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Pov Dayane

Não gostei daquele cara. Sei que é o pai dela e tal, mas eu não gostei. Ele claramente me olhou com um olhar de julgamento e pelas circustâncias, foi pelo meu estilo.

Quem ele pensa que é para me julgar por algumas roupas?

Caroline ficou claramente desconfortável com o tratamento que recebi do seu pai na sua casa. Espero que o pai dela não a faça se sentir mal depois da minha visita rápida, que não foi tão calma quanto o esperado.

A Carol... ela se mostrou frágil para mim hoje, muito frágil. Os olhos tristes que sempre me olhavam, estavam mais claros do que nunca para mim como hoje.

Ela conversou comigo e quando a vi chorar, eu só quis a proteger de todo o mal, mesmo que as vezes eu não consiga nem fazer isso comigo mesma.

Vou caminhando em passos lentos até minha casa, e no caminho vou repassando todos os momentos de hoje. Eu simplesmente amo, estar na companhia da Carol. Ela é incrível. Doce, inteligente as vezes brava e estressada, mas ainda sim é ela. E somente por esse fato, faz todas suas qualidades e defeitos serem extremamente perfeitos e harmônicos para ela.

Abro a porta da minha casa falo mais alto para avisar que cheguei, e subo direto para o meu quarto.

Tomo meu banho e me deito logo em seguida. Ainda é cedo, mas não me faz muita diferença hoje.

Pego meu celular e abro na foto do perfil da Carol. Olho para cada detalhe da foto, com muito cuidado. Os olhos, as bochechas, o cabelo lindo... a boca. Meu Deus, que boca mais linda. Obviamente o conjunto todo da obra é perfeito, mas meu Deus Caroline. Como você é linda.

Dou um suspiro forte, e desligo o celular colocando ele na mesinha ao lado da minha cama, parando para pensar nos meus sentimentos e ações.

Eu quero a todo momento possível estar com ela, quero lhe fazer sorrir por coisas idiotas. Quero a proteger de tudo que a deixe triste. Quero ver ela feliz, e se eu for o motivo iria ficar radiante.

Lembro do seu sorriso e começo a rir para o nada, escondendo meu rosto no travesseiro como uma criança envergonhada.

Respiro fundo com o travesseiro no rosto, e me lembro do seu cheiro que é tão dela, e tão bom.

Sorrio como uma boba e dou risada. Eu tô pensando nisso mesmo? Eu tô gostando dela? Se sim, que sentimento mais gostoso.

Nunca estive tão ansiosa pra ir para a escola. Também pudera. Eu vou ver a menina mais linda que já vi por lá.

Fico de barriga para baixo, e adormeço com um sorriso bobo estampado no meu rosto.

[...]

Saio apressada de casa, pois perdi o horário dormindo.

Chego as pressas na rua que encontro com o Vitão e vamos andando.

_Eai mana bom dia - ele fala.

_Bom dia mano, como cê tá?

_Eu tô bem, mas você... não tá normal - olho para ele com uma expressão curiosa - feliz em plena uma manhã de sexta-feira?

Ele está me olhando com uma expressão que posso dizer que ele está quase que incrédulo. Eu sinto vontade de rir.

_Eu tô transparecendo isso? Você jura? - pergunto para ele, divertida.

_Meu Deus, medo do que pode acontecer hoje. - ele diz com uma expressão risonha.

Chegamos na escola e nos encaminhamos direto para a nossa sala, já que nenhum dos nossos amigos estava ali fora.

Cumprimento meus amigos e vejo que o motivo de meu bom humor em uma manhã de sexta-feira, está ali com uma expressão triste.

My Dear Confidant - DayrolOnde histórias criam vida. Descubra agora