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Ainda não era de manhã, mas eu já estava acordada. Eu ainda estava fugindo.
Benedict descansava ao meu lado, o rosto tão sereno enquanto dormia. Meus olhos encheram de lágrimas enquanto eu colocava meu vestido e tirava fotos mentais desse momento.
Mas eu deveria saber e ele deveria saber também. Nós três – eu, ele e a minha fuga – éramos um espetáculo. E um circo nunca seria uma história de amor. Não era uma história de amor e por mais que nós tivéssemos voado, não iríamos longe.
Eu o abandonei naquela cama, naquele motel. Peguei todo o dinheiro que eu tinha na minha pequena bolsa, algumas libras apenas, coloquei em um saco aleatório e escrevi um pequeno recado. Think about the place where you first met me. Roubei as chaves do conversível dele e fugi.
O corredor do motel tinha papel de parede com pequenos Xs e eu corri por ele sem olhar para trás. Pulei para dentro do carro sem hesitar.
– Ei! Dama de prateado! – ouvi a voz dele gritar.
Benedict estava na varanda vestindo apenas a cueca boxer, o rosto torcido em uma expressão dolorosa. Como se ele tivesse sido acertado por uma espingarda, um tiro certeiro no coração.
Essa foi a última vez em que ele me viu. Eu dei partida e não olhei pelo retrovisor.
Então aqui estou, dirigindo um carro de fuga.
Chorando.
Morrendo.
Dizendo adeus para algo que poderia ter sido incrível.
Mas não é uma surpresa. Nós traidores nunca ganhamos.
THE END?
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