🏹 [2° LIVRO] 3°T. Cαρίτυlσ 13 - Vσcε ξ Lινrε ✉️

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Jimin

- Bonito, senhor Park Jimin. Um homem de quase quarenta anos...

- Não exagera, mamãe. — falei.

- Um homem de dezenove anos, quase cinquenta, pegou o meu anel para dar para a namorada!?!? — ela falou sem acreditar nisso. — Eu não acredito nisso!

- Eu estou é pobre... Mas pode ficar, pois S/n não está comigo por bens materiais. Amamos um ao outro, sem interesse em objetos. — falei.

- Que tal você começar a fazer que nem a S/n, hum? Ela já arrumou um emprego na sorveteria enquanto termina seus estudos num curso de psicologia.

- Ela é ela... Eu sirvo pra cozinhar, já provou a minha comida? — me gabei.

- Comida queimada? S/n cozinha melhor que as empregadas que trabalham anos nisso. — mamãe se sentou ao meu lado no sofá.

- Verdade. Mas eu não sei no que sou bom, mamãe. — fiz beicinho.

- Lavar a louça, varrer a casa, lavar as roupas... Bora se mexer, querido. — revirei os olhos.

- Mãeeee. — resmunguei — Quer casar mas não quer ser prendado? Se eu chegar na casa de vocês algum dia e vê a S/n fazendo tudo sozinha, se prepara que vou sequestrar ela pra mim, e enquanto você não limpar até o vaso sanitário...

- Eca! — fiz careta.

- A vida não é como a gente quer. Ou limpa ou vive na sujeira. Caia para a realidade. Sei que o baile de ontem parecia fantasias mas hoje as coisas aqui são realistas. — ela tomou seu café.

- Eu sei levar cachorros para passear. — falei, encolhendo os ombros.

- O último cachorro que você levou para passear foi o do Jin, até hoje o cachorro está desaparecido.

- Credo, mãe. Não se esqueça que achamos a Pipoca. — a olhei.

- Aonde?

- Na panela, porquê até hoje não encontramos a cachorrinha dele.

- Coitadinho. — mamãe balançou a cabeça negativamente.

- Vai ver já arrumou outro dono.

- Jimin você acabou de chegar do passeio com a Pipoca, reclamando que não é bom em nada... Depois discutimos sobre o anel e voltamos a conversa sobre no que você é bom.

- Vou ir pro meu quarto, talvez dormir seja a melhor coisa que sei fazer. — falei subindo as escadas.

- E aproveita e vá tomar banho, chegou suado do passeio, seu fedorento!

- TÁ MAMÃE! — revirei os olhos e fechei a porta. Peguei uma blusa preta regata e uma calça moletom preta. Peguei a toalha e segui para o banho.

   Liguei o chuveiro e fechei os olhos enquanto jogava a cabeça para trás. A água quente corria pelo meu corpo, me deixando confortável. Lavei meus cabelos, passando a mão pelos fios pretos, com o shampoo de baunilha. Cantarolei baixinho a música que havia tocado no baile, Electric Love.

   Desligo o chuveiro, ainda cantando, enrolo a toalha em minha cintura e sigo para o quarto, quando tomo um leve susto ao ver S/n sentada na minha cama, olhando na direção do banheiro.

- Invasão de privacidade, vou chamar a polícia se não sair em três segundos. — falei enquanto seguia até o closet, pegando uma roupa.

- Invasão de privacidade foi quando você me espionou pelo frestinha da porta quando eu saía do banho. SÓ DE TOALHA.

- Eu pedi desculpas. — a encarei.

- Depois eu peço desculpas também. — ela sorriu.

- S/n, sai! — ordenei, envergonhado.

   Ela se levantou e caminhou até mim. A mesma colocou seus braços em volta de minha cintura e afundou a cabeça em meu peito nu. A abracei, enquanto acariciava seus fios de cabelos longos e cheirosos. Demorou alguns segundos para trocarmos algumas palavras, o abraço foi tão bom que não queria afastar nossos corpos um do outro, sinto que preciso dela aqui, pertinho de mim.

- Jimin, eu preciso sair um pouco. Não sei que horas voltarei, só não quero que fique preocupado. — a mesma me olhou manhosa, enquanto mantinha seus braços firmes ao redor de minha cintura. A cortina da sacada estava um pouco aberta, deixando a luz do sol entrar e iluminar o rostinho de S/n. Manti nossos rostos pertinho do outro, sentindo sua respiração bater em meu queixo.

- Posso saber onde a minha querida vai? — sorri sem mostrar os dentes.

- Prometi a mim mesma sair um pouco de casa, sozinha. Não é nada pessoal, é só que... — interrompi a mesma.

- Tudo bem, amor. Você é livre, pode ir aonde quiser. Só... Se cuida, ok? Eu não vou estar por perto, mas estarei sempre aqui... — coloquei a mão em seu peito esquerdo, o coração. Colamos as nossas festas de olhos fechados. Senti a mesma soltar um sorrisinho, ela me dá um selinho e logo se afasta, saindo do quarto. Ainda de olhos fechados, sorri ladino. Abri os olhos e não vi mais a S/n. Coloquei uma roupa e desci até a cozinha.

   Assim que preparei um sanduíche, me sentei no sofá. E então a campainha toca. Se for a S/n ela saberia que a porta está destrancada. Abro a mesma e vejo Hwamin.

- Hwamin?? O quê você...? — antes que eu possa terminar de perguntar, a mesma vem pra cima de mim e colou nossos lábios rapidamente.

•••

S/n

   Corri pelas estradas, sem ligar para as pessoas, para os carros, tudo. Atravessei a estrada, quase fui atropelada, porém isso não me impediu de continuar correndo. Eu sabia o que estava fazendo, só não sabia o porquê. Continuei correndo, correndo e correndo. Sorri, nervosa, feliz e angustiada. Eu sei que dia é hoje.

   Corri até a lanchonete, perto da praça, perto do shopping. Abri a porta de entrada, ofegante, corri até a mesa onde eu já havia me sentado com Mike. O meu amigo que irei tirar ele da lama.

   Me sentei na mesa, recusando bebidas e comidas, apenas queria a presença de Mike aqui. Levou quase meia hora. O relógio era mais lento do que normalmente, a cada minuto eu ficava batendo os pés, nervosa. Ainda ofegante, decidi tomar uma garrafa de água. Uma hora se passou, foram quase três garrafinhas de água, o que me deu uma vontade enorme de ir ao banheiro. Joguei a garrafinha vazia no lixo e segui até o banheiro. Fiz minha higiene e logo lavei as mãos. Respirei fundo olhando meu reflexo nervoso no espelho.

   Olhei o horário, se passou uma hora e meia. Será que ele irá vir? Eu preciso falar com ele, preciso da companhia dele. Sinto sua falta. Na noite anterior eu tive sonhos com ele, um sonho em que a gente estava nessa lanchonete. Tem que dar certo. Ele tem que vir.

   Sai do banheiro, olhando diretamente para a mesa, tremendo, ela estava vazia. A lanchonete estava quase vazia. Se passaram três longas horas. Eu estava quase cochilando na mesa quando o barulho da porta da frente me fez olhar em sua direção. Era ele.

   Ele me encarou confuso e logo se aproximou.

- Com licença, essa mesa é minha. — ele se sentou na cadeira a minha frente e eu logo me curvei em cima da mesa.

- Eu sei, Mike. — sua expressão não foi o que eu esperava. Ao invés de ele me olhar confuso, ele me olhava com cara de paisagem e surpreso.

- S/n!??

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