5. O jantar parte II

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Ele a agarrou pela cintura e a puxou para junto dele. Abaixou a cabeça e cobriu os lábios dela com os seus, suas mãos a envolveram com tanta força que seus corpos ficaram colados dos quadris ao peito.

O ar fugiu dos pulmões de Eda, que se desequilibrou quando seus pés falharam. Ela esperava receber um beijo preciso e controlado, apenas para mostrar à sua tia que eram, de fato, amantes. Em vez disso, recebera um feito de testosterona e energia sexual pura.

Recebera lábios quentes moldados contra os seus. Os dentes dele a mordiscavam e sua língua explorava a boca dela de forma autoritária e controladora, fazendo-a dobrar-se para trás, por cima do braço que a agarrava firme na cintura para consumir cada pedacinho dela.

Ela agarrou-se ao beijo e retribuiu intensamente. Faminta pelo toque dele, ela estava embriagada com seu gosto e seu cheiro almiscarado, deliciando-se no contato com aquele corpo firme e longilíneo enquanto um calor avassalador emergia deles e os incitava a perder o controle.

Um gemido escapou da garganta de Eda. Ele enterrou os dedos nos cabelos pesados dela para poder controlar-lhe a cabeça enquanto continuava sua invasão sensual. Os seios dela ficaram mais cheios e pesados e ela sentiu um calor líquido pulsar entre suas coxas.

– Eda, eu... oh!

Serkan descolou sua boca da de Eda. Desnorteada, ela perscrutou o rosto dele em busca de algum sinal de emoção, mas seu olhar estava fixo na tia dela.

– Sinto muito, Sra. Yildiz. – o sorriso dele era malicioso e masculino.

Tia Ayfer riu e olhou para a sobrinha que considerava como filha, aprisionada nos braços dele.

– Desculpe interromper. Voltem para a sala quando terminarem aqui.

Eda ouviu passos se afastando. Os olhos de Serkan se moveram para baixo, devagar. Ela se retraiu. Esperava ver algum traço de paixão, mas, em vez disso, os olhos de Serkan estavam límpidos, e seu rosto, calmo.

Não fosse pelo volume rígido pressionado contra sua coxa, Eda poderia acreditar que o beijo não o havia afetado.

Os braços dele a soltaram e ele deu um passo para trás. O silêncio pairou sobre eles como uma onda pesada ganhando velocidade e prestes a quebrar.

– Acho que o problema está resolvido – disse ele.

Ela não disse nada.

– Não era isso o que você queria?

Ela ergueu o queixo e escondeu o turbilhão de emoções que se contorcia como cobras em seu
estômago.

– Acho que sim.

Ele se conteve e esticou a mão em direção a ela.

– É melhor a gente se apresentar de volta como uma equipe unida.

Cinco dedos se fecharam ao redor da mão dela com uma força graciosa que deixou seus olhos marejados. Ela reprimiu as lágrimas e decidiu que sua reação era causada por um caso grave de TPM.

Não havia outro motivo pelo qual um beijo de Serkan Bolat pudesse trazer tanto prazer e tanta mágoa.

– Está tudo bem?

Ela trincou os dentes e deu um sorriso tão radiante que poderia estar em um anúncio de pasta de dentes.

– Claro que sim. Aliás, ideia brilhante.

– Obrigado.

– Só não fique de novo todo duro como um cadáver. Finja que eu sou Selin.

– Eu jamais conseguiria confundir você e Selin.

Um acordo irresistível [Edser] ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora