Escolhas do destino

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  Drakandor se preparava para o inverno, com o fim do Outono o frio iria perecer, e embora fossem enormes Trolls e Orcs o inverno escondia a comida, e isso não era bom.

  Enquanto se preparavam Drazd'Or o Orc da qual Talissa havia tido uma conexão, estava martelando a lâmina quente de uma espada com dificuldade, já era a terceira lâmina que ele falhava, e era sempre assim. Os Orc's sabiam que ele era horrível nisso e mesmo assim o colocavam para moldar armas e escudos. Ele ficava nervoso e ansioso e portanto quebrava as lâminas tendo que refazer todo o processo. E lá se foi outra lâmina quebrada.

— ARGH! — Gritou ele nervoso jogando o martelo na direção da porta, sendo pego no ar por Talissa antes que atingisse seu rosto. Para ser capaz de pegar aquele martelo na força que ele havia voado ela teve que girar seu corpo e segurar com força o martelo. 

  O Orc arregalou os olhos na hora em choque.

—  M-Majestade?? DESCULPA, EU SER IDIOTA, MUITO IDIOTA! —  Gritou do seu jeito lerdo e abobado. 

— Não seja bobo, está tudo bem, eu que entrei sem nem sequer bater. Drazd'Or, não é? 

— Vossa majestade lembra Drazd'or nome?

— Claro que lembro! —  Disse ela e ele sorriu com vergonha. —  O que está fazendo? —  Perguntou ela entregando a ele o martelo.

— Espadas... Drazd'Or não consegue moldar espadas... — Disse ele chateado. — Como sempre inútil...

— Você não é inútil Draz... Só não leva o jeito pra coisa. — Respondeu ela sorrindo e se aproximando dele deixando-o completamente envergonhado. — Existem pessoas que nascem com certo dom, para certas coisas. — Ela pegou o ferro de dentro da fornalha aquecida o suficiente em temperatura para criar e moldar espadas e colocou o ferro derretido por cima da bigorna para moldá-lo. — Sabe, em Walahar humanos e especialmente anões são ótimos ferreiros e artesões, cresci vendo meu pai trabalhar com os anões. Eu e meu irmão vivíamos as espreitas observando. — Ela pegou o martelo batendo no metal ainda aquecido para moldá-lo. — Eu e você temos forças diferentes, portanto devo usar muita força e você pouca força, mas isso não significa que nós dois não possamos fazer a espada, você só precisa ver ela da forma que você me vê.

— Da forma vejo a majestade?

—   Pra mim você é forte, então para que eu possa te dar firma, preciso usar força, já um homem quando me ver, por eu ser mulher, ele já me ver como algo mais delicado, por tanto tome cuidado ao me moldar... — O Orc a cortou imediatamente.

— Majestade está errada... —  Disse ele envergonhado de ter lhe cortado. —   Pra mim, majestade não ser delicada, ser guerreira. Na espécie de Drazd'or, fêmeas são fortes, mais do que machos. para Drazd'Or, majestade é guerreira e nada delicada, Drazd'Or não quer moldar a majestade, Drazd'Or gosta dela do jeito que ela é...

— Oh Draz... Isso foi muito fofo. —  Ela colocou a mão no rosto do Orc o deixando completamente sem jeito, seu olhar queria tanto tocá-la, tanto abraçá-la, mas isso resultaria em morte por traição ao seu rei e então ele ficou quieto. —  Tem medo de mim Draz? 

— N-Não... Jamais, eu... 

— Entendo... — Ela removeu sua mão de seu rosto e sorriu pra ele. — Por que vocês idolatram tanto Elias?

— Ele ser filho do grande Deus Faar. Drazd'Or  deve respeito e admiração ao grande Deus da guerra!

— Mas e se eu te provasse... Que ele não é o descendente do Faar? 

—  Que? 

   Talissa sorriu para o Orc e simplesmente se virou.

— Elias não é o filho do Faar, ele é o filho de Dante Azabrast, e ele matou Dante por ambição, e agora, ele quer destruir Drakandor, usando vocês para recuperar o reino dele. Não seja como os outros Draz... Se você confia em mim... Não deixe que ele domine você... — Ela respondeu plantando no Orc a semente do mal que iria despertar as curiosidades sobre quem sentar sobre o trono de Drakandor. Tendo como plano principal, usar aquele que ela finalmente conseguiu manipular.

Tronos da noite - Coroa de Cinzas - Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora