Amo?!?

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Boa Noite gente,

Esqueci completamente de postar o capítulo de hoje, desculpa kkkk

Boa leitura.

*** * ***

- Como?- arregalo os olhos, me sentando de supetão- Não tem como você ir lá Jun.

- Não tem como eu entrar contigo- o moreno concorda, completamente sério sobre sua decisão- mas eu posso dar um jeito Chim.

- Que jeito você vai dar seu boboca?- nego desacreditado- Vai escalar a casa para entrar pela janela?

Jun fica em silêncio por tempo demais, me deixando assustado com a possibilidade de ele estar considerando o que lhe disse.

- Você não pode estar realmente pensando nisso, eu moro no segundo andar Jun!

- Não vai ser tão difícil assim- o rapaz tenta se explicar- tem aquela árvore, se eu subir por ela, vou conseguir sem grandes dificuldades.

- Não- nego veementemente- é alto e você pode acabar se machucando.

Jun segura meu rosto com carinho, passando o polegar pela minha bochecha.

- Você tem que voltar para lá Chim e não quer isso- mordo meu lábio de leve, me segurando para não o interromper- então vou, pelo menos, te acompanhar. Juro que saio antes do amanhecer para ninguém desconfiar.

- Eu não sei Jun...- falo hesitante, antes que minha empolgação tomasse frente diante da minha racionalidade.

- Vai ficar tudo bem Chim- Jun segura meu rosto com as duas mãos, apoiando minha testa na sua- eu prometo.

Não ficou exatamente tudo bem. A ida até minha casa foi tranquila, mas, esperando o moreno em meu quarto, consigo ver exatamente a hora em que ele escorregou de um galho e caiu da árvore. Assustado, quase pulo pela janela para ver se ele estava bem. Definitivamente, eu não poderia sair desesperado pela porta de casa sem que o Senhor Min desconfiasse de alguma coisa. Ele descobrir sobre o Jun não seria boa coisa. Por isso, me contento em me apoiar na beirada da janela, tentando ver como ele estava ali embaixo.

Para meu alívio e felicidade, o moreno apenas se levanta e ergue o braço, fazendo um joinha com a mão. Respiro fundo, me apoiando na madeira, mas minha calma é substituída por uma nova onda de preocupação quando o Jun ergue o rosto. Uma faixa de sangue escorria por sua bochecha.

Observar ele subir sem poder nada foi uma definição atualizada de angústia. Jun estava machucado e minha vontade era de simplesmente arrastar o rapaz até o hospital mais próximo. Mas, como um menino de rua, provavelmente ele não seria aceito pelas instituições que eu frequentava e não há dúvidas de que eu não tinha ninguém para pedir ajuda.

Então, me restou apenas observar aflito enquanto o moreno se pendurava árvore acima, ignorando completamente o corte em seu rosto, apenas para chegar até mim. Não consigo descrever a sensação que enche meu peito ao perceber o quanto Jun se importava comigo.

Aquilo era apenas um sonho, uma lembrança. Arregalo os olhos em choque com a constatação. Verdade, isso era apenas um sonho, ou melhor, uma lembrança de alguns anos.

A imagem de Jun se desvanece enquanto Jun, já desfocado, consegue pular para dentro do quarto e me abraça com cuidado, sem se importar com seu machucado. Ergo a mão, passando as pontas dos dedos na bochecha vermelha.

Apenas um sonho...

E então tudo desaparece, simples assim.

Ao abrir os olhos, frazo a testa confuso. Eu sonhei com Jun e tinha algo muito importante, mas a fumaça enevoada do fim do sonho parecia encobrir as outras cenas. Ele ia dormir na minha casa, escondido. Era o que me lembrava do longo sonho.

Meu Coelhinho... (Jikook Híbrido)Onde histórias criam vida. Descubra agora