Dia 20: Flores

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Oi, tudo bem?

Mais um capítulo saindo fresquinho do forno para vocês... Tenho percebido que minha inspiração só vem aos 45 min do segundo tempo, tsc. Mais 10 dias fechados com sucesso no challenge, nem acredito nisso! rs Espero que gostem! ❤️

Boa leitura! ❤️

Bakugou estava decidido: iria confessar seus sentimentos através de um buquê de flores

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Bakugou estava decidido: iria confessar seus sentimentos através de um buquê de flores. Era deveras cafona, e um tanto clichê, mas desde quando seu crush comentara, em uma das inúmeras tardes que fora na padaria comprar o pão fresquinho que saía sempre às 16h, que achava super romântico tal ato de presentear a pessoa amada com flores, que Katsuki não esqueceu mais.

De início, o loiro não tinha dado muito papo para o ruivo engraçadinho, pois, estava estafado das piadinhas que ouvia ao longo do meio período que ajudava os pais na padaria da família. Foram inúmeras as vezes que fechara a cara na direção deste tipo de cliente, engolindo a muito contragosto um xingamento, antes de entregar os pães para o indivíduo.

Com Kirishima não havia sido diferente, infelizmente... O ruivo chamou a atenção de Bakugou desde a primeira vez que entrou no estabelecimento, no entanto, assim que abriu a boca, o encanto quase se perdera:

"Olá, tudo bem? Kirishima aproximou-se da vitrine de pães, sorrindo. O pão já saiu?

Já sim. Bakugou não sabia se o bonito cliente tinha demência ou era cego, pois, a cesta com os pães, recém saídos da fornada, estava em exposição bem em frente à vitrine que o ruivo havia parado. Você v-

Então... Quando ele voltar, me avisa! E riu, apoiando uma das mãos no abdômen, que doía pela contração do músculo. Ao perceber que a piada não havia sido bem quista, por parte do atendente, pois este direcionava uma enorme carranca de ódio para si, Eijirou limpou a garganta antes de finalizar o pedido: Err, desculpa pela brincadeira, cara. Eu quero 6 pães, por gentileza!"

Depois daquele episódio vexatório, Kirishima o abordava sempre com um sorriso sem graça na face, fazia o pedido de forma polida e saía da padaria rapidamente. Religiosamente, o ruivo comprava os pães junto com algumas gramas de queijo, e Bakugou estava interessado demais no outro rapaz para deixar a oportunidade passar por causa de uma piada idiota. Então, depois de uma semana, ele resolveu puxar assunto de forma direta, pedindo o celular de Eijirou, caso o interesse fosse recíproco, e assim começaram a conversar ao longo dos dias.

Após três meses de conversas, alguns encontros e beijinhos trocados, esporadicamente ao final do expediente de Bakugou, o loiro seguia em direção à floricultura que havia no bairro. Ele não sabia muito sobre flores e afins, mas fez uma rápida pesquisa no Google e decidiu que usaria os cravos vermelhos para expressar seus sentimentos para Kirishima.

Antes que pudesse abrir a boca para chamar pelo atendente, a porta dos fundos abriu-se e por ela saía Kirishima, retirando as luvas sujas de terra das mãos, arregalando os olhos na direção do loiro, tão surpreso quanto Bakugou.

— Oi, Katsuki! Que surpresa, bro! — O ruivo abriu um sorriso amistoso, acomodando-se atrás do balcão para atender o cliente. — Veio me ver ou comprar algo para sua mãe?

— Ahn, eu... Eu não sabia que você trabalhava aqui, Eijirou.

— Pois é... Mundo pequeno esse, né? — Kirishima coçou a cabeça, encabulado. Ele nunca havia dito para Bakugou onde trabalhava. — Eu costumo ajudar minha avó nos dias que estou livre na faculdade.

— Ah, sim... Entendo bem disso. — Katsuki estava visivelmente nervoso. Saber que Eijirou trabalhava, justamente, naquela floricultura, foi quase como um balde de água fria. Droga, por que não tinha perguntado antes onde o crush trabalhava? Agora fazia sentido o porquê do ruivo achar romântico tal breguice. — Na verdade, eu não vim comprar nada pra mãe, não...

— Hm... — O ruivo arqueou levemente a sobrancelha, alternando o peso entre os pés, em um claro sinal de ansiedade. — Então, no que posso ajudá-lo?

— É... Eu estou procurando um buquê de cravos vermelhos. Vocês vendem?

O rapaz atrás do balcão sentiu a face corar, levemente. Os cravos possuíam alguns significados através de suas cores. O vermelho remetia ao respeito, o amor, a paixão. Também sendo uma forma de demonstrar admiração por alguém. Será que...? Não era possível... Kirishima sentiu um sutil frio na barriga.

— Vendemos, sim! Só um momento, eu já volto!

Então, o ruivo entrou novamente pela porta, em direção à estufa, indo confeccionar o buquê. Kirishima não sabia se Bakugou também estava apaixonado como ele, mas saber que o loiro tinha ido até a floricultura comprar flores tão específicas, aflorou uma expectativa boa em si. Até porque tinha deixado escapar para o outro que gostava daquele tipo de presente.

— Prontinho, Katsuki! — Eijirou entregou um charmoso buquê, com seis cravos vermelhos envoltos na juta, arrematado por um laço vermelho. — Espero que a pessoa goste... Ela deve ser muito especial mesmo para você, né?

— Sim, ela é. Irei confessar meus sentimentos através dele. — Bakugou respondia enquanto acertava o valor do presente com Kirishima. O loiro só queria sair correndo dali, tamanho era seu nervosismo. Puta merda, suas mãos não paravam de transpirar! — Obrigado, Eijirou... Ficou muito bom. Me deseje sorte!

— Boa sorte, bro! — Eijirou acenava com um forçado sorriso nos lábios. Após Katsuki sumir de seu campo de visão, o ruivo correu para os fundos da loja com os olhos marejados. Não havia sido correspondido...

[...]

Kirishima estava de cabeça baixa, entretido com a agenda de encomendas do dia em mãos, conferindo e confirmando os pedidos pelo celular. Ele não percebeu a entrada de um novo cliente na floricultura, reparando apenas quando um conhecido buquê de cravos vermelhos foi posto em sua frente, no balcão.

O ruivo franziu o cenho, levantando os olhos do buquê na direção da pessoa que estava oferecendo-lhe o mesmo. À sua frente, estava Katsuki, com a face corada e um sorriso de canto. Encarando-o apaixonadamente.

— São para você, bobão!

– Otptober challenge –

Coletânea Kirishima & BakugōOnde histórias criam vida. Descubra agora