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...Continuação...
Draco Malfoy Pov
Assim que aquelas palavras ameaçadoras que Voldemort para mim terminaram e ele virou costas eu não perdi tempo e saí dali.
Eu sentia-me esgotado, cansado e farto de tudo.
O meu pai ainda está preso e não o vejo faz tempo. Tenho uma missão para fazer que ninguém acredita que eu consiga, mas que tenho que fazer se quero salvar a minha família. Treino sozinho em Hogwarts e assim que pus um pé em casa minha tia Bellatrix já veio duelar comigo também. Voldemort me tortura cada vez mais com dores na marca negra por achar que eu irei falhar a sua missão.
Eu estou farto, cansado e só quero estar sozinho.
Subi as escadas e corri até meu quarto o mais rápido que consegui, eu só queria um pouco de paz... mas não estava a conseguir.
Senti mais uma vez a marca a arder e a raiva só me conseguia consumir ainda mais. Mas logo os meus pensamentos foram desviados pelo barulho da porta do meu quarto a abrir.
- PORQUE? - ela gritou assim que fechou a porta do meu quarto com força e logo caminhou até à janela do meu quarto e ficou a olhar pela mesma para o exterior.
Percebi de imediato que ela ouviu Voldemort a falar da minha marca e que inteligente como ela entendeu de primeira tudo. Não valia nem apena tentar esconder mais nada, ela já tinha percebido e não tinha como mentir na cara dela sobre isto.
- Porque sou um fraco. - respondi e logo ela se girou para mim como se esperasse uma explicação - Se eu não me torna-se um Comensal ele iria matar meus pais e eu não consegui fazer-lhe frente, porque sou fraco.
Assim que terminei de falar ela correu na minha direção e logo começou a dar leves murros no meu peito enquanto olhava o chão. Ela empurrou me em seguida fazendo que as minhas costas batessem contra a porta do meu quarto com força e em seguida me olhou nos olhos. Ali pude ver a sua expressão, nunca antes tinha visto o seu olhar tão escuro como naquele momento.
Segundos depois ela se aproximou mais de mim e quando chegou perto do meu peito eu já esperava que começasse a me bater de novo, mas ela simplesmente encostou a sua cabeça contra mim e os seus braços pousaram atrás de minhas costas, como se estivesse a dar-me um pequeno abraço.
- O que vamos fazer agora? - ela disse contra o meu peito com uma voz baixa e cortada e eu fui com os meus braços até ao seu cabelo ruivo acariciando de leve.
- Tu nada. - eu falei firme e senti ela suspirar - Não vais gritar mais comigo? Chamar-me de idiota? - eu perguntei com a voz um pouco mais rouca que o habitual.
- Não. - esta disse baixo.
- Mas grita... bate-me Bella, afinal eu mereço. - eu disse e logo senti como um nó na minha garganta surgiu.
