My Dear Confidant - Dayrol

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Pov Dayane

Acordo mas mantenho meus olhos fechados. O sono ainda faz parte de mim, e o ânimo e disposição que tenho para levantar agora podem ser igualados zero.

Olho para a tela do meu celular e vejo que acordei antes do horário, isso é até que bom, não preciso correr para tomar meu café e arrumar minha mochila.

Fico na cama por mais alguns minutos e logo me levanto indo para o banheiro escovar meus dentes e lavar meu rosto.

Troco de roupa, jogo meu cabelo para o lado, e pronto.

Vou em direção a cozinha e começo a fazer um café. Parece que hoje minha mãe acordou depois do horário mas não a julgo, ela tem um trabalho pesado. Ela é enfermeira e trabalha muito. Não vou me estressar só porque ela não fez o meu café, já sou bem grandinha consigo me virar.

Faço o meu café calmamente e bebo ele com os pensamentos sem nenhum foco direto, apenas coisas distantes.

O celular está do meu lado e escuto uma notificação chegar. Era o Vitão, dizendo que iria fazer uma viagem rápida porém de última hora, e que não ia conseguir ir para a escola. Respondo ele com um "boa viagem, até amanhã" e desligo o celular de novo, sem esperar sua resposta.

Acabo meu café e pego o dinheiro que minha mãe deixou para mim em cima do balcão para comprar alguma coisa na escola, passo pelo sofá pego minha mochila, e vou em direção a escola.

Hoje queria aproveitar o caminho devagar, mesmo que não tenha muita natureza não é um lugar feio de olhar é até que bonito.

Durante o caminho lembrei da Carol, e lembrando dela assim que cheguei na sala ontem não pude conter um sorrisinho leve. Ela é tão bonita. Tem olhos muito bonitos também mas... eles são tão tristes. Tão bonitos mas sem um brilho para os deixar ainda mais bonitos. Eles eram lindos mas não dava para ver nada através deles. Uma felicidade, um atrevimento ou até mesmo a indiferença. Só um... vazio?

Depois de um tempo andando e divagando, paro em frente os portões e noto que nenhum dos meus colegas estão ali. Me ligo que é quarta-feira e Gabriel, Thay e Nath tem teatro hoje, e Bruno e Elana tem canto. Eu e o Vitão que não participamos de nenhuma dessas atividades extras e já que ele não veio hoje, estou sozinha nesse lugar. Ótimo.

Vou em direção a sala e coloco os meus fonesesperando as aulas começarem.
Depois de uns cinco minutos Carol chega na sala, e é aparentemente pega de surpresa. Um divertimento toma conta de mim, eu te peguei desprevenida, foi?

_Não esperava encontrar ninguém aqui essa hora... - ela fala olhando para mim com um leve sorriso nervoso querendo brincar em seus lábios - bom dia...Dayane?

_Só Day, por favor - falo para ela com uma cara de suplica forçada.

_Bom dia, só Day - ela diz rindo. Quer dizer que você faz piadas?

_Bom dia Carol - digo e a partir daí, não temos mais nenhum assunto, ficamos em um silêncio um tanto quanto desconfortável e ela percebendo isso, vai se sentar no seu lugar.

Eu fico inquieta, e um pouco puta comigo mesma por ter falado o que eu acabei falando:

_O que você acha de sair comigo e a turma esse fim de semana Carol? - ela me olha assustada, com o pedido estranho e repentino que fiz a ela e eu estou me praguejando nesse momento - sabe... você é nova aqui na cidade, na escola... e a gente vai sair pra tomar um sorvete ou algo assim, se não quiser tudo bem - paro rapidamente de falar, vendo que estou divagando em voz alta, Carol me olha com uma pitada de divertimento brincando em seu rosto e isso me deixa envergonhada - e então, o que me diz?