Three

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𝗦𝗢𝗣𝗛𝗜𝗘

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𝗦𝗢𝗣𝗛𝗜𝗘

— Eu posso, pelo menos, ler seus exames? — implorei a Tom.

Ele riu de forma nasalada e acelerou seus passos, enquanto o loiro continuava ao meu lado, com os olhos castanhos vidrados em seu celular. O sol austríaco esquentava o topo de minha cabeça, com apenas o trajeto do aeroporto até o hotel, onde estávamos agora, já desvendei que o clima não é do mais harmônico.

— Tom, estou falando sério!

Paramos bruscamente, como um efeito dominó. Meu irmão mais novo olhou por seus ombros, me encarando nos olhos.

— Tudo bem, Soph, outra hora te dou meus exames. Podemos deixar isso pra lá, agora? Estou trabalhando. — pede, com um sorriso, sabendo que eu não o contrariaria. Além do fato do moreno ser extremamente difícil de se negar algo, ainda tinha minha cabeça nos termos que negociávamos sobre ele e sua cirurgia.

— Ok, outra hora. — concordei.

Sorriu satisfeito e continuou a digitar em seu computador. Era maçante. Fabio ria para sua tela, o que me fazia querer vomitar.

— Algo te incomodando, Sophie? — questionou, me encarando pelos cantos dos olhos.

— Talvez você pudesse parar de rir como uma hiena, meu irmão está tentando trabalhar. — retruco. Ele ri, me ignorando.

— Quando você ficou tão tensa assim? Posso te ajudar com isso se quiser. — insinuou, com as sobrancelhas levantadas e sua maior expressão sugestiva. Meu corpo tensiona e a pele arde em raiva. Alguém realmente cai nisso?

Tom faz sons enojados em meio a sua gargalhada. E esse é máximo de apoio fraterno que consigo contra seu melhor amigo diabólico. Conviver com Fabio me faz entender o motivo de seu apelido, "El Diablo", não ser a toa.

— Pelo amor de Deus, você não tem nenhum senso mesmo. — afirmo e o francês dá de ombros.

— Apenas dizendo, Chérie. — sussurra em meu ouvido, antes de seguir seus passos.

O condeno mentalmente, guardando os xingamentos para mim. Vejo que meu irmão já está na recepção, provavelmente, fazendo nossos check-ins. Decido ler um pouco dos artigos científicos que trouxe, espalho as folhas impressas em meu colo e o cheiro do perfume de Brooks me faz sorrir.

— Você é tão nerd. — afirma, com a cabeça pendurada em frente a meu campo de visão. Os fios claros estão tão longos que tocam os papéis.

— E você é tão insuportável, mas não estou comentando, estou? — retruco e ele sorri, com os dentes separados que me lembrava. Era um de seus charmes, que não funcionava para mim.

— Eu disse que você precisa relaxar. — afirmou, tomando a cadeira a meu lado. O olho tremendamente confusa. — O quê? Eu também quero sentar. — se justifica, voltando a atenção ao seu celular.

Over᯽Fabio QuartararoOnde histórias criam vida. Descubra agora