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Catarina voltou para casa exultando alegria, ainda corada o caminho inteiro na carruagem. A valsa com James fora magnífica, cheia de trocadilhos, brincadeiras e observações rápidas, e depois disso eles engataram em uma conversa sobre a França. Ela nunca estivera lá, mas gostava de ler sobre e tinha milhares de perguntas. Quase resmungou quando a mãe a chamou para irem embora, cedo demais.
Agora eram duas da manhã e ela ainda não tinha conseguido dormir. Ela suspirava enquanto os pés dançavam pelo chão do quarto iluminado apenas pelo luar.
Ela se perguntava se ele sabia. Não tinha dito as palavras, mas estavam estampadas em seus olhos, ela estava certa disso. Catarina Clarke estava encantada por conhecer Cedrico James. Ela não sabia se apaixonada, não conhecia muito sobre isso além de Julieta, mas com Julieta era diferente, ela e Romeu se conheciam há anos. Mas encantada? Isso ela sabia. Ela estava completamente encantada por tê-lo conhecido.
James era esperto, engraçado e realmente parecia interessado no que ela tinha para lhe dizer. Não a tratava com condescendência ou a declara apenas um rosto bonito. Ele tinha dito a ela, ela sorriu ao se recordar das palavras dele na enquanto valsavam, que ela era inesperadamente espirituosa e isso o fazia sorrir.
Catarina se jogou na cama com um suspiro. Ela o fazia sorrir. Ela quase deu gritinhos de alegria, a única coisa a impedindo ser o horário e o medo de acordar alguém com sua felicidade. Porque ela estava feliz. Feliz e encantada.
Ela mal dormiu a noite pensando nisso e quando Elizabeth a encontrou de manhã para ajuda-la a se vestir – ela escolheu um lindo vestido azul da cor do céu – e arrumar seu cabelo, ela ainda pensava nisso. Mas agora se perguntava também se ele viria visita-la e lhe diria a mesma coisa que ela tanto pensava: eu fiquei encantado em conhece-la.
Não foi o caso. Catarina tomou o café da manhã; leu um romance nos jardins enquanto aproveitava o sol; retornou a sala de jantar para o almoço com a mãe; conversou um pouco com ela já que era a única companhia que tinha além dos criados – os irmãos já eram casados e não moravam perto –; suspirou; escreveu algumas cartas a Julieta contando sobre o baile anterior – mencionando James, claro, e contando cada detalhe sobre a noite que conseguia se lembrar; fingiu bordar; pegou o livro e voltou para os jardins; permaneceu no mesmo lugar quando o chá foi servido; suspirou mais algumas vezes; e se retirou apenas quando anunciaram o jantar.
E James não tinha aparecido. Ah, como fora tola. Ele claramente não tinha se sentido da mesma forma.
Catarina se deitou naquela noite com algumas preces na mente, embora não se considerasse religiosa. Ela queria que o baile tivesse sido a primeira página deles e não onde a história terminaria, como parecia. Ah, por favor, não seja o fim.
Então na manhã seguinte, as preces dela foram atendidas. Não da forma como ela esperava, mas Catarina era espirituosa e de qualquer forma estava louca de alegria ao pegar a carta em suas mãos. Uma carta de Cedrico James, endereçada a ela.
