54. Uma Visitante Nova na Toca

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Os braços de Lupin abraçavam as minhas costas com força por mais de 5 minutos sem se separar um único segundo e eu apenas tinha acabado de entrar na Toca

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Os braços de Lupin abraçavam as minhas costas com força por mais de 5 minutos sem se separar um único segundo e eu apenas tinha acabado de entrar na Toca.

Por sorte, ou azar, ele foi o primeiro que encontrei assim que aparatei na direção que o Weasley me tinha dado. Assim que me viu do lado de fora, Lupin abriu a porta, me puxou para dentro e sem demoras me atacou neste abraço, que apesar de inesperado, me tinha reconfortado de alguma forma. O melhor é que ele está a abraçar-me assim e ainda nem imagina metade das coisas que eu tenho para contar.

Finalmente os braços dele pararam de fazer força e este finalmente se separou de mim me olhando com algumas lágrimas nos olhos. Sei porque ele me tinha abraçado assim, era nem mais nem menos porque os dois tínhamos perdido uma pequena parte de nós e no fundo conseguíamos entender a dor do outro, querendo assim amenizá-la.

- O que te trás aqui? - a voz dele saiu um pouco baixa enquanto este me levava até algo que parecia uma pequena sala e se sentava junto comigo num pequeno sofá.

- Sei que me pediram para não vir aqui, nem ao Quartel General e para nos comunicar-mos por carta para que não houvesses muitos movimentos, mas eu acho que isto deve ser dito pessoalmente. - falei firme e este logo me observou assustado.

- O que se passou? - ele perguntou já aflito e eu apenas suspirei.

- É melhor falar quando todos estiverem aqui. - eu disse e logo Lupin acabou por assentir.

Ali algum silêncio se formou, mas Lupin pareceu não aguentar muito tempo e rapidamente o quebrou.

- Seu maior medo se concretizou. - este falou e eu rapidamente entendi o que ele queria dizer - Engraçado como conversamos sobre isso aqui antes do Natal e meses depois acontece toda aquela tragédia. - ele falava de forma calma e tentando transmitir algum conforto com o seu olhar - Foi impossível para mim não me lembrar rapidamente de ti Bella e do teu bicho-papão. Na altura, de todos os medos, o teu era reviver o sofrimento do passado, vendo alguém que gostavas morrer na tua frente e quando vi que isso se repetiu eu sabia que irias sofrer, sofrer mais do que qualquer um. - logo a voz dele se cortou e eu senti meu coração doer, mas doer de verdade, eu podia sentir como ele picava por dentro.

- Sofri e vou continuar a sofrer, esta dor não se apaga jamais, apenas nos habituamos a viver com ela. - falei enquanto olhava por uma pequena janela que havia perto.

- Isso é verdade. - este falou e senti como ele se levantou do sofá - Mas saber que esse era seu maior medo, só prova que de todos, foi a que passou mais mal e ainda por cima sozinha.

- Pode parecer idiotice, mas acredita Lupin, eu consigo me acostumar melhor à dor sozinha. - falei finalmente o olhando - Consigo me concentrar em passatempos que me desviam disso e quando tento ultrapassar perto das pessoas sinto-me invadida pelos olhares de pena e sinto que estrago a vida de quem me rodeia com isso. Na minha opinião, não há nada que um pouco de tempo connosco mesmos e em silêncio não cure.

A Menina Veneno -  Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora