Dia 3: De Mãos Dadas

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Olá, KiriBaku stan!

Hoje temos um drama levinho, só para dar uma diferenciada... rs
Espero que gostem!

Boa leitura! 🧡

As luzes coloridas e os sons convidativos eram uma grande atração aos olhos infantis

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As luzes coloridas e os sons convidativos eram uma grande atração aos olhos infantis. A magnitude de alguns brinquedos, que subiam tão alto no céu escuro, enquanto giravam ou desciam em alta velocidade, davam-lhe ensejo de ter tamanho o suficiente para brincar neles; as risadas e gritos escandalosos das pessoas chamavam a atenção de Katsuki que encarava a tudo hipnotizado! 

Em meio a poluição sonora, Bakugou andava distraidamente pensando em qual seria o próximo brinquedo que brincaria, enquanto comia despreocupadamente um enorme algodão doce, optando em ir mais uma vez na montanha-russa Minhocão, pois gostava da sensação de “geladinho” na barriga durante a primeira descida.  

— Mamãe, eu quero ir n-

Ao virar o rosto na direção onde, provavelmente, estaria sua mãe, Katsuki não a encontrou. Virando o rosto na direção contrária, em busca do pai, também não o achou. Automaticamente, seus olhos encheram de lágrimas e a respiração se agitou conforme Bakugou assimilava a seriedade da situação: havia se perdido dos pais.

Seu coração batia tão acelerado que era possível ouvi-lo nos próprios ouvidos, segurando firmemente o choro, apertando em uma fina linha os lábios trêmulos, Katsuki procurava em vão entre a multidão de pessoas… Correndo os olhos de um lado para o outro, desesperado, em busca de qualquer indício de sua mamãe ou seu papai. 

O primeiro soluço escapou por entre os lábios infantis, as lágrimas escorriam pela face do menino e o medo do abandono era sufocante, aterrorizador. Bakugou queria ir para casa! Ele queria o abraço carinhoso do pai, e os afagos em seu cabelo feitos pela mãe. Largando o algodão doce no chão, Katsuki abraçou o próprio corpo com os braços, encolhendo-se, chamando baixinho pelo nome dos pais.

Estava tão absorto em sua própria angústia que não percebeu a aproximação de um afobado menininho de cabelos negros, com curiosos e brilhantes olhos infantis correndo em sua direção.

— Oi, eu sou o Eijirou! Você quer brincar comigo?

Dando alguns passos assustados para trás, Katsuki encarou o outro desconfiado, reparando que o tal garoto possuía estranhos dentinhos pontiagudos.

— Meu no-nome é Katsuki. — Fungando, o loirinho rapidamente secou as teimosas lágrimas com o dorso da mão, mantendo o olhar semicerrado para o outro. — E eu não quero bri-brincar com você!

— Ahhhhhhh… Por que não, Katsuki? Você ‘tá aqui sozi-

— EU NÃO ‘TÔ SOZINHO! — Bakugou exasperou-se, não querendo demonstrar que estava apavorado, conquanto aliviado pela aparição repentina do moreno. Ostentando um bico consternado, sussurrou: — E-Eu me perdi dos meus pa-papais...

No mesmo instante, o loiro sentiu finos braços envolvendo-o num acolhedor abraço apertado, fazendo algumas lágrimas caírem furtivamente. Agarrou-se naquele abraço como se sua vida dependesse dele, satisfeito pela sensação momentânea de não estar mais sozinho. O cabelo preto de Eijirou tinha um familiar cheirinho de produtos infantis, com certeza, ele também usava o shampoo de heróis.

— Oh! Eu vou ajudar você a encontrar seus papais, ‘tá? — Kirishima afastou-se lentamente, seus olhos também estavam marejados, mas o moreninho tinha um sorriso determinado nos lábios. — Vem, vamos chamar minhas mamães… Elas vão nos ajudar!

Bakugou anuiu, timidamente. Sentindo o rosto corar ao ter a pequena mão do outro garoto pegando na sua, firme. Eijirou sorria para si, e Katsuki não pôde evitar sorrir de volta. 

— Eu não soltarei sua mão enquanto não encontrarmos seus papais, Katsuki!

— O-Obrigado, Eijirou…

Ambos seguiram em direção onde duas mulheres observavam o desenrolar da cena com curiosidade e acolhedores sorrisos. O pequeno Eijirou contou às mães sobre a situação que o novo amiguinho encontrava-se, e, alarmadas, Fumiko e Emi resolveram pedir ajuda imediatamente após acalmarem o loirinho com palavras reconfortantes, e de que encontrariam seus responsáveis o quanto antes.

— Emi, vamos levá-los até o palco, lá podemos pedir para anunciarem sobre o menino — A morena comentou com a esposa, que concordou. — Venham, crianças, vamos buscar ajuda.

Os meninos caminhavam entre as mulheres, Eijirou segurando firmemente na mão de Katsuki, que não admitiria em voz alta, mas estava agradecido pela benevolência do outro. Assim que chegaram em frente ao palco, ambos observaram a mulher de cabelos negros conversando exasperadamente com o pessoal do parque. No mesmo instante, o interlocutor parou o show de apresentação que acontecia no local, e anunciou para todo o parque a nota de desaparecimento:

— Atenção, peço a atenção de vocês! Estamos aqui com um menino, chamado Bakugou Katsuki que está procurando seus pais, Masaru e Mitsuki. Por favor, caso estejam nos ouvindo, venham até o palco! Seu filho aguarda conosco.

Após alguns minutos de tensão e ansiedade, Katsuki pode soltar o ar que estava prendendo ao ouvir a inconfundível voz de sua mãe, chamando-o. Ele abriu um sorriso choroso, trocando um olhar agradecido com Eijirou, ao seu lado, que apertava delicadamente sua mão, transmitindo conforto. 

A pequena multidão que se formou em volta do palco abrira caminho, e o pequeno Bakugou pôde vislumbrar sua progenitora correndo em sua direção, aproximando-se apressadamente e pegando-o nos braços, em um abraço aliviado. Mãe e filho choravam, e por sobre os ombros de Mitsuki, Bakugou observava o pai agradecendo à família do moreninho pela ajuda e cuidados com o filho.

Enfim, Katsuki reencontrara sua família.

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Coletânea Kirishima & BakugōOnde histórias criam vida. Descubra agora