35 Não vou fazer nada, amor.

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Jace

Clary precisa de um tempo para digerir tudo o que aconteceu e lhe darei esse tempo, esse espaço.
Mas preciso fazer algo por enquanto, preciso reconquistá-la e preciso ter sua confiança de volta.
Apenas o Alec fala comigo agora, Isabelle nem sequer olha na minha cara e eu entendo.
Clary voltou a escola depois de alguns dias e isso me deixou feliz, é mesmo muito terrível saber que ela está mal por minha culpa.
Caramba, Clary era a última pessoa que eu queria machucar.
Aline continua com os seus sorrisos, mas eu a ignoro completamente.
Só desejo os sorrisos de apenas uma garota e ela com certeza não é essa garota.

Estou pensando em o que fazer para ter Clary de volta mas nada me vem a cabeça, eu tenho que começar aos poucos, só que eu não faço ideia de como começar.

Após o treino fui para casa, tomei banho, me arrumei e fui para a hambúrgueria da minha Vó, o Alec vai me encontrar lá

— Ei.
- avistei ele em uma mesa.

— Jace, como vai o plano de reconquistar Clary?
- ele perguntou após eu me sentar.

Suspirei.

— Não vai. Não faço ideia do que fazer.

— Hum... Precisa ser algo muito bom.
- Disse ele. Balancei a cabeça concordando.

— Nada me vem a cabeça. Tô ferrado, Alec.

— Tive uma ideia.
- Ele sorriu largo. Cara, esses sorrisos dele me assusta.

— Conte.

[...]


No dia seguinte eu estava anotando algumas ideias do que fazer para reconquistar minha garota, no caderno na sala de aula, quando Clary entrou.

MEU DEUS DO CÉU!

Fiquei imóvel, olhando-a da cabeça aos pés.
A Clary está... Uma deusa!
Está gostosa pra caralho. Mais do que já era.

O cabelo dela está curto e com uma franja, o rosto está maquiado, e ela está usando uma calça jeans justa, que marca sua bunda redonda e empinada.

Caralho!

A blusa dela é de alças e apertada, marcando o busto e com um leve decote.

DEUSES!

Clary não sentou ao meu lado, é claro.
Ela passou por mim, e eu a segui com os olhos, minha boca aberta, eu só conseguia focar em sua bunda deliciosa quando ela passou por mim e o perfume que ficou no ar...

MERDA.

Ela mudou de perfume.

Ela se sentou três carteiras depois da minha e eu continuei olhando para ela, por tempo que ela se sentiu incomodada e olhou para mim.

Não havia nada em seu olhar. Absolutamente nada. E isso me deixou desesperado.

Clary não vai voltar para mim.
Eu a perdi novamente.
Não consigo acreditar nisso.

Eu sorri para ela, mas a ruiva me ignorou voltando a olhar para o seu caderno.

Suspirei. Isso não vai ser nada fácil.

Fique a aula inteira toda hora olhando para trás, para Clary. Ela fingia não notar mas eu percebia que suas bochechas ficavam rosadas sempre que eu ficava observando-a por um longo tempo.

A aula acabou e as pessoas praticamente correram para saírem da sala, Clary estava arrumando seu material em sua mesa quando um garoto roqueiro alto, moreno, com um cabelo longo preto que caí sobre sua testa e abaixo de seu queixo em cachos,
com tatuagens em ambos braços, se aproximou dela.

Ele me parece familiar.
Fiquei observando-os com os dentes trincados da minha mesa.

— Clary. - ouvi ele falar e sorrir para ela.

Para o meu horror, Clary retribuiu o sorriso.

— Oi Jordan.
- ela o cumprimentou.

Sabia que eu o conhecia. É o desgraçado e canalha do Kyle.

— Você está muito linda.
- ele tocou no cabelo dela.

ELE TOCOU NO CABELO DELA.

Meu Deus do céu! Não posso fazer uma cena porque isso vai deixar Clary com ainda mais raiva de mim, mas se esse desgraçado tocar nela novamente...

— Ah, obrigada.
- Ela se esquivou dele para o meu alívio.
Clary terminou de arrumar seu material e começou a caminhar em direção a porta da sala.

Kyle a seguiu e eu também, óbvio.

— Escuta, eu estava pensando, você quer sair comigo no sábado à noite?
- Ele piscou para ela. Clary suspirou parecendo impaciente.

— Não vai dar. Tenho compromisso.

— E no domingo?
- ele insistiu. Clary sorriu forçadamente.

— Também não vai dar, Jordan.

Ele bufou.

— Você está me dispensando? Quem você pensa quem é? - o desgraçado a segurou pelo cotovelo, puxando-a para si.
— Você é só mais uma comidinha que foi descartada pelo Herondale.

Eu já estava indo com tudo para cima dele. Puxei Jordan para longe de Clary, ele virou confuso e quando me viu arregalou os olhos. Não dei tempo, lhe dei um soco com força em seu nariz, ele gritou e caiu no chão com o nariz jorrando sangue.
Me abaixei e distribuir mais e mais socos.
Jordan gemia de dor.

— Seu filho da puta! Toque nela novamente e eu te mato. - soquei ele novamente.
— Fique longe de Clary. Não fale com ela. Não fale dela. Nem sequer ouse pensar nela.

— Jace, pare. - Clary berrou atrás de mim.

Eu a ignorei e continuei socando o idiota do Kyle. Ele nem sequer grita mais. Eu não consigo parar, estou possesso de raiva. Como ele ousa tocar em Clary? Como ele ousa falar assim com ela?

— Jace, por favor! - ouvi Clary implorar com a voz embargada.

Parei imediatamente, olhando para o corpo imóvel e ensanguentado de Jordan.
Me levantei e olhei ao redor, tem várias pessoas com os celulares nas mãos, olhando para o idiota do Kyle e para mim.

Merda!

Me virei para Clary. Ela está chorando e seu rosto está vermelho.

Merda de novo!

— Clary. - segurei seu rosto em minhas mãos.
— Me desculpe. Não queria fazê-la chorar.
- Encostei minha testa na sua e fechei os olhos. Inalei seu novo perfume e imediatamente me acalmei.
É lavanda. Clary cheira a lavanda.

— Jace, por que fez isso? Você pode ser expulso.
- Disse ela.

Abri os olhos e me afastei um pouco para olhá-la.

Deus, ela é tão linda.

— Como assim? Ele te machucou, Clary. Eu deveria matá-lo!
- Peguei seu braço e vi um hematoma roxo.
Raiva me subiu e eu já estava planejando terminar meu trabalho com o Kyle.

— Não. - Clary segurou minha camisa, puxando-me para ela.
— Não faça isso, Jace. Por favor.
Ela enfiou o rosto no meu peito e começou a soluçar.

Jesus Cristo!

Circulei um braço por sua cintura, a outra pousei em sua nuca, trazendo-a mais para mim.

— Não vou fazer nada, amor. Eu prometo.
- Beijei-lhe seus cabelos cheirosos.
Mergulhei meus dedos por aqueles fios ruivos agora curtos e aproximei minha boca de seu ouvido.

— Não chora, meu amor. Não chora.
- sussurrei em seu ouvido.
Clary fungou mas continuou me abraçando, para a minha total felicidade.

Não dei a mínima para as pessoas ao nosso redor. Não dou a mínima para o que está acontecendo.
Só Clary em meus braços é o que realmente importa.



Babado hein!

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⏰ Última atualização: Oct 09, 2020 ⏰

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