Essa será uma coletânea de contos para o desafio "OTPtober Challenge" du @/DigitalPopsicle no Twitter, onde cada capítulo terá uma temática proposta para o dia; e, nem sempre, terão ligação entre si. O foco será no meu otp: Kirishima Eijirō e Bakugō...
Escrevi a oneshot de hoje às pressas, mas espero que vocês gostem! ❤️
Boa leitura! ❤️
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A manhã estava agitada no escritório administrativo onde Kirishima trabalhava. Os dedos moviam-se freneticamente no teclado, digitalizando inúmeras planilhas; respondendo intermináveis e-mails; conferindo outros tantos de despachos de pedidos, e recebimentos. O ruivo estalou o pescoço, elevando os braços e alongando-os acima da cabeça. Precisava de um descanso, e, principalmente, de mais café!
Kirishima estava apreciando o maravilhoso aroma que exalava da xícara entre seus dedos, encostado no balcão da sala de descanso. Ele sentiu o celular vibrar no bolso da calça, e o pegou. Desbloqueando a tela, ignorou as notificações do aplicativo de mensagens, e enquanto passava os olhos pelo feed do facebook, recebeu a solicitação de uma nova amizade:
Bakugou Katsuki quer ser seu amigo: confirmar ou recusar?
Eijirou arregalou tanto os olhos que, por um momento, pensou que fossem saltar de suas órbitas. Como assim, Katsuki, seu amigo de infância, tinha lhe enviado uma solicitação de amizade? Será que era mesmo ele? O ruivo acessou o perfil, percebendo que não tinha muitas informações disponíveis, uma vez que o perfil era bloqueado para quem não fosse amigo do cara.
Observando então, as únicas três fotos que haviam disponível na galeria do perfil, ele constatou que era sim o seu melhor amigo de infância! Não tinha como esquecer dos olhos rubros, tão semelhantes aos seus, e, muito menos, daquela feição mal-humorada estampada na face masculina. Pelo visto, mesmo depois de tantos anos longe e mais maduro, Katsuki não tinha perdido a feição emburrada.
Uma forte nostalgia recaiu sobre Eijirou naquele momento... Há quantos anos eles não se viam? Há quantos anos tinham perdido contato? Ele ainda se lembrava da dolorosa despedida que tivera com o amigo, antes de se mudar com a família para o interior do Estado. Conforme a adrenalina ia diminuindo, Kirishima abria um enorme sorriso na face. Aceitando a solicitação, o ruivo terminou de beber seu café e retornou para o escritório, visivelmente animado.
Após aceitar o convite, o próprio Bakugou enviou uma mensagem no inbox de Kirishima, dizendo que havia encontrado o perfil do ruivo por causa de uma amizade em comum: Kaminari Denki. A surpresa era recíproca porque Eijirou tinha estudado com Denki na faculdade de Administração, e, ironicamente, a atual namorada do colega de turma, Kyouka Jirou, era a melhor amiga de Bakugou.
Desde aquela inusitada solicitação de amizade, Eijirou e Katsuki, não pararam mais de trocar mensagens. Afinal, há mais de 20 anos que não se viam pessoalmente. Ambos eram vizinhos desde que se entendiam por gente, porém, depois do aniversário de 10 anos de Eijirou, sua mãe contou que iriam se mudar para o interior, pois, sua avó tinha adoecido e precisava dos cuidados e atenção da única filha.
Então, era de se imaginar que muita coisa tinha acontecido ao longo de todos esses anos sem notícias. Na época em que eram crianças, não existia internet e o contato entre os dois acabou sendo perdido. Empolgado com o reencontro virtual que tiveram, Kirishima aproveitou que Bakugou morava numa cidade próxima à sua, pouco mais de 1h de distância, e marcou com o loiro para almoçarem juntos no sábado.
[...]
— Cacete, Eijirou, você comeu fermento? — Bakugou comentou após se separar do abraço apertado que Kirishima havia lhe recepcionado ao chegar no restaurante. — Cadê aquele moleque catarrento que brincava de pique comigo?
Eijirou riu, coçando a nuca constrangido. De fato, ele havia passado bons centímetros na altura em relação a Katsuki. O ruivo direcionou um sorriso na direção do loiro, indicando com a mão para que se sentassem. — Eu 'tô tão feliz, Katsuki! A ficha ainda não caiu... Sei lá, foram quantos anos sem nenhuma notícia sua? 20?
— Tch, é bem por aí mesmo, Eijirou... Na nossa época, não tínhamos essa facilidade, né? — Katsuki ajeitou os óculos de grau no rosto, fazendo um sinal na direção do garçom para que se aproximasse. — Hoje em dia, basta ter uma rede social que descobrimos praticamente a vida inteira da pessoa! Você mesmo não poupa fotos, né, exibido do caralho?
— Qual é, cara!? Nem são tantas assim, vai... — Kirishima levantou as mãos, em um claro sinal de rendição, diante o olhar acusatório de Bakugou. — Tá, tá bom... Você tem razão! Inclusive, vem cá, vamos tirar uma foto!
Antes mesmo que o loiro pudesse protestar, Eijirou já estava se levantando de novo, puxando o amigo pelo braço e posicionando a câmera do celular em frente aos dois. Katsuki deu um sorriso de canto, enquanto o ruivo abrira o seu costumeiro sorriso, tão feliz e sincero que chegava aos olhos. Bakugou reparou que algumas coisas não mudavam mesmo; inclusive, as duas covinhas que Kirishima possuía nas bochechas continuavam ali.
