relacionamento, Carol sabia muito bem as consequências que aquele tipo de carícia traziam ao corpo da ex esposa. Seus poros se abriram no mesmo instante e os pelinhos ralos do corpo se levantaram em um arrepio de prazer. O ponto de pulsação era uma das fraquezas de Rafaela. Morria de tesão quando era tocada daquele jeito e daquela vez não foi diferente. Um suspiro preguiçoso escapou de sua boca e os dedos se fecharam firmemente sobre o quadril de Carol. A jornalista adorava uma pegada mais forte. Rafa era delicada, mas quando se soltava imprimia uma firmeza que fazia Carol amolecer toda sobre seu corpo.


- Aí que saudade de você me agarrando assim, Rafa... - Carol murmurou.

- Saudade de você... - Rafa disse antes de deixar seus lábios se prenderem na boca da mais nova.O beijo foi iniciado com uma mordidinha sexy de Rafa. A professora de História fincou os dentes na parte de baixo da boca de Carol e a puxou para si deixando uma marquinha em seu lábios. Os narizes se tocaram e um pouco antes de se entregar ao seu desejo, Rafa abriu suavemente os olhos e se deparou com o olhar libidinoso da ex-esposa que derrubou qualquer barreira que ainda possuía. Cerrou os olhos e deixou seu corpo agir no modo automático roubando um beijo faminto de Carol.


                                                                                                          (...)


Já passava das seis horas da tarde quando Diana decidiu ligar para Michele. A garota estava muito preocupada com Rafaela e Carolina. Os dois celulares diziam que elas estavam fora de área e nenhuma das duas davam sinal de vida. A última vez que havia falado com as amigas foi um pouco antes dela saírem da casa de Marina. Diana ansiava por notícias, queria saber se as meninas estavam bem, se conseguiram encontrar Edu e nada delas atenderem. Depois de tentar diversas vezes, resolveu testar Michele. Rafa poderia ter ligado para a irmã. Na segunda chamada, Michele atendeu o telefone de casa.

- Alô?

- Pivete... Sou eu!

- Oi Di, ia te ligar mesmo. A Lalá disse que talvez você não venha passar o ano novo com a gente?! Vai ficar sozinha?

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