O meu uísque é a escrita. Sabe aquelas pessoas que chegam em casa e já vão se servir de uma dose de uísque? Talvez para relaxar, talvez como um prêmio por terem cumprido o seu papel no mundo que deixou lá fora, ou talvez por gostar mesmo.
Faço isso com o escrever. Preciso!
Às vezes, as idéias chegam de mansinho, como a água do mar lambe a areia nas marés baixas. E às vezes elas vem aos borbotões, como aquelas chuvas inesperadas de verão. A maneira que a escrita vem à minha mente não tem ritual, nem momento, nem símbolos, tipo colocar uma música, acender um incenso, nada disso. Esse não é o foco. O foco é o que vai marcar o papel, os carácteres, as letras, as frases, as ideias. A magia do escrever é incrível!
As fadas falam com você, as formigas te dão bom dia, as nuvens se transformam em elefantes, não há hierarquia entre quem escreve e suas ideias que vão para o papel. O que há é cumplicidade, às vezes travessuras, às vezes drama. Nunca indiferença.
Se eu ganho um sorriso, um espanto, um comentário pelo que eu escrevi fico feliz como se tivesse ganho um presente. Seria vaidade? Eu penso que não. Eu atribuo isso a um encontro de almas. É o que eu penso!
E minha alma não é muito profunda nem erudita, ela é bem simples e eu diria que até infantil.
Ler também é meu refúgio. Gosto muito. E gosto muito de reler também.
Ao ler pela primeira vez eu apreendo a história toda. Ao reler, eu leio os trajes, os cenários, as nuances dos personagens, a época política, os costumes, o contexto social. É uma forma bem particular minha de ler.
De todo modo tenho consciência que ainda tenho muito a aprender, a ler, a escrever. Para aí sim eu conseguir ter mais experiência e ser capaz de escrever talvez, uma grande obra. Por enquanto vou bebericando meu
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Contos da Quarentena2 AMAZON
ContoFatos, lembranças, bobeiras, cotidiano, reflexões